Powered By Blogger

sexta-feira, 7 de junho de 2013

TORCEDORES DO RIO SÓ DEVERÃO TER ENGENHÃO DE VOLTA EM 2015.


Obras no estádio, interditado desde março, vão durar 18 meses.
Secretário de Obras diz que erro de projeto é uma 'grande tragédia'.

Do G1 Rio

Coletiva anuncia obras durante 18 meses no Engenhão (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)Coletiva anuncia obras durante 18 meses no
Engenhão (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
Os torcedores do Rio só poderão voltar a frequentar o Estádio João Havelange, o Engenhão, no Engenho de Dentro, no Subúrbio da cidade, na melhor das hipóteses, em 2015. As obras de recuperação da estrutura metálica que sustenta a cobertura da arena vão levar cerca de 18 meses. O erro de projeto que levou a Prefeitura do Rio a interditar o estádio em março deste ano foi considerado pelo secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto uma “tragédia”, em coletiva na tarde desta sexta (7), na Prefeitura do Rio.
“O erro de projeto foi um grande erro. Uma tragédia ter de fechar um estádio em tão pouco tempo depois da sua construção”, disse Pinto, que ainda nesta sexta-feira (7), através da Procuradoria Geral vai notificar o consórcio formado pelas empresas Odebrecht e OAS sobre a necessidade de reforçar a estrutura da cobertura no prazo de 18 meses.
Treino na Copa das Confederações
Por causa da interdição e do tempo para as obras, Pinto disse que a Prefeitura terá de discutir com o comitê organizador da Copa das Confederações, como ficará a situação da Itália. A seleção italiana usaria o Engenhão para seus treinamentos. O secretário disse também que ainda não foi decidido se o Estádio Moça Bonita, em Bangu, vai substituir o Engenhão nos campeonatos regionais.

O secretário disse ainda que o consórcio Racional Delta Recoma, que iniciou as obras no Engenhão em 2006, e o consórcio formado pelas empresas Odebrecht e OAS, criado emergencialmente para concluir a construção, serão enquadrado em leis de responsabilidade civil. Presente à coletiva, o engenheiro Marcos Vidigal disse que o consórcio Odebrecht e OAS só se pronunciaria após receber oficialmente a notificação da prefeitura.
Engenheiro Sebastião Andrade mostra pontos comprometidos na estrutura metálica do Engenhão (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)Engenheiro Sebastião Andrade mostra pontos
comprometidos na estrutura metálica do Engenhão
(Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
Integrante da comissão de avaliação do Engenhão, o engenheiro Sebastião Andrade, da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ), disse que nas obras de engenharia propriamente ditas não houve uma tragédia, mas que se os problemas não tivessem sido identificados, o estádio poderia ter caído.
“O Engenhão era como um doente. Havia uma desconfiança e exames mostravam que algo não estava bem. Mas só com uma ressonância se verificou a gravidade da situação. A estrutura da cobertura pedia socorro”, disse Andrade.
De acordo com a vistoria feita pela comissão em 4 de junho, estruturas metálicas, como arcos, tirantes e tesouras apresentavam deformações. Estruturas que deveriam ser retas estavam retorcidas e algumas apresentavam calombos chamados de flambagem, considerados danos graves e que colocavam a estrutura em risco.
“Diante da avaliação feita no local e dos laudos anteriores, chegamos à conclusão que o reforço imediato é imprescindível para que o estádio possa ser usado com níveis mínimos de segurança”, disse Andrade.
Obras
O presidente da Riourbe, Armando Queiroga, explicou que as obras para reforço da estrutura da cobertura do Engenhão terão de passar pelas seguintes etapas: escoramento da estrutura, reforço dos arcos e principais peças metálicas áreas leste e oeste do estádio, encamisamento do arco (cobertura metálica que vai envolver e reforçar os pilares) e depois colocação da cobertura em telhas, como existe atualmente.
O secretário de Obras garantiu que a Prefeitura do Rio não arcará com os custos da obra, que deverá ficar a cargo dos dois consórcios
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário