Ceará já foi grande produtor nos anos de 1970.
Fase experimental de plantio deu bons resultados.
Agricultores familiares da cidade de Ibaretama, a 130 quilômetros de Fortaleza, investem na produção experimental de algodão. O Ceará já foi grande produtor no segmento, principalmente, na década de 1970, mas as plantações foram devastadas pela praga do bicudo.
A experiência começou com apenas três produtores da região, no sertão cearense. Cada um recebeu 20 quilos da semente. Agora, no período da colheita, o resultado foi tão bom que eles querem incentivo para plantar algodão todos os anos. Outros 200 produtores rurais de oito cidades foram convidados para uma aula de campo sobre técnicas do plantio.
"O Ceará já teve 1 milhão de hectares. A novidade é que agora será plantada em agricultura familiar como alternativa de renda. A oportunidade para começar a coisa de forma correta", diz Valtemilton Cartaxo, analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Na fase experimental, a semente foi fornecida pela Embrapa. A variedade tem um código científico: o brs 8h. É a mesma usada antigamente.
Mercado
Conseguir incentivo e preço justo são alguns dos desafios dos produtores. "O produtor precisa vender com um preço justo. Não é só a instalação de indústria, mas o algodão pode ser uma fonte de renda para o agricultor do Ceará, mas hoje a arroba é vendida por R$ 20. O mínimo que poderia ser cobrado era uns R$ 30", diz Ednaldo Calixto, técnico da secretaria da Agricultura do município de Ibaretama. Para ele, também é necessário um programa governamental que estimule o agricultor.
Conseguir incentivo e preço justo são alguns dos desafios dos produtores. "O produtor precisa vender com um preço justo. Não é só a instalação de indústria, mas o algodão pode ser uma fonte de renda para o agricultor do Ceará, mas hoje a arroba é vendida por R$ 20. O mínimo que poderia ser cobrado era uns R$ 30", diz Ednaldo Calixto, técnico da secretaria da Agricultura do município de Ibaretama. Para ele, também é necessário um programa governamental que estimule o agricultor.
O algodão é vendido para a indústria têxtil e o caroço pode ser aproveitado na alimentação de gado, principalmente, o leiteiro. A torta de algodão tem 28% de proteína - e é recomendada por criadores de gado leiteiro com experiência no mercado. "O animal em lactação precisa de energia e proteína”, diz Carlos Bezerra Filho, produtor de leite
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