A produção literária nacional sempre contou com a participação feminina, apesar de nem sempre associarmos as mulheres à poesia brasileira.
A Literatura Brasileira nem sempre fez justa referência às suas poetas, promovendo o apagamento da participação feminina na produção literária *
Quando falamos sobre Literatura Brasileira, mais especificamente sobre poesia, alguns nomes de poetas surgem quase que instantaneamente, resgatados por nossa memória. Encontramos em nossos arquivos nomes consagrados de nossa poesia, como Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Mario Quintana, Castro Alves, Augusto dos Anjos, entre tantos outros que nos ocorrem, não é verdade? Contudo, é curioso observar a predominância de nomes masculinos, como se fazer poemas fosse exclusividade dos homens. Nós sabemos que isso não é verdade, então vamos refrescar sua memória apresentando, ou apenas relembrando, alguns nomes de poetas mulheres que também deram sua contribuição para a Literatura Brasileira.
Quando falamos de poesia, dificilmente nos lembramos das mulheres na Literatura. Por que esse “apagamento” acontece? Todos sabemos das questões históricas que fizeram, por muito tempo, com que as mulheres permanecessem à sombra dos homens em diversos aspectos, inclusive nos aspectos culturais. Nem mesmo os grandes nomes da historiografia da Literatura brasileira registraram a contento a participação feminina no mundo das letras, embora as mulheres estivessem, desde muito tempo, produzindo Literatura. À margem da consagrada poesia brasileira, encontramos nomes como Francisca Júlia, Gilka Machado, Auta de Sousa, Narcisa Amália, Carolina Maria de Jesus e nomes mais conhecidos, como Cecília Meireles, Hilda Hilst, Adélia Prado, Tatiana Belinky, Ana Cristina Cesar, Cora Coralina e muitos outros que, provavelmente, você nunca ouviu falar. São as mulheres menos profícuas e interessantes na Literatura do que os homens? Bom, a essa pergunta ofereço como resposta alguns poemas produzidos por nossas injustiçadas poetas. Boa leitura!