Segundo o BNDES, as novas centrais eólicas do Ceará e do Rio Grande do Sul gerarão 2,6 mil empregos diretos e indiretos durante as obras
FOTO: FERNANDO BRITO
Se tudo ocorrer dentro do planejado, o Ceará terá mais três parques eólicos em funcionamento até o fim deste ano. Tratam-se de três centrais que serão reunidas no Complexo Amontada, a 168 quilômetros (km) de Fortaleza, e que serão controladas pela Brise Energias Renováveis, do grupo Queiroz Galvão. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), aliás, aprovou ontem financiamento de R$ 173,3 milhões para a construção dessas unidades, que contarão com um investimento total de R$ 308,5 milhões. Conforme o BNDES, esses novos três parques da Queiroz Galvão terão capacidade instalada de 76 megawatts (MW), com 28 aerogeradores adquiridos da Alstom. A previsão é que as centrais comecem a operar ainda neste ano, reforçando ainda mais o Complexo de Amontada, que já possui outros cinco parques em construção, sendo três em atraso e dois no prazo.
Nesta quinta-feira, o BNDES também aprovou financiamento de R$ 383,7 milhões para a instalação de quatro parques eólicos - Atlântica I, II, III e IV - no município de Palmares do Sul (RS), a 125 km de Porto Alegre. As unidades serão controladas pela CPFL Energias Renováveis, com capacidade de 120 MW, e um investimento total estimado de R$ 488,3 milhões. Conforme o banco, o projeto é constituído por 40 aerogeradores da fabricante Acciona Brasil, que será responsável pelo fornecimento e manutenção de equipamentos durante 15 anos.
2,6 mil empregos
Ainda de acordo com o BNDES, as novas centrais eólicas do Ceará e do Rio Grande do Sul, que juntas terão capacidade instalada total de 195,6 MW, também gerarão cerca de 2,6 mil empregos diretos e indiretos durante as obras. O financiamento total aprovado ontem pela diretoria do banco foi de R$ 557 milhões.
O financiamento do BNDES a projetos de geração eólica vem aumentando significativamente. Noano passado, o banco desembolsou R$ 4,3 bilhões, valor 27% superior ao de 2012 e quase o dobro dos recursos liberados em 2011, de R$ 2,2 bilhões.
"Os investimentos eólicos causam baixo impacto ambiental, contribuem para a modicidade tarifária, além de reduzir a necessidade de despacho da energia termelétrica, em horários de pico de consumo. Além disso, a indústria eólica passa por um ciclo de crescimento, com potenciais ganhos de escala e tecnológicos, com impacto positivo na atual redução de preços dos equipamentos", afirmou o BNDES, em nota.