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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

MAIS MÉDICOS: PROFISSIONAIS DEVEM ATENDER APENAS 10,9% DA DEMANDA DO CEARÁ.

Presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará afirma que programa é um tipo de escravidão e não irá resolver o problema da saúde pública no Brasil

Não só a remuneração, no entanto, coloca a medicina em primeiro lugar no ranking de profissões do instituto (FOTO: Flickr/Creative Commons)

O Ministério da Saúde divulgou a primeira lista de médicos selecionados pelo Programa Mais Médicos, mas o número de vagas preenchidas equivale a apenas 10,9% da demanda do Ceará. De acordo com informações do Ministério da Saúde, a necessidade do estado é de 834 médicos para completar seus quadros na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS).

O Ceará foi o estado brasileiro com maior número de profissionais selecionados, ao todo 91 médicos escolheram 43 municípios cearenses. A maioria deles (52) atuará em cidades do interior de maior vulnerabilidade social e outros 39 nas periferias da capital e região metropolitana.
O Ministério da Saúde dará mais uma oportunidade aos médicos brasileiros que chegaram a selecionar municípios, mas que não homologaram sua participação. Este grupo terá até quinta-feira (8) para novamente indicar as seis opções de cidades que desejam atuar, em ordem de preferência e de acordo com as regiões prioritárias do programa. A nova lista será publicada no sábado (10). A próxima chamada de médicos e municípios começa no dia 15 de agosto.
Os médicos do programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em Atenção Básica durante os três anos do programa.
Presidente do Sindicato afirma que programa é trabalho escravo
O presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, José Maria Pontes, afirmou que a proposta não traz nada de novo para os médicos “eles não oferecem nada de novo, isso que eles estão fazendo é trabalho escravo”. Afirmou o presidente do Sindicato que estava em um evento em Brasília.
Ainda de acordo com José Maria o programa não irá resolver o problema do atendimento médico no Brasil, porque o problema não é falta de médico, mas falta de estrutura. De acordo com ele é necessário aumentar o orçamento para a saúde, investir 8% do PIB na saúde e realizar concurso público para que os médicos tenham condições de atender. “Da forma que está sendo feito o próprio programa vai se destruir”, afirmou.
Veja abaixo a lista de cidades cearenses contempladas:
Abaiara: 1 médico
Antonina do Norte: 2 médicos
Apuiarés: 1 médico
Aracoiaba: 1 médico
Aurora: 1 médico
Barbalha: 2 médicos
Barreira: 1 médico
Beberibe: 1 médico
Canindé: 4 médicos
Carnaubal: 2 médicos
Cascavel: 6 médicos
Caucaia: 1 médico
Chorozinho: 1 médico
Croatá: 1 médico
Fortaleza: 21 médicos
General Sampaio: 1 médico
Horizonte: 1 médico
Jardim: 4 médicos
Juazeiro do Norte: 5 médicos
Maracanaú: 3 médicos
Maranguape: 1 médico
Massapê: 2 médicos
Mauriti: 4 médicos
Monsenhor Tabosa: 1 médico
Orós: 1 médico
Pacajus: 1 médico
Pacatuba: 3 médicos
Paramoti: 1 médico
Pedra Branca: 1 médico
Penaforte: 1 médico
Pentecoste: 1 médico
Pindoretama: 1 médico
Porteiras: 1 médico
Potengi: 1 médico
Quixelô: 1 médico
Quixeramobim: 2 médicos
Redenção: 1 médico
Santana do Cariri: 1 médico
São Gonçalo do Amarante: 1 médico
Trairi: 2 médicos
Tururu: 1 médico
Umirim: 1 médico
Viçosa do Ceará: 1 médico
Com informações do Ministério da Saúde

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