IGUATU
Após três anos seguidos de seca, o produtor agora já faz reserva alimentar com o cultivo do sorgo forrageiro
Iguatu. Depois de três anos de seca no sertão cearense, os produtores rurais aprenderam diante das dificuldades que é preciso fazer reserva alimentar para o gado no período de escassez de chuva. Não há precipitações no segundo semestre e o pasto nativo é consumido, seca e não se renova. Na região Centro-Sul, houve uma expansão no cultivo de sorgo forrageiro e de silagem como estratégia de alimentação do gado leiteiro e de corte. A produção se deu dentro da própria agricultura de sequeiro, aproveitando as chuvas.
Essa expansão também foi verificada em outras regiões do Estado. Em 2013, o governo do Estado, por meio do Programa Hora de Plantar, distribuiu 99 toneladas de sementes de sorgo forrageiro. Neste ano, foram entregues aos pequenos produtores rurais, 200 toneladas. "A demanda cresceu e os agricultores tomaram consciência da necessidade de se produzir forragem e de se fazer reserva alimentar", observou o coordenador de Pecuária da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), Márcio Peixoto. As terras que tradicionalmente eram cobertas por milho e outras culturas de sequeiro, cederam espaço, nos últimos dois anos para o plantio de sorgo forrageiro.
No distrito de José Alencar, em áreas próximas às várzeas do Açude Orós, o verde da plantação se espalha a perder de vista. As chuvas neste ano favoreceram o desenvolvimento da cultura e os agricultores comemoram boa safra.