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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 12 DE JANEIRO DE 2014.

 São Bernardo
O santo de hoje nasceu no ano de 1605 em Corleone, Sicília, na Itália. Como é belo poder perceber o testemunho de hoje! Como a misericórdia de Deus fez maravilhas a partir do arrependimento!
São Bernado foi crescendo numa vida longe do relacionamento com Deus e com a Igreja. Logo, distante de si e do amor aos irmãos, o orgulho foi tomando conta do seu coração. Então, decidiu entrar para a vida militar; não para servir a sociedade, mas para dominá-la. De fato, ele estava longe de Deus. Resultado: numa das muitas discussões que viraram briga, ele acabou num duelo, ferindo de morte um companheiro seu da vida militar. Foi neste momento trágico de sua história que ele abriu o coração para Deus, pois sua consciência foi pesando. Embora ele tenha fugido e recorrido a um chamado “direito de asilo”, não foi preso, mas estava preso a uma vida de pecado. Quem poderia resgatá-lo? Nosso Senhor Jesus Cristo, o Verbo encarnado que veio nos assumir na nossa fragilidade e nos revelar este amor que redime, que salva e é a nossa esperança.
Assim, arrependeu-se e começou a busca de uma vida em Deus, uma vida de Igreja, sacramental. Discerniu um chamado à vida religiosa, buscou a família franciscana e ali tornou-se irmão religioso, fiel às regras. De fato, se antes expressava arrogância, agora comunicava paz, penitência, luta contra o pecado.
Ele foi se santificando também no serviço ao próximo. “Santidade sem serviço aos outros pode ser apenas um ideal, mas, no concreto, esta luta, este bom combate é para sermos melhores em Deus, melhores uns para os outros”.
Religioso, capuchinho, modelo de vida na pobreza, na castidade e na obediência. Este santo do século XVII nos convida, neste novo milênio, a sermos sinais no poder que a misericórdia divina tem de, com a nossa ajuda e nosso sim, fazer-nos santos.
São Bernardo, rogai por nós!


12.01.2014
BATISMO DO SENHOR — ANO A
( BRANCO, GLÓRIA, PREFÁCIO PRÓPRIO – OFÍCIO DA FESTA )
__ "Você é meu filho muito amado" __
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Com a festa do Batismo do Senhor, a Igreja encerra o Tempo do Natal e abre o que ela chama de Tempo Comum, interrompido pela Quaresma e Páscoa, e reiniciado depois da festa de Pentecostes. O Batismo de Jesus marca o início de sua vida pública, de sua missão redentora no mundo. Também o nosso batismo marca nossa entrada na comunidade cristã e o início de nossa colaboração com Cristo. O Batismo, como sabemos, é o primeiro dos sacramentos, isto é, condição para se receber os outros. Por isso, é chamado de fundamento de toda a vida cristã ou, em outra figura, a porta de entrada da comunidade cristã. Celebrar hoje o Batismo de Jesus é vê-lo partir cheio do Espírito Santo a pregar o Reino dos Céus e, ao mesmo tempo, celebrar também o nosso batismo renovando nosso compromisso de discípulo de Jesus e coresponsável pela salvação de toda a humanidade.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: A Igreja encerra o ciclo litúrgico do Natal com a celebração do Batismo do Senhor. Essa festa ressalta a filiação divina de Jesus e sua missão messiânica. Ele é o Messias prometido pelos séculos e enviado na plenitude do tempo. Cabe a nós acolher a revelação que se deu no Jordão e seguir os passos de Jesus como fizeram os primeiros discípulos logo após o Batismo. Enquanto discípulos e missionários daquele que nos trouxe a paz, saímos fortalecidos das grandes celebrações do ciclo do Natal e damos à Igreja a conotação missionária que ela tem por natureza.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: À margem do Rio Jordão, João Batista prega a conversão dos pecados como meio para se receber o reino de Deus que está próximo. Jesus entra na água, como todo o povo, para ser batizado. Para os judeus, o batismo era um rito penitencial; por isso, aproximavam-se dele confessando seus pecados. Entretanto, o que Jesus recebe não é só um batismo de penitência; a manifestação, do Pai e do Espírito Santo dão-lhe um significado preciso. Jesus é proclamado "filho bem-amado" e sobre ele desce o Espírito que o investe da missão de profeta (anúncio da mensagem da salvação), sacerdote (o único sacrifício agradável ao Pai) e rei (messias esperado como savlador).
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo entoemos alegres cânticos ao Senhor!

O PAI MANIFESTA A MISSÃO DO FILHO
Antífona da entrada: Batizado o Senhor, os céus se abriram e o Espírito Santo pairou sobre ele sob a forma de pomba. E a voz do Pai se fez ouvir: Este é o meu Filho muito amado, nele está todo o meu amor! (Mt 3,16s).
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, que, sendo Cristo batizado no Jordão e pairando sobre ele o Espírito Santo, o declarastes solenemente vosso Filho, concedei aos vossos filhos adotivos, renascidos da água e do Espírito Santo, perseverar constantemente em vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras:Pelo Batismo, como Jesus, somos consagrados por Deus para uma missão. Imprimindo um sinal indelével, ou seja, uma “marca” de pertença à comunidade redimida, o batismo nos faz participar do sacerdócio e da missão de Jesus Cristo. Por isso, cada batizado (a) recebe, em sementes, dons e graças que deve, com seu esforço e trabalho, desenvolver ao longo da vida, em benefício de toda comunidade. Ouçamos as leituras da festa do batismo do Senhor, com a disposição daqueles discípulos que foram convidados a deixar tudo para seguir o Mestre.
Primeira Leitura (Isaías 42,1-4.6-7)
Leitura do livro do profeta Isaías.
Assim fala o Senhor, 42 1 "Eis meu Servo que eu amparo, meu eleito ao qual dou toda a minha afeição, faço repousar sobre ele meu espírito, para que leve às nações a verdadeira religião.
2 Ele não grita, nunca eleva a voz, não clama nas ruas.
3 Não quebrará o caniço rachado, não extinguirá a mecha que ainda fumega. Anunciará com toda a franqueza a verdadeira religião; não desanimará, nem desfalecerá,
4 até que tenha estabelecido a verdadeira religião sobre a terra, e até que as ilhas desejem seus ensinamentos.
6 Eu, o Senhor, chamei-te realmente, eu te segurei pela mão, eu te formei e designei para ser a aliança com os povos, a luz das nações;
7 para abrir os olhos aos cegos, para tirar do cárcere os prisioneiros e da prisão aqueles que vivem nas trevas".
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 28/29
Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!
Filhos de Deus, tributai ao Senhor,
tributai-lhe a glória e o poder!
Dai-lhe a glória devida ao seu nome;
adorai-o com santo ornamento!
Eis a voz do Senhor sobre as águas,
sua voz sobre as águas intensas!
Eis a voz do Senhor com poder!
Eis a voz do Senhor majestosa.
Sua voz no trovão reboando!
No seu templo os fiéis bradam: “Glória!”
É o Senhor que domina os dilúvios,
o Senhor reinará para sempre!
Segunda Leitura (Atos 10,34-38)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 10 34 então Pedro tomou a palavra e disse: "Em verdade, reconheço que Deus não faz distinção de pessoas,
35 mas em toda nação lhe é agradável aquele que o temer e fizer o que é justo.
36 Deus enviou a sua palavra aos filhos de Israel, anunciando-lhes a boa nova da paz, por meio de Jesus Cristo. Este é o Senhor de todos.
37 Vós sabeis como tudo isso aconteceu na Judéia, depois de ter começado na Galiléia, após o batismo que João pregou.
38 Vós sabeis como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com o poder, como ele andou fazendo o bem e curando todos os oprimidos do demônio, porque Deus estava com ele".
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Abriram-se os céus e fez-se ouvir a voz do Pai: Eis meu filho muito amado; escutai-o, todos vós! (Mc 9,7)

EVANGELHO (Mateus 3,13-17)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 3 13 da Galiléia foi Jesus ao Jordão ter com João, a fim de ser batizado por ele.
14 João recusava-se: "Eu devo ser batizado por ti e tu vens a mim!"
15 Mas Jesus lhe respondeu: "Deixa por agora, pois convém cumpramos a justiça completa". Então João cedeu.
16 Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os céus se abriram e viu descer sobre ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus.
17 E do céu baixou uma voz: "Eis meu Filho muito amado em quem ponho minha afeição".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Recebei, ó Pai, as oferendas que vos apresentamos no dia em que revelastes vosso Filho, para que se tornem o sacrifício do Cordeiro que lavou, em sua misericórdia, os pecados do mundo. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Eis aquele de quem João dizia: Eu via dei testemunho de que este é o Filho de Deus (Jo 1,32.34).
Depois da comunhão
Nutridos pelo vosso sacramento, dai-nos, ó Pai, a graça de ouvir fielmente o vosso Filho amado, para que, chamados filhos de Deus, nós o sejamos de fato. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
CONCILIO VATICANO II - DOCUMENTO:
GRAVISSIMUM EDUCATIONIS (Princípios para a Educação Cristã)
Através deste documento o Vaticano II reconhece a importância da educação cristã em todos os tempos e sociedade e estabelece seus fundamentos e diretrizes. Aponta a que compete assegurá-la e a que meios recorrer, destacando sempre as escolas católicas de vários níveis. Neste sentido, a idéia que perpassa este documento é a de que educar não é simplesmente propor conteúdos externos, mas sim desenvolver de dentro para fora, cultivando o dom da fé, solidificando o processo de humanização e personalização, promovendo a felicidade e a realização pessoal.
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto: http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta nada só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 13 A 19 DE JANEIRO DE 2014:
2ª) Vd - 1Sm 1,1-8; Sl 115(116); Mc 1,14-20
3ª) Vd - 1Sm 1,9-20; (cant) 1Sm 2,1.4-5.6-7.8abcd; Mc 1,21b-28
4ª) Vd - 1Sm 3,1-10.19-20; Sl 39; Mc 1,29-39
5ª) Vd - 1Sm 4,1-11; SL 43; Mc 1,40-45
6ª) Vd - 1Sm 8,4-7.10,22a; Sl 88; Mc 2,1-12
Sáb.) Vd - 1Sm 9,1-4.17-19;10,1a; Sl 20(21); Mc 2,13-17
Dom.) Vd - 2º DTC Is 49,3.5-6; Sl 39(40); 1Cor 1,1-3; Jo 1,29-34 (Testemunho de João)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. A GRAÇA QUE NOS TORNA LIVRES...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Já ouvi muitos debates calorosos, inclusive na aula de teologia, sobre o Batismo de João, que tinha um caráter penitencial. Claro que se trata de um rito iniciático, para os que querem mudar de vida, diante da vinda do Reino de Deus, ou do Messias, como se falava mais por aqueles tempos.
Entretanto, não podemos hoje ignorar o significado desse Batismo penitencial, que até o próprio Jesus recebeu. O texto de São Mateus, no diálogo entre João e Jesus, se apressa em dizer que Jesus não tinha necessidade de receber esse Batismo já que Nele não há pecado e nenhuma imperfeição que precise ser purificada. A necessidade de uma conversão, colocada por João, como condição para receber o Batismo, nos faz pensar na situação de pais e padrinhos que levam as crianças para receberem esse Sacramento.
As discussões em torno dos efeitos da graça de Deus, que o Batismo confere a cada criança, são sempre acirradas, se entendermos que a Graça por si realiza a Salvação, corre-se sempre o risco de tirar dos pais, padrinhos e da própria comunidade o compromisso do testemunho da Fé, imprescindível para o Batismo. Se por outro lado, jogarmos todo peso da responsabilidade sobre os pais e padrinhos, exigindo deles uma vida santa e fiel á Palavra de Deus e á Santa Igreja, estaríamos sendo incoerentes, pois sabemos que a grande maioria de pais e padrinhos que procuram a igreja, muitos nem tiveram ainda uma experiência querigmática com Jesus. Conheci padrinhos que logo após o Batismo, deixaram a Igreja Católica indo para outra, levando consigo os pais e a criança que recebeu o Santo Batismo. Conheci jovens que receberam o Batismo, o Crisma e depois, simplesmente mudaram de igreja, por influência de outras pessoas. Essa estatística, se levada a sério, é muito relevante e mostra que a nossa catequese de um modo geral, não desperta nos catequizados esse desejo interior de ter a vida transformada pelo Santo Evangelho.
Claro que a Graça de Deus supõe a natureza humana, como diz um grande Santo e Teólogo da Igreja São Tomas de Aquino, isso significa dizer que Deus quer ardentemente entrar na nossa vida, para viver conosco uma comunhão santificante, processo que se inicia com o Batismo.
Poderíamos dizer, que a natureza humana, depois do pecado original, permaneceu íntegra com relação á sua essência, mas perdeu o seu ordenamento natural ao bem que, quanto ao seu fim último, é a felicidade humana que consiste em ver Deus face a face, portanto, a dimensão essencial do ser homem, permanece, mas a dimensão do operar, que é o agir humano, com relação ao seu fim próprio, foi perdida. Com o pecado o homem não deixou de ser homem, mas perdeu a capacidade de agir como homem, segundo o fim para o qual foi criado.
O Batismo resgata pela graça esse “direcionamento” para o bem, e isso, logicamente requer uma atitude interior de acolhimento, daí a importância testemunho de vida em família: Como vou convencer meu filho ou afilhado, ainda em desenvolvimento, que a Graça de Deus e a Vida de Fé, vivida em comunidade, me faz feliz e transforma a minha vida na relação com as pessoas? Como posso querer que o meu filho saboreie esse “Manjar” da Santidade de Deus dada na graça do Batismo, se eu mesmo ainda não experimentei? Como posso desejar que meu filho saboreie a doce uva da misericórdia e do amor do Pai, se a minha vida de Pai ou de Mãe, de Padrinho ou de Madrinha, reflete sempre uvas azedas e amargas, das discórdias, das intrigas, das inimizades, da falta de amor á família e a comunidade da Igreja? Claro que a criança não vai “engolir” tudo isso.
Há quem confunda o Batismo com uma espécie de “freio”, ou de submissão forçada á Leis e Doutrinas da Igreja, com isso acentua-se o sentido negativo, agora que sou batizado, não posso mais fazer isso ou aquilo, Batismo desse jeito não é Cristão, porque a primeira ação do amor de Deus em nossa vida é precisamente a Liberdade. No Batismo de Jesus, todo homem se torna uma nova criatura, Filho de Deus, senhor da sua vida e da sua história, livre para trilhar o próprio caminho, sempre percebendo com os olhos da Fé a Vontade de Deus. Fazer em nossa vida a vontade de Deus não é ser escravo, mas agir com Ele, a Graça presente em nossa vida torna isso possível.
Mas há no Batismo de Jesus um elemento novo que o Batismo de João não dava: os céus se abriram e desceu sobre ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus. Por isso João irá dizer que Jesus irá Batizar no fogo do Espírito, o Batismo de João é um sinal, uma lavagem exterior, uma antessala do que virá depois, o desejo de conversão e mudança de vida, é uma disposição interior em acolher esse Espírito de Deus que quer entrar em nós, e que de fato entra, pelo ritual do Santo Batismo, nos purificando da mancha original, e conferindo-nos a liberdade de Filhos e Filhas de Deus.
Nesse domingo do Batismo do Senhor, lembremo-nos do nosso Batismo, e renovemos com alegria e fidelidade nossos compromissos batismais, e o mais importante, que ouçamos em nossas entranhas a voz amorosa do Pai, dizendo-nos em Jesus “Este é meu Filho muito amado, em quem ponho minha afeição”.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. Jesus é batizado por João
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
À notícia do Batismo de Jesus no evangelho de Marcos (Mc 1,9-11), Mateus acrescenta um diálogo entre João Batista e Jesus, cujo objetivo é afirmar que Jesus é maior que João Batista. A finalidade da perícope do Batismo de Jesus é, desde o início do relato evangélico, afirmar a identidade e a missão de Jesus.
O trecho do livro do profeta Isaías proposto para este domingo é parte de um dos cânticos do servo sofredor. Lembre-se de que no texto de Isaías por ele mesmo o servo é todo o povo de Israel. A releitura cristã dos “cânticos do servo sofredor” transformará esse personagem coletivo num indivíduo: o servo, por excelência, é Jesus, o Cristo.
No trecho que nos é proposto, trata-se, fundamentalmente, da eleição e da missão do servo do Senhor. Israel é escolhido por Deus. O texto pode ser dividido em duas partes: vv. 1-4, apresentação do servo por parte de Deus, e vv. 6-7, diálogo do Senhor com o servo, no qual se explica a sua eleição e a sua missão.
Como no texto do evangelho que cita, transformando o texto de Isaías (42,1; Mt 3,17), é Deus quem apresenta o seu servo. A missão do servo é escolha de Deus. O sustento do servo na realização de sua missão é o Espírito. A missão do servo (Is 42,6-7) tem uma dupla característica: é mediador da Aliança e libertador dos cativos. Desde o Antigo Testamento, essas duas realidades estão intrinsecamente relacionadas: o Deus que faz Aliança com o seu povo, é o Deus que o libertou do país da escravidão para a vida (cf. Ex 20,1; Dt 5,6).
Por que Jesus, segundo o nosso texto, se submeteu ao Batismo de João (cf. Mt 3,15)? O Batismo de João era para a conversão, o arrependimento, o perdão dos pecados (cf. Mt 3,1). Jesus não tinha pecado (cf. Hb 4,15), embora tenha sido tentado. A resposta só pode ser esta: para ser solidário com a nossa humanidade pecadora. É por essa razão que o autor da carta aos Hebreus pode afirmar que ele se compadece de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado, sem sucumbir (cf. Hb 4,15).
O gênero literário da cena do Batismo é “visão interpretativa”: a voz celeste interpreta a katabasis (descida) do Espírito. Os céus se abrem para que desçam sobre a terra as realidades celestes (cf. Is 63,19 ou 64,1), em nosso caso o Espírito que reveste Jesus com o seu poder para a missão que ele recebe do Pai. A voz serve, ainda, para declarar a identidade de Jesus: é o Filho em quem o Pai habita.
ORAÇÃO
Pai, pelo batismo, teu Filho Jesus foi investido da missão de salvador solidário com os pecadores. Torna-me digno dele, acolhendo-o como meu Salvador.
3. SOLIDÁRIO COM OS PECADORES
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Quando Jesus se apresentou para ser batizado, João não só recusou-se a atendê-lo, como tentou dissuadi-lo, por reconhecer nele o Messias esperado. Daí sua exclamação: “Sou eu que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim?”.
João era procurado por toda sorte de pecadores, em busca do batismo purificador, de modo a se prepararem para a chegada do Messias. Arrependidos, e esperançosos de serem acolhidos por ele, uma verdadeira multidão ia até o Batista, de todas as partes. Este impunha-lhes duras exigências de conversão. Por isso, ficou confuso ao se deparar com Jesus, para quem seu batismo não teria nenhuma utilidade.
O batismo do Messias teve a finalidade de mostrar publicamente sua solidariedade com a humanidade pecadora que viera salvar. Desde o início do seu ministério, Jesus, na qualidade de Filho dileto de Deus, colocou-se junto do povo, destinatário privilegiado de seu envio por parte do Pai. Sua presença no mundo justificava-se pela preocupação divina de reconduzir toda a humanidade à comunhão com Deus. Logo, quanto mais afastado de Deus estivesse o pecador, tanto mais Jesus estaria interessado por ele.
Daí ter recordado a João ser necessário “cumprir toda a justiça”. Esta expressão referia-se ao desígnio salvador de Deus para toda a humanidade. Desígnio do qual tanto Jesus quanto João Batista eram mediação. Naquele momento, competia a João revelar o rosto solidário do Messias Jesus.
Oração
Pai, pelo batismo, teu Filho Jesus foi investido da missão de salvador solidário com os pecadores. Torna-me digno dele, acolhendo-o como meu Salvador.fonte:NPD Brasil/jardim das oliveiras camocim ceara

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