O clube de Niterói será a base da equipe durante o evento e será testado como possível local de apoio da vela brasileira no Rio 2016
A equipe brasileira que disputará o evento-teste para os Jogos Olímpicos Rio 2016, na Baía de Guanabara, entre os dias 2 e 9 de agosto, foi aprasentada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) no Rio Yacht Club, em Niterói, no litoral Fluminense. O clube de Niterói será a base da equipe durante o evento e será testado como possível local de apoio da vela brasileira no Rio 2016. Liderada pelo treinador-chefe Torben Grael, a equipe brasileira competirá com dois barcos em cada uma das dez classes olímpicas.
- Este é um clube inteiramente dedicado à vela, com resultados muito importantes. Aqui a gente respira vela. É um lugar especial, muito reservado e calmo, em que os atletas poderão relaxar quando não estiverem competindo – disse Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas como atleta.
- É muito importante eu dar a minha contribuição para a equipe olímpica, agora como treinador. Estamos tentando dar aos atletas as melhores condições possíveis para que tenham um bom desempenho nas competições que antecedem aos Jogos e também nos Jogos Olímpicos em si. Hoje temos as duas melhores equipes de cada classe participando das principais etapas de copa do mundo, do campeonato mundial e outros eventos importantes. Temos sete equipes entre os dez primeiros do ranking mundial, sendo dois líderes. Isso é uma indicação de que estamos indo bem – declarou Torben, contratado pelo COB para liderar a equipe brasileira.
- Vamos aproveitar esse evento para testar toda a logística de acomodação, transporte, alimentação e recuperação para a equipe. Em um próximo evento, podemos testar outras opções. Temos que chegar aos Jogos Olímpicos com todas as possibilidades testadas – afirmou o gerente geral de Performance Esportiva do COB, Jorge Bichara. “Niterói traz pontos positivos em relação à tranquilidade que você passa à equipe, que fica mais isolada em um ambiente mais reservado. Além disso, a curta distância para a Marina da Glória ajuda, com um deslocamento de apenas de 10 minutos pelo mar. Há também uma parte da equipe que é residente de Niterói. Tudo isso facilita a manutenção do foco, o que para nós é bastante importante”, disse Bichara, afirmando que, esportivamente, o evento é uma boa oportunidade para avaliar o estágio técnico da equipe brasileira.
São 30 atletas brasileiros que disputarão o evento-teste. Destes, 28 estiveram presentes à apresentação, entre eles Robert Scheidt, Bruno Prada, Fernanda Oliveira, Isabel Swan, Jorge Zarif, Martine Grael e Ricardo Winicki, o Bimba.
Para O Comitê Olímpico Brasileiro a vela é uma modalidade vital dentro do planejamento técnico da entidade para o Rio 2016. Desta forma, visando a aumentar o potencial de conquistas da modalidade, o COB ampliou a oferta de serviços à equipe brasileira, com a contratação do Torben Grael, de treinadores, aquisição de 20 barcos (dois por classe olímpica), suporte para treinamento e competições e a oferta de apoio em ciências do esporte, entre outras ações.
- A velocidade é fundamental para a performance na vela. Então o importante é ter o melhor material possível, o mais rápido possível. A compra dos novos barcos foi essencial para o desenvolvimento da nossa equipe, entre as outras ações – disse Scheidt.
o evento com 324 atletas, sendo 23 medalhistas Olímpicos, de 34 países guiarão seus barcos pela Baía de Guanabara no próximo sábado.
- Todos os atletas que sonham em conquistar uma medalha nos Jogos Rio 2016 estão aqui. Temos vários campeões Olímpicos e outros que ainda vão conquistar uma medalha participando do evento-teste. É minha primeira vez no Rio, então meu principal objetivo é conhecer e entender bem as condições climáticas aqui e aproveitar a cidade. Já soube que o vento varia de média para fraca intensidade na Baía e isso será um desafio para todos os velejadores – diz o australiano Mathew Belcher, campeão Olímpico na classe 470 em Londres 2012.
Outros quatro campeões Olímpicos nos Jogos Londres 2012, além de Mathew Belcher, estarão em ação na
Regata Internacional de Vela: o também australiano Nathan Outteridge, na classe 49er, a espanhola Marina Alabau, na 49er FX, o holandês Dorian van Rijsselberge, na RS:X, e o sueco Max Salminen, na Star, classe que saiu do
programa Olímpico nos Jogos Rio 2016.
Na prova vencida por Belcher, medalhista de prata em Londres 2012, o britânico Luke Patience também enalteceu o alto nível dos competidores e a importância de conhecer de perto as águas da Baía de Guanabara.
- Os melhores barcos do mundo estão aqui. É uma oportunidade importante para todos nós conhecermos as condições para velejar aqui e reunirmos informações, mas é claro que todos que estão aqui querem ser os primeiros a conquistar um título nas águas Olímpicas – diz o britânico, que compete pela primeira vez na América do Sul e demonstrou todo seu encantamento pelo Rio de Janeiro.
- É uma cidade muito divertida, repleta de vida e vibração. O clima é alegre e a cidade tem mostrado vocação para grandes celebrações, como o carnaval, a Copa do Mundo, e, em 2016, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Estou muito feliz por estar aqui e quero fazer o meu melhor no evento-teste – revela.
Dos 23 medalhistas Olímpicos que estarão velejando nas águas da Baía de Guanabara, cinco são australianos, quatro britânicos, três brasileiros, dois franceses, dois holandeses, um argentino, um belga, um espanhol, um israelense, um neozelandês, um polonês e um sueco.