Brasília – Desde o dia 15 de junho, o Sistema Brasileiro de Inteligência atua em regime de plantão mapeando potenciais riscos durante os grandes eventos realizados no país, como a Copa das Confederações, encerrada no fim de junho, e a Jornada Mundial da Juventude, que começa daqui a oito dias e terá a presença do papa Francisco. Em um painel digital no Centro de Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), são atualizadas constantemente as “fontes de ameaça”, a tendência de elas acontecerem durante a jornada e o nível de risco.
Entre os fatores de ameaça estão listados incidentes de trânsito, crime organizado, organizações terroristas, criminalidade comum, movimentos reivindicatórios e grupos de pressão. No Rio de Janeiro, onde ocorre a maioria dos eventos da jornada, o painel da Abin indicava, no dia de hoje (16), um fator com alerta vermelho: o de grupos de pressão, que abrangem movimentos espontâneos, sem hierarquia.
Movimentos reivindicatórios e criminalidade comum apareciam como nível médio, em alerta laranja, dentro da normalidade. Incidentes de trânsito, crime organizado e organizações terroristas têm nível baixo de ameaça, representado pela cor verde.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), General José Elito, disse que as análises de risco começaram a ser feitas com um ano de antecedência e que o trabalho também está integrado com as equipes do Vaticano. “Tivemos várias reuniões, foram traçadas várias linhas de ação, hipóteses”, disse o ministro no centro de inteligência integrado.