Hanna Cristina, de 24 anos, morreu no desabamento desta quinta.
A mãe disse que passageiros a consideraram 'heroína' por frear.
O corpo de Hanna Cristina dos Santos, de 24 anos, morta no desabamento do viaduto sobre a Avenida Pedro I, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, é velado nesta sexta-feira (4) no Cemitério Bosque da Esperança. Muito emocionada, a mãe, Analina Soares Santos, disse que os passageiros disseram que Hanna foi uma "heroína", porque ela teria conseguido frear micro-ônibus e evitar ferimentos mais graves.
O viaduto desabou na tarde desta quinta-feira (3), na Avenida Pedro I, próximo à Lagoa do Nado, região da Pampulha, em Belo Horizonte. Dois caminhões, um carro e um micro-ônibus foram atingidos pela estrutura. Além de Hanna, o motorista de um carro morreu no local. Outras 23 pessoas ficaram feridas, inclusive a filha de Hanna, Ana Clara, de cinco anos. As causas do acidente ainda são desconhecidas.
No momento da queda do viaduto, Hanna Cristina dirigia micro-ônibus que teve a parte dianteira atingida pela estrutura. Os passageiros conseguiram ser resgatados com ferimentos, mas sem gravidade. Entre as pessoas atingidas, estava a filha da motorista, Ana Clara, de 5 anos. A menina chegou a ficar em observação no Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, mas já recebeu alta.
Tiago dos Santos contou que dividia a direção do micro-ônibus com a irmã. Ele rodava na parte da manhã e Hanna, à tarde. Questionado sobre o risco de ser ele a vítima do acidente, já que passava várias vezes por dia no local do desabamento, ele disse que gostaria que fosse ele mesmo. “Eu preferia que tivesse sido eu”, revelou com pesar pela morte da irmã caçula. Eles ainda têm mais uma irmã.
Hanna dirigia o veículo há três anos, e segundo a mãe, Analina dos Santos, amava a profissão. “Ela morreu fazendo o que gostava”, lamentou, emocionada. O dono do veículo é o pai, José Antônio dos Santos. Ele deixou Belo Horizonte há alguns anos e foi morar em um distrito de Florestal, cidade a 65 quilômetros da capital mineira. Com isso, deixou o ônibus como fonte de renda para os filhos.
"Os passageiros estão falando que ela foi uma heroína, que ela salvou os passageiros do ônibus porque ela freiou o ônibus pra salvar a filha", contou a mãe.
Maria Nilza, uma das passageiras do micro-ônibus e que ficou ferida, disse ao G1 que adorava pegar o ônibus que Hanna dirigia. “Era uma excelente motorista. Meu coração alegrava quando via que era ela”, disse. Maria Nilza se feriu levemente no acidente, mas contou ainda estar em estado de choque com o acidente. “Não consigo dormir. Não paro de tremer”, relatou.
Nalva, que se disse mãe de criação e de coração de Hanna, está muito emocionada. Para ela, o importante neste momento é que seja feita justiça. “O que queremos é justiça, é providência. Uma jovem foi embora, e quem vai pagar por isso?”, encerrou.https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3926392783764741131#editor/target=post;postID=6917177551148208549
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