A civilização ocidental segue o mesmo caminho de impérios como Roma e Mesopotâmia, entre tantos outros, que espalharam-se por territórios imensos, criaram culturas sofisticadas e instituições complexas, mas séculos depois, por diversas razões, sucumbiram. De acordo com estudo divulgado na última quarta-feira, 19, pela Agência Espacial Americana (Nasa), as raízes do colapso são o crescimento populacional e as mudanças climáticas.
Safa Motesharrei, matemático da Universidade de Maryland, analisou ciências ambientais e sociais e concluiu que a modernidade não vai livrar o homem do caos. Ele explica no estudo, que foi financiado pelo Goddard Space Flight Center, da Nasa, que o ''processo de ascensão-e-colapso é, na verdade, um ciclo recorrente encontrado em toda a História”.
O pesquisador listou os ingredientes para o fim do mundo. Segundo ele, o colapso pode vir da falta de controle de aspectos básicos que regem uma civilização, como a população, o clima, o estado das culturas agrícolas e a disponibilidade de água e energia. Embasando o estudo, o observatório da Nasa já constatou, por diversas vezes, a multiplicação de eventos climáticos extremos, como o frio intenso na América do Norte e o calor que atingiu recentemente a Austrália e a América do Sul. Os estragos causados pelo clima paralisam setores vitais para o funcionamento da sociedade.