O provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Kalil Rocha Abdalla, pediu afastamento do cargo por 90 dias, em meio a acusações de má gestão, dívidas que já chegam a mais de R$ 800 milhões e um abaixo-assinado online elaborado por um grupo de funcionários na sexta-feira e que hoje (22), por volta das 11h30, tinha 2.500 assinaturas.
No início da manhã, o mesmo grupo ameaçou fazer um ato que acabou substituído por uma reunião, da qual resultou uma carta. Representante do movimento Santa Casa Viva, o médico José Gustavo Parreira leu a carta escrita pelo grupo à mesa administrativa da entidade. O Santa Casa Viva reúne diversas categorias profissionais, estudantes, e residentes da Santa Casa e pretende organizar um movimento para recuperar a instituição. A carta lida pelo médico diz que a situação é urgente e demanda ação imediata.
“Acreditamos que a renúncia ou o afastamento do provedor Kalil Rocha Abdalla faz-se necessário para sairmos dessa crise sem precedentes. A mesa administrativa, composta por 50 irmãos mesários, não pode se omitir neste momento. Cabe aos senhores assumir essa responsabilidade convocando uma assembleia geral imediatamente, fazendo cumprir nossa reivindicação de destituição do provedor”, diz a carta.