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domingo, 8 de março de 2015

APÓS QUATRO ANOS FECHADO,ARTE SESC TRAZ MOSTRA SOBRE GRACILIANO RAMOS.

Espaço reabre reformado com a exposição ‘O Cronista Graciliano no Rio de Janeiro’

KARINA MAIA
O escritor alagoano Graciliano Ramos, autor de clássicos como ‘Vidas Secas’, em foto de 1952
Foto:  Divulgação
Rio - Quem passa pelo casarão de número 99 da Rua Marquês de Abrantes, no Flamengo, mal pode imaginar a quantidade de histórias que o endereço abriga. A mansão resiste firme às transformações da cidade desde 1912, quando foi construída. Já foi residência burguesa, caiu no abandono, reabriu como espaço cultural e fechou novamente. Mas, amanhã, o Arte Sesc reabre reformado, com a exposição ‘O Cronista Graciliano no Rio de Janeiro’, e prova a vocação da casa como guardiã de memórias cariocas.
“Assim como o casarão, as crônicas de Graciliano (1982-1953) retratam uma parte do Rio de Janeiro que já se foi e outra que permanece viva”, compara a gerente cultural do Arte Sesc, Maria Gouvêa, responsável pela nova programação da instituição. “Queremos pautar projetos assim, aproveitando para entrar nas comemorações do aniversário de 450 anos da cidade”, completa ela, que já prepara outras mostras, de escritores como Rubem Braga e Mário Lago.
A ideia é que o público se envolva com a exposição. Para isso, relíquias do passado foram unidas a tecnologias interativas. Tem o manuscrito da carta que o autor escreveu a Getúlio Vargas após sair da prisão, em 1937, fotos, documentos e vídeos exclusivos, como o depoimento de Luiza Ramos, filha do autor alagoano, que se mudou para cá definitivamente na década de 30.
“Foi no Rio que ele escreveu ‘Vidas Secas’, durante o tempo que morou em uma pensão no Catete. Além de outras obras, como ‘Infância’, ‘Memórias do Cárcere’ e várias crônicas”, diz Ieda Lebensztayn, que assina junto a Thiago Mio Sallae o livro ‘Conversas’ (Ed. Record; 420 págs.; R$ 58), ponto de partida para a criação da exposição.
“Graciliano observava muito as contradições da cidade. É possível perceber isso em textos como ‘Os Passageiros Pingentes’, em que ele observa o egoísmo humano e a diferença das pessoas no bonde”, cita Ieda, que conta como esse meio de transporte, praticamente extinto por aqui, já foi importante para a vida carioca. “Dá para entender parte da história do Rio de Janeiro a partir da leitura de algumas crônicas que destacamos”, conclui.
CASARÃO GUARDA MEMÓRIAS DO RIO ANTIGO

VASCO DA GAMA SE ESPALHA NO PASSADO PARA NÃO TROPEÇAR.

Doriva lembra de empate com o Barra Mansa para o Gigante não vacilar contra o Bonsucesso

RICARDO NAPOLITANO
Rio - O vento sopra a favor do Vasco, mas, para não cair nas armadilhas do oba-oba, é hora de colocar o pé no freio. Em campo, o time vem de duas vitórias convincentes e, fora dele, apresentou, esta semana, Dagoberto, uma das contratações mais badaladas do futebol carioca em 2015. Mas, neste domingo, às 16h, contra o frágil Bonsucesso, no Engenhão, Doriva pede seriedade, atenção e, para espantar a zebra, lembra o passado recente para não ser surpreendido de novo.
Doriva alertou os seus jogadores
Foto:  Ernesto Carriço
A sequência é boa, a postura do time agrada e a colocação na tabela é satisfatória — o Vasco, matematicamente, pode terminar a rodada na liderança. O treinador, porém, não consegue esquecer os empates (ambos por 1 a 1) com Tigres e Barra Mansa. Este último, que aconteceu em São Januário, no dia 18 de fevereiro, até hoje é lembrado no vestiário vascaíno.
“Sempre é preciso refrescar a memória dos jogadores, lembrar que enfrentamos adversários que poderíamos ter vencido, mas, por um detalhe ou outro, não vencemos. É o tipo de coisa que tem de estar presente, não pode ser esquecida. Por isso tenho procurado deixar o time focado, mantendo a ambição e o estímulo altos”, explicou Doriva.
Para o Vasco seguir no trilho, o comandante repetiu a escalação que atuou no clássico com o Fluminense. Segundo Doriva, “a melhor apresentação do Vasco na temporada”. Com isso, ele barrou Bernardo e deu nova chance ao paraguaio Julio dos Santos. Mesmo tendo apenas quatro pontos na competição, o Bonsucesso parece oferecer riscos aos vascaínos.

BRASIL DEVE RECUPERAR PRODUÇÃO DE CANA DE AÇÚCAR NO PRÓXIMO CICLO, DIZ SAFRA E MERCADO.

Usinas devem direcionar oferta para o etanol, especialmente o anidro, e reduzir a safra de açúcar

colheira_cana_plantação (Foto: Ernesto de Souza / Editora Globo)
A safra 2015/2016 de cana-de-açúcar, que começa oficialmente em abril, deve ser de recuperação da queda sofrida no ciclo atual. A avaliação é da consultoria Safras e Mercado, que estima um crescimento de 4% do volume colhido apenas no Centro-sul, onde se concentra a maior área de canaviais do país.
O total deve chegar a 598 milhões de toneladas na região. Na safra 2014/2015, a produção foi calculada em 575 milhões de toneladas. Em nível nacional (o que inclui a região Norte-nordeste), a consultoria espera uma oferta de 661 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, um crescimento de 4,26% em relação ao ciclo 2014/2015.