KIEV, 25 Nov 2013 (AFP) - O presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, lançou nesta segunda-feira um apelo à "paz" na Ucrânia, após os protestos contra a rejeição a um acordo de associação com a União Europeia, enquanto a líder opositora, Yulia Timoshenko, iniciava uma greve de fome em solidariedade aos manifestantes.
"Quero que a paz e a calma reinem na nossa grande família ucraniana", disse Yanukovich, em discurso transmitido pela TV e publicado em seu portal oficial.
"Algumas vezes tenho que tomar decisões difíceis e corro o risco de ser incompreendido (...), mas nunca farei algo em detrimento da Ucrânia, nem do nosso povo, quero que todos saibam", reforçou.
Trata-se da primeira declaração oficial de Yanukovich depois do anúncio, na semana passada, da decisão do governo ucraniano de renunciar à assinatura de um acordo histórico entre a antiga república soviética e a UE.
Milhares de opositores pró-europeus protestaram na segunda-feira, em Kiev, contra o repúdio deste acordo de associação com a União Europeia que, segundo eles, obriga o país a depender da Rússia.
A União Europeia anunciou que este acordo continua sobre a mesa.
Já a opositora Yulia Timoshenko, ex-primeira-ministra e adversária política de Yanukovich, que cumpre pena de sete meses de prisão por uma acusação de abuso de poder que ela denuncia como uma vingança política, anunciou na noite desta segunda-feira que tinha iniciado uma greve de fome "em solidariedade" com os manifestantes.
"Começo uma greve de fome ilimitada para pedir a Yanukovich que firme o acordo de associação com a UE", declarou em uma carta lida por seu advogado, Serguei Vlassenko, diante de mil manifestantes pró-europeus reunidos no centro de Kiev.
Se o presidente Yanukovich "não firmar nosso acordo com a União Europeia" durante a cúpula da Associação Oriental da UE em Vilnus, quinta e sexta-feira, "apaguem-no do mapa da Ucrânia por vias pacíficas e constitucionais!", pediu a opositora.
Mesmo que Kiev rejeite por enquanto a oferta dos europeus, o presidente Yanukovich "planeja viajar à cúpula da Associação oriental da UE em Vilnus", durante a qual um acordo de associação com a Ucrânia devia ser inicialmente firmado, declarou o chefe da diplomacia em Kiev, Leonid Kojara.
Bruxelas, por sua vez, reforçou que a oferta continua de pé.
A UE tinha denunciado nesta segunda-feira a "pressão externa que a Ucrânia experimenta" e desaprovou a "posição da Rússia, assim como suas ações" contra este país.
"Desaprovamos com firmeza a posição da Rússia e suas ações", informaram os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, em um comunicado no qual asseguraram que o acordo de associação "continua na mesa" e que cabe à "Ucrânia decidir livremente qual tipo de compromisso busca com a União Europeia".
Cerca de mil manifestantes se reuniram na manhã desta segunda-feira em frente à sede do governo, no centro da capital, um dia depois de um comício que reuniu dezenas de milhares de pessoas, na maior manifestação realizada na Ucrânia desde a Revolução Laranja, partidária da aproximação com a Europa, em 2004.
Os manifestantes que tentavam entrar na segunda-feira no prédio do governo cercado pela tropa de choque da polícia foram rechaçados com golpes de cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo.
zzh-bfi/lpt/mp/via/jo/mvv
"Quero que a paz e a calma reinem na nossa grande família ucraniana", disse Yanukovich, em discurso transmitido pela TV e publicado em seu portal oficial.
"Algumas vezes tenho que tomar decisões difíceis e corro o risco de ser incompreendido (...), mas nunca farei algo em detrimento da Ucrânia, nem do nosso povo, quero que todos saibam", reforçou.
Trata-se da primeira declaração oficial de Yanukovich depois do anúncio, na semana passada, da decisão do governo ucraniano de renunciar à assinatura de um acordo histórico entre a antiga república soviética e a UE.
Milhares de opositores pró-europeus protestaram na segunda-feira, em Kiev, contra o repúdio deste acordo de associação com a União Europeia que, segundo eles, obriga o país a depender da Rússia.
A União Europeia anunciou que este acordo continua sobre a mesa.
Já a opositora Yulia Timoshenko, ex-primeira-ministra e adversária política de Yanukovich, que cumpre pena de sete meses de prisão por uma acusação de abuso de poder que ela denuncia como uma vingança política, anunciou na noite desta segunda-feira que tinha iniciado uma greve de fome "em solidariedade" com os manifestantes.
"Começo uma greve de fome ilimitada para pedir a Yanukovich que firme o acordo de associação com a UE", declarou em uma carta lida por seu advogado, Serguei Vlassenko, diante de mil manifestantes pró-europeus reunidos no centro de Kiev.
Se o presidente Yanukovich "não firmar nosso acordo com a União Europeia" durante a cúpula da Associação Oriental da UE em Vilnus, quinta e sexta-feira, "apaguem-no do mapa da Ucrânia por vias pacíficas e constitucionais!", pediu a opositora.
Mesmo que Kiev rejeite por enquanto a oferta dos europeus, o presidente Yanukovich "planeja viajar à cúpula da Associação oriental da UE em Vilnus", durante a qual um acordo de associação com a Ucrânia devia ser inicialmente firmado, declarou o chefe da diplomacia em Kiev, Leonid Kojara.
Bruxelas, por sua vez, reforçou que a oferta continua de pé.
A UE tinha denunciado nesta segunda-feira a "pressão externa que a Ucrânia experimenta" e desaprovou a "posição da Rússia, assim como suas ações" contra este país.
"Desaprovamos com firmeza a posição da Rússia e suas ações", informaram os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, em um comunicado no qual asseguraram que o acordo de associação "continua na mesa" e que cabe à "Ucrânia decidir livremente qual tipo de compromisso busca com a União Europeia".
Cerca de mil manifestantes se reuniram na manhã desta segunda-feira em frente à sede do governo, no centro da capital, um dia depois de um comício que reuniu dezenas de milhares de pessoas, na maior manifestação realizada na Ucrânia desde a Revolução Laranja, partidária da aproximação com a Europa, em 2004.
Os manifestantes que tentavam entrar na segunda-feira no prédio do governo cercado pela tropa de choque da polícia foram rechaçados com golpes de cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo.
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