avião foi impedido de entrar no espaço aéreo da França, Portugal e Itália.
Aeronave permaneceu cerca de uma hora e meia em solo cearense.
O avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, fez uma parada por volta das 18h30 desta quarta-feira (3) no aeroporto de Fortaleza para reabastecimento, segundo a Empresa de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Evo Morales segue para a capital boliviana depois de participar em Moscou de um fórum de países produtores de gás. O avião partiu pouco antes das 20h.
O presidente foi impedido de entrar no espaço aéreo de França, Portugal e Itália pela suspeita de que estava transportando o ex-técnico da CIA Edward Snowden - procurado pelos Estados Unidos. Depois das negativas de Itália, Portugal e França, o avião pôde pousar na Áustria.
Snowden, que também estava em Moscou, é acusado criminalmente de espionagem pelo governo norte-americano. Partiram dele as informações que permitiram à imprensa internacional revelar programas de vigilância do governo americano contra a população – utilizando servidores de empresas como Google, Apple e Facebook – e também contra diplomatas e governos da União Europeia, que reagiram de forma negativa.
A presidente Dilma Rousseff divulgou uma nota oficial nesta quarta-feira na qual expressa “indignação e repúdio” à recusa de alguns países europeus a abrir o espaço aéreo para o avião em que viajava o presidente da Bolívia, Evo Morales, nesta terça (2). “O noticiado pretexto dessa atitude inaceitável – asuposta presença de Edward Snowden no avião do Presidente –, além de fantasiosa, é grave desrespeito ao Direito e às práticas internacionais e às normas civilizadas de convivência entre as nações. Acarretou, o que é mais grave, risco de vida para o dirigente boliviano e seus colaboradores”, afirmou Dilma em nota.
“Causa surpresa e espanto que a postura de certos governos europeus tenha sido adotada ao mesmo momento em que alguns desses mesmos governos denunciavam a espionagem de seus funcionários por parte dos Estados Unidos, chegando a afirmar que essas ações comprometiam um futuro acordo comercial entre este país e a União Europeia”, disse Dilma Rousseff.
Na nota, a presidente disse, ainda, que o constrangimento vivido por Morales atinge não só aBolívia, mas toda a América Latina. “Compromete o diálogo entre os dois continentes e possíveis negociações entre eles. Exige pronta explicação e correspondentes escusas por parte dos países envolvidos nesta provocação”.
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