Renata Coelho e o marido trocam acusações da autoria do homicídio.
Eles estiveram frente a frente pela primeira vez desde o crime, em novembro.
A mulher suspeita de matar o filho de 9 anos em Fortaleza, Renata Coelho, foi hostilizada na tarde desta segunda-feira (22) quando voltou à residência onde morava para a reconstituição do crime. A população gritava repetidamente "assassina", e Renata teve que ser escoltada pela polícia até o interior da casa.
Francileudo Bezerra e a mulher, Renata Coelho, mantiveram a versão de que o cônjuge é o autor da morte do filho de 9 anos durante a acareação nesta segunda-feira, no 16º Distrito Policial, em Fortaleza. O filho do casal de nove anos, Lewdo Bezerra, morreu ao ingerir veneno na madrugada do dia 11 de novembro; desde a data do crime, os dois trocam acusações sobre a autoria da morte da criança.
Renata Coelho e o advogado dela deixaram a delegacia sem falar com a imprensa. Temendo ações de represália contra a mulher, a polícia isolou a área e reforçou o policiamento.
O chefe do Departamento de Polícia Metropolitana, Jairo Pequeno, afirmou à imprensa que a acareação – primeira vez em que os dois foram colocados frente a frente desde o dia do crime – ajudou a esclarecer o que de fato ocorreu na residência do casal.
Nesta segunda, o casal retornou pela primeira vez, juntos, à residência onde moravam antes do crimes. Durante as investigações, Renata Coelho se mudou para Recife, em Pernambuco, onde mora com o segundo filho do casal.
“Ela esclareceu muita coisa e poderá facilitar uma convicção mais abalizada posteriormente sobre a autoria do crime”, disse, ressaltando que há “pontos duvidosos: “são várias dúvidas, pontos duvidosos, mas, como falei, vai ajudar a esclarecer. Não está totalmente esclarecido ainda, há uma controvérsia muito grande, mas essa acareação foi fundamental”.
Renata Coelho afirma que foi forçada pelo marido a tomar remédios junto com o filho; em seguida, ainda segundo a versão da mulher, Francileudo ingeriu vários remédios na tentativa de cometer suicídio.
Francileudo Bezerra nega as acusações e diz que a mulher matou o filho com veneno para rato. Ele também ingeriu veneno dado pela mulher, segundo seu depoimento. Ele ficou em coma durante 31 dias.
Os vizinhos de Francileudo Bezerra Severino chegaram ao 16º Distrito Policial para defender o subtenente. Com faixas, eles afirmam que o suspeito é inocente e que a justiça deve ser feita. Uma das vizinhas do casal, Socorro Carneiro de Freitas, afirmou conhecer Francilewdo Bezerra há bastante tempo. "Conheço ele uns 20 anos. Eu só não vi ele nascer. Isso é uma injustiça muito grande com ele. É de uma família muito boa e evangélica. Eu jamais vou acreditar nisso. Apesar da sua esposa viver com ele eu não a conhecia".
Mulher de militar nega crime
A mulher do subtenente Francileudo Bezerro, Cristiane Renata Coelho, negou em entrevista à TV Verdes Mares, ter participação na morte do filho de 9 anos. Ela e o marido acusam um ao outro a responsabilidade pela morte do filho por ingestão de veneno. "Eu não fiu. Só tinha quatro pessoas na casa: eu, ele e duas crianças incapazes.. Eu não matei", diz. "Quando eu fui pro quarto do meu filho, meu filho já estava gelado, estava com um pouquinho de fezes na cama. Levantei meio corpo dele, foi quando disse 'filho, não deixa a mamãe, não. Não abandona a mamãe que eu vou buscar socorro'", disse Renata, na entrevista.
A mulher do subtenente Francileudo Bezerro, Cristiane Renata Coelho, negou em entrevista à TV Verdes Mares, ter participação na morte do filho de 9 anos. Ela e o marido acusam um ao outro a responsabilidade pela morte do filho por ingestão de veneno. "Eu não fiu. Só tinha quatro pessoas na casa: eu, ele e duas crianças incapazes.. Eu não matei", diz. "Quando eu fui pro quarto do meu filho, meu filho já estava gelado, estava com um pouquinho de fezes na cama. Levantei meio corpo dele, foi quando disse 'filho, não deixa a mamãe, não. Não abandona a mamãe que eu vou buscar socorro'", disse Renata, na entrevista.
Ela conta que o marido chegou em casa com vinho a agrediu e a obrigou a tomar a bebida junto com remédios controlados. "Ele me mandou para o quarto e eu não sei o que ele comeu e nem o que deu aos meus filhos. Acordei - não sei quanto tempo depois - e quando cheguei na sala vi o subtenente se debatendo. Corri para o quarto e vi o meu filho. Ele estava espumando, gelado", relata.
O subtenente Francileudo ficou em coma durante uma semana e, ainda no hospital, negou participação no crime. "Não teria coragem de tirar a vida do meu filho, não é à toa que eu tatuei o nome dele no meu braço. Não seria nesse momento que eu iria atentar contra a vida dele nem contra a minha", disse o militar. Ele aponta a mulher Cristiane Renata Coelho como autora do crime. "Quero que a Justiça seja feita, que ele seja presa. Ela não pode ficar impune pelo que ela fez", disse. A Justiça revogou a prisão preventiva do militar.
O caso
Segundo depoimento de Cristiane Renata Coelho Severino à polícia, o marido obrigou que ela e o filho ingerissem tranquilizantes com objetivo de matá-los e em seguida tentou suicídio com remédios. Diferentemente do que a mulher contou à polícia, o laudo da perícia mostrou que tanto a criança quanto o subtenente foram envenenados com um veneno usado para matar ratos, popularmente conhecido como "chumbinho".
Segundo depoimento de Cristiane Renata Coelho Severino à polícia, o marido obrigou que ela e o filho ingerissem tranquilizantes com objetivo de matá-los e em seguida tentou suicídio com remédios. Diferentemente do que a mulher contou à polícia, o laudo da perícia mostrou que tanto a criança quanto o subtenente foram envenenados com um veneno usado para matar ratos, popularmente conhecido como "chumbinho".
Em depoimento à polícia, ao ser perguntado se havia alguém que se beneficiaria com a sua morte, o subtenente apontou a mulher como beneficiária direta. "Ele disse que além dos soldos, ela receberia um seguro do Exército que hoje está em torno de R$ 153 mil e ainda um outro seguro em nome do filho", diz. O delegado disse, ainda, que o casal passava por problemas no casamento "mas nada que justificasse tentativa de assassinato", afirmou o delegado Wilder Brito.
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