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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Sem Pelé, contundido ainda na primeira fase, Brasil foi bicampeão em 1962 .



Ao lado de Garrincha, Pelé sai machucado no segundo jogo da Copa de 1962, contra a Tchecoslováquia
Foto: Foto de arquivo/Agência O Globo
Ao lado de Garrincha, Pelé sai machucado no segundo jogo da Copa de 1962, contra a Tchecoslováquia - Foto de arquivo/Agência O Globo
Craque também desfalcou seleção em 1966, após ser caçado em campo
RIO - Neymar não é o primeiro craque brasileiro a ter que abandonar uma Copa devido a uma contusão. No Mundial do Chile, em 1962, Pelé despontava como insubstituível e sofreu um estiramento na virilha ao chutar de esquerda na segunda partida, um 0 a 0 contra a Tchecoslováquia. A Copa acabava ali para ele. O temor era tanto que umlocutor de rádio disse que a contusão "doeu em toda uma nação".
Apesar da ausência, na partida seguinte, o Brasil derrotou a Espanha por 2 a 1 de virada, com dois gols de Amarildo, substituto do Rei, levando a seleção às quartas de final. A partir daí, Garrincha roubou o protagonismo, marcou dois gols na vitória por 3 a 1 contra a Inglaterra e conduziu a equipe à semifinal contra o Chile, em que também marcou duas vezes na goleada por 4 a 2. Na final contra os tchecos, nova virada, de 3 a 1, com gols de Amarildo, Zito e Vavá.

Se o bicampeonato em 1962 não contou com Pelé em maior parte da campanha, quatro anos depois, na Inglaterra, o melhor jogador do mundo faria falta. Logo na estreia contra a Bulgária, ele sofreu uma entrada violenta que o deixou de fora da partida seguinte, contra a Hungria. Se no primeiro jogo o Brasil venceu por 2 a 0, com um gol dele e outro de Garrincha, sem o Rei, a seleção brasileira perdeu para os húngaros por 3 a 1.
De volta no terceiro jogo, contra Portugal, Pelé foi novamente caçado em campo. O Brasil foi derrotado por 3 a 1 e, com o resultado, foi eliminado ainda na primeira fase. Ao final da Copa de 1966, Pelé afirmou que não jogaria outro Mundial por causa da violência dentro das quatro linhas. Em 1970, no México, voltou atrás da decisão e conduziu o Brasil ao tricampeonato.
Ao completar 59 anos, Pelé relembrou os episódios e agradeceu por nunca ter tido uma contusão séria, apesar da violência em campo.
- O meu melhor presente de aniversário é poder continuar sempre contando com a bênção de Deus. Foi Ele quem permitiu que eu chegasse aos 59 anos com o vigor físico de 30 anos atrás. Além disso, tive uma proteção divina: fui caçado em campo, durante 25 anos de carreira, e nunca sofri uma lesão nos joelhos, que sempre foi a minha preocupação - disse o craque, à época.


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