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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

VEREADORAS EMPOSSADAS COM UM SÓ VOTO TENTAM A REELEIÇÃO EM 2012.


Candidatas a vereadora no Paraná e no Piauí assumiram cargo neste ano.
Em 2008, 3.640 candidatos receberam apenas 1 voto; 1.341 são suplentes.


Duas vereadoras que receberam apenas um voto nas últimas eleições municipais vão concorrer à reeleição em 2012. Sirlei Brisida, de 44 anos, e Constança de Melo de Carvalho, de 79 anos, ficaram como suplentes no pleito de 2008 e assumiram o mandato neste ano em Medianeira (PR) e Coivaras (PI), respectivamente.
Vereadoras empossadas com um só voto tentam reeleição em 2012 (Foto: Reprodução/TSE)Sirlei (esquerda) e Constança tentam reeleição nas
câmaras dos seus municípios, após assumirem o
mandato tendo recebido apenas 1 voto no pleito de
2008 (Foto: Reprodução/TSE)
Sirlei, que é manicure, entrou para a Câmara Municipal de Medianeira, no Paraná, no último mês de junho. Ela garante não ter votado em si mesma e diz não saber quem é o seu único eleitor. "Não tenho ideia de quem votou em mim. Todo mundo brinca: 'fui eu, fui eu'. Mas, neste ano, até eu vou votar em mim", afirma a candidata, que pediu para não receber votos na época da campanha porque estava tratando um câncer.
Neste ano, até eu vou votar em mim"
Sirlei Brisida, vereadora candidata
a reeleição em Medianeira (PR)
Ela conta que ainda está aprendendo a trabalhar como vereadora e que o mandato "está sendo uma escola". A candidata não parou de atender as clientes que procuram o serviço de manicure. "Sei que isso é temporário, trabalho com os pés no chão", afirma. No entanto, diz que na atual campanha busca os votos necessários para a reeleição. "Diferente de 2008, estou com material de campanha, buscando eleitores. Espero que tenha mais votos do que daquela vez".

Constança, que já havia sido vereadora por dois mandatos (1992-1996 e 1999-2000, também como suplente) em Coivaras, no Piauí, perdeu um filho durante a campanha passada e pediu para ninguém votar nela. A professora aposentada acabou votando em si mesma por orientação do partido. "Me disseram que eu tinha que ter um voto na época para não quebrar a coligação".
Perdi meu filho de câncer e pedi para não votarem em mim. Não estava bem, não fiz comício nem campanha. Eu não esperava nunca, minha filha, ser chamada a assumir"
Constança de Melo de Carvalho,
vereadora candidata em Coivaras (PI)
"Na época da eleição, perdi meu filho de câncer e pedi para não votarem em mim. Não estava bem, não fiz comício nem campanha. Eu não esperava nunca, minha filha, ser chamada a assumir. Foi Deus que me levou para lá", afirma.
Ela assumiu depois que dois antecessores – o vereador eleito e o primeiro suplente – foram cassados por infidelidade partidária, permitindo que ela tivesse seu terceiro mandato. Em busca de mais quatro anos no cargo, Constança faz planos para um possível novo mandato. "Acho que o tripé besta da política é pensar em saúde, educação e segurança. Tem que olhar para todos os lados e aparar as arestas. Meu primeiro projeto em 2013 será uma casa para a diversão dos idosos. Tenho muita garra ainda, minha filha".
3.640 candidatos com 1 voto
Levantamento realizado pelo G1 com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta que 3.640 candidatos receberam apenas um voto nas eleições municipais de 2008, todos eles postulantes ao cargo de vereador. Nenhum foi eleito diretamente – o vereador eleito com menor número de votos recebeu 27, em Borá (SP).
Dos 3.640 candidatos que receberam apenas um voto em 2008, 1.341 ficaram como suplentes, podendo ser chamados a qualquer momento durante os quatro anos de legislatura. Diversos motivos podem levar à convocação, como cassação, mudança de partido (que provoca a perda do mandato eletivo) ou até mesmo a decisão do próprio titular de abdicar da vaga, seja por motivos pessoais ou para concorrer a outro cargo.
Sistema proporcional
O processo eleitoral brasileiro é composto por dois esquemas distintos: o sistema majoritário (para eleição de presidente, governador, prefeito e senador) e o sistema proporcional (para escolher deputados federais, estaduais, distritais e vereadores).
No sistema proporcional, a quantidade de votos nem sempre elege um candidato. Ao votar para vereador, por exemplo, o eleitor escolhe o candidato e, também, o partido ou coligação ao qual ele é filiado. No final do pleito, cada partido obtém uma quantidade de vagas proporcional à soma das votações de todos os seus candidatos. As vagas são preenchidas, por ordem, pelos candidatos mais votados do partido. Se o candidato tiver pelo menos um voto, está apto a assumir. (Entenda melhor como funciona a eleição para vereador)
Não há discrepância e nada de errado em um candidato com um só voto assumir. Isso faz parte do processo eleitoral"
Torquato Jardim, ex-ministro do TSE
Para o ex-ministro do TSE Torquato Jardim, "não há discrepância e nada de errado" no fato de candidatos de um só voto assumirem em detrimento de outros mais votados.

"Isso faz parte do processo eleitoral. Por isso o sistema se chama 'lista aberta', onde o voto do eleitor tem dois significados, permitindo que ele opte tanto em um candidato quanto na legenda", afirma.
Assumem pessoas que você nunca ouviu falar, totalmente desconhecidas, porque a cadeira é do partido"
Domingos de Araújo Lima Neto,
juiz eleitoral de Alagoas
"É tradição brasileira desde 1932 o voto proporcional nas eleições para vereador, buscando romper o domínio de um ou outro partido e maior representação de todos", diz.

O juiz eleitoral de Alagoas Domingos de Araújo Lima Neto, no entanto, acredita que o sistema proporcional "gera casos injustos". "Assumem pessoas que você nunca ouviu falar, totalmente desconhecidas, porque a cadeira é do partido. A votação proporcional tem um cuidado com a legenda partidária, mas peca na questão da representatividade".
'Não sabia o que um vereador fazia'
O G1 encontrou outra candidata a vereadora que recebeu um só voto em 2008 e assumiu o cargo durante o mandato. Há também um vereador que assumiu tendo recebido dois votos. Nenhum deles, no entanto, concorre à reeleição.
Jorge Azevedo Filho, de 29 anos, suplente da irmã em Serra Caiada (RN), assumiu o cargo em maio deste ano depois que a vereadora perdeu o mandato por infidelidade partidária. Ele havia recebido apenas dois votos. "Antes de entrar na Câmara Municipal, eu não sabia o que um vereador fazia. Acho que todo cidadão tinha que ser vereador por alguns dias, pelo menos, para saber a importância do cargo", diz.
Vereadoras empossadas com um só voto tentam reeleição em 2012 (Foto: Reprodução/TSE)Vereadores com dois e um voto, Jorge Azevedo e
Cláudia Câmara não vão disputar a eleição 2012
em seus municípios (Foto: Reprodução/TSE)
"Eu tinha muita vontade de continuar, mas, com a minha irmã concorrendo à prefeitura, gera um certo ciúme. Decidimos investir na candidatura dela", afirma o vereador, que, após o curto mandato, vai retomar o trabalho em uma empresa familiar.
Acho que todo cidadão tinha que ser vereador por alguns dias, pelo menos, para saber a importância do cargo"
Jorge Azevedo Filho, vereador
Em Ceará-Mirim (RN), município de 66 mil habitantes a 38 km de Natal, a farmacêutica Cláudia Roberta Câmara ficou como suplente em 2008, após receber apenas o voto do marido. "Minha família tem atuação política, mas eu nunca me envolvi. Quando vi meu nome, com um voto, no resultado final da votação, me surpreendi", relembra.

Um irmão de Cláudia é candidato a prefeito do município e a família optou por "concentrar esforços". "Já fiz vários requerimentos e tomo mais minha atenção para pavimentação e iluminação pública. Estou aprendendo bastante, mas vamos focalizar a candidatura do meu irmão, que já é uma briga grande"fonte:g1 sp/jardim das oliveiras blog

MORADORA CONTA HISTÓRIAS DE CIDADE SOTERRADA POR DUNAS NO CEARÁ.


Comunidade de Tatajuba viu localidade desaparecer entre 1970 e 1980.
Pelas ruínas, Delmira ainda reconhece o local onde morou com os pais.


No meio de tantas paisagens do litoral cearenses, algumas mudam todos os anos pela força dos ventos. Em Tatajuba, Delmira Silvestre viu o que tinha, pouco a pouco, desaparecer em Tatajuba. A comunidade que fica no município de Camocim, a 362 km de Fortaleza, foi soterrada pelas dunas entre 1970 e 1980, deixando 150 famílias sem casas.
Dona Delmira não deixa a história de Tatajuba ser esquecida. Atualmente, ela conta para moradores da região e visitantes como a areia invadiu as moradias e prédios da comunidade. “Só foi duna. Quando chegou nas nossas casas. Aí, foi subindo. Quando chegou em cima, o teto caiu e ficaram só os montes nas nossas casas”, lembra. Andando pelas ruínas de Tatajuba, Delmira ainda reconhece o local onde morou com os pais e, hoje, só restou alguns tijolos entre as areias.
A contadora de histórias também lembra que a igreja da comunidade caiu o teto durante a noite. “O padre não esperou não. Saiu”, brinca. Quando perderam as casas para as dunas, as famílias de Tatajuba tiveram que se mudar e foram obrigadas a se separar. Algumas seguiram para Camocim e outras fundaram a “Nova Tatajuba”, a cerca de 1km da antiga.
A aposentada Maria Pontes, 80 anos, conseguiu refazer a vida em seu novo endereço com a filha e o no neto na Nova Tatajuba. “Cai só uma poeirinha porque agora tá no tempo. Agora, tá uma beleza”. A filha que também se chama Maria não lembra muito de onde nasceu. Pelos relatos da mãe, Maria foi batizada na última missa celebrada na igreja de Tatajuba em 1978. “Lá, a igreja já tava meio que soterrada, já cheia de areia”, diz.
Na igreja de Nova Tatajuba, uma das primeiras construções da nova localidade, o padroeiro que está no altar ainda é o mesmo de Tatajuba, São Francisco de Assis. A natureza continua brincando com os moradores da região e areia já está avançando na comunidade de Cabeceiras, ao lado de Nova Tatajuba. Raimundo Nonato aprendeu a lição. “Não fico muito triste não. É a natureza, tem que aceitar a natureza".fonte:G1 CE/jardim das oliveiras blog

OS BANCÁRIOS DO CEARÁ ENCERRAM GREVE E RETORNAM ÀS ATIVIDADES AMANHÃ SEXTA-FEIRA DIA 28/09/2012.

Bancários do Ceará aceitam proposta que haviam considerado 'insuficiente'.
Segundo sindicato, atividades retornam em todo o estado na sexta (28).


Os bancários do Ceará decidiram em assembleia na noite desta quinta-feira (27) encerrar a greve da categoria no estado, iniciada em 18 de setembro. A categoria aceitou nesta quinta-feira a proposta que havia considerado "insuficiente" no dia anterior. Segundo o Sindicato dos Bancários do Ceará, os funcionários de todos os bancos do estado retornam às atividades na sexta-feira (28).
A Fenaban apresentou a proposta de  7,5% de reajuste dos salários dos trabalhadores, um aumento real de 2%. A proposta também prevê aumento de 8,5% no piso salarial e no valor dos auxílios-refeição e alimentação; e uma alta de 10% na parcela fixa da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Os bancários reivindicam inicialmente reajuste salarial 5% acima da inflação, aumento do piso da categoria de R$ 1.400 para R$ 2.400. Os funcionários reivindicam também mais contratações, redução no número de demissões, eliminação da diferença salarial entre gêneros, e instalação de equipamentos de seguranças nas agências bancárias.
No auge da greve dos bancários no Ceará, 69% das agências de todo o estado foram afetadas, segundo o sindicato da categoria. Na maior parte do Brasil, a greve foi encerrada na quarta-feira (26).fonte:g1 ce/jardim das oliveiras blog

O MASSACRE DO CARANDIRU VAI A JULGAMENTO EM 28 DE JANEIRO DE 2013.



Julgamento dos envolvidos no massacre do Carandiru vai começar em 28 de janeiro. Foto: Marina Novaes/Terra Julgamento dos envolvidos no massacre do Carandiru vai começar em 28 de janeiro
Foto: Marina Novaes/Terra
Marina Novaes
Vagner Magalhães
Direto de São Paulo
Os policiais militares acusados pelo massacre de 111 presos na Casa de Detenção de São Paulo em 2 de outubro de 1992 irão a julgamento no próximo dia 28 de janeiro no fórum da Barra Funda. O julgamento foi marcado nesta quinta-feira. Após duas décadas, pelo menos 79 policiais militares ainda esperam para serem julgados. O único que já recebeu sua sentença foi o coronel da Polícia Militar Ubiratan Guimarães, que coordenava a operação no dia do massacre, mas teve sua pena de 632 anos de prisão anulada em 2006, meses antes de morrer.
A Justiça decidiu julgar o caso em etapas, sendo que nesta primeira fase serão julgados 28 policiais militares, de um grupo de pelo menos 79 réus que aguardavam julgamento há duas décadas. A ideia é realizar o julgamento em blocos, pois não haveria condições para que a defesa e a acusação apresentassem suas teses se todos os réus fossem julgados de uma só vez.
Nessa primeira etapa, serão julgados os seguintes réus: Ronaldo Ribeiro dos Santos, Aércio Dornellas Santos, Wlandekis Antônio Cândido Silva, Roberto Alberto da Silva, Joel Cantílio Dias, Antonio Luiz Aparecido Marangoni, Valter Ribeiro da Silva, Pedro Paulo de Oliveira Marques, Fervásio Pereira dos Santos Filho, Marcos Antônio de Medeiros, Haroldo Wilson de Mello, Luciano Wukschitz Bonani, Paulo Estevão de Melo, Roberto Yoshio Yoshicado, Salvador Sarnelli, Fernando Trindade, Antônio Mauro Scarpa, Argemiro Cândido, Elder Taraboni, Sidnei Serafim dos Anjos, Marcelo José de Lira, Roberto do Carmo Filho, Zaqueu Teixeira, Osvaldo Papa, Marcos Ricardo Polinato, Reinaldo Henrique de Oliveira, Eduardo Espósito e Maurício Marchese Rodrigues. De acordo com o juiz Luiz Augusto Nardy Marzagão, a Justiça aguardava apenas a realização do exame de confronto balístico que, na avaliação do magistrado, é uma perícia "fadada ao insucesso", devido ao tempo que exigeria para ser realizado. Para ele, a ausência da perícia não prejudica o julgamento, já que "fora apreendido menos de um projétil por arma".
"À vista disso, indaga-se: qual a razão da existência de um processo que não produz quaisquer efeitos concretos no mundo naturalístico, ou seja, que não tem qualquer finalidade prática? Qual a razão de ser da existência de um processo que permanece sem julgamento por 20 anos? A resposta nos parece óbvia. A rigor, torna-se imperioso o julgamento do presente feito", diz o juiz, ao determinar a realização do julgamento para janeiro deste ano.
A defesa e a promotoria já apresentaram a lista das testemunhas que querem ouvir em plenário. Ao todo, 75 testemunhas foram arroladas pelo Ministério Público (MP) - sendo 22 agentes penitenciários, um ex-diretor da Casa de Detenção e detentos que sobreviveram à chacina.
Já a defesa quer convocar 10 testemunhas, entre elas os três juízes que acompanharam as negociações com os presos durante a rebelião, o ex-secretário de Segurança Pública Pedro Franco de Campos e o ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho. O juiz lembra, porém, que antes do julgamento será preciso fazer um levantamento de quais réus e testemunhas continuam vivos, o que deve diminuir o número de pessoas ouvidas.
"O número de vítimas e eventuais testemunhas também já foi bastante reduzido, muitas delas já faleceram. Essas testemunhas e vítimas já não têm na memória com exatidão aqueles fatos que ocorreram. Não têm condição de lembrar os fatos com a mesma precisão que tiveram na época", completou o promotor Fernando Pereira da Silva.
Devido ao grande número de réus, é impossível julgar este caso de uma vez só, portanto, a ideia é reparti-lo em blocos, divididos inicialmente de acordo com a atuação de cada grupo na Casa de Detenção. Segundo a denúncia, o Batalhão de Choque atuou no 1º e 2º andares, o Comando de Operações Especiais (COE) agiu no 3º andar, e o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi destacado para o 4º. A previsão é que cada julgamento ocorra com pelo menos 45 dias de intervalo entre um e outro, mas é impossível apontar o tempo e quanto irá custar para finalizar o caso todo.
O massacre
Em 2 de outubro de 1992 uma briga entre presos da Casa de Detenção de São Paulo - o Carandiru - deu início a um tumulto no Pavilhão 9, que culminou com a invasão da Polícia Militar e a morte de 111 detentos.
Entre as versões para o início da briga que desencadeou o acionamento da PM está a disputa por um varal ou a disputa pelo controle de drogas no presídio por dois grupos rivais. Ex-funcionários da Casa de Detenção afirmam que a situação ficou incontrolável e por isso a presença da PM se tornou imprescindível.
A PM diz que foi hostilizada e que os presos estavam armados. Presos garantem que atiraram todas as armas brancas pela janela das celas assim que perceberam que a invasão era iminente. Do total de mortos, 102 presos foram baleados e outros nove morreram em decorrência de ferimentos provocados por armas brancas. De acordo com o relatório da Polícia Militar, 22 policiais ficaram feridos. Nenhum deles a bala.
fonte:Terra/jardim das oliveiras blog