Em todo dia 13, peregrinam cerca de 30 mil pessoas até a Igreja de Fátima, em Fortaleza. Para atender a esse público, são 20 padres de prontidão
Igreja de Fátima virou referência na região, tanto que o bairro formado em volta ganhou esse nome. Abaixo, a paróquia na década de 1950 (Fotos: Rafael Luis Azevedo/Tribuna do Ceará e Arquivo Nirez)
Roupas brancas, flores ou imagens nas mãos e um terço no bolso. São mais de 30 mil fiéis que peregrinam, no dia 13 de cada mês, de vários locais e até municípios em direção àIgreja de Fátima, em Fortaleza. Acostumada com cerca de 10 mil pessoas por fim de semana, a administração da paróquia precisa se organizar e desembolsar mais dinheiro para dar conta de todas as demandas, como a de segurança.
“Temos dois seguranças na igreja, mas no dia 13 o número é triplicado, contamos com 10 profissionais. É uma despesa muito alta, mas é interessante para garantir a segurança”, enfatiza o pároco de Fátima, padre Ivan.
Outra despesa que a igreja arca é com o setor de comunicação, para divulgar as celebrações e receber a imprensa. Para isso, diferente de outras igrejas da capital, há uma jornalista contratada e uma equipe que transmite as missas via internet. “A transmissão não é só para divulgar o trabalho do Santuário de Fátima, mas para que as pessoas se sintam convidadas para vir ao Santuário. Depois das transmissões, tem sido muito bom”, avalia.
A Igreja de Fátima é a que mais arrecada dinheiro entre as paróquias de Fortaleza, com total de mais de R$ 175 mil no mês de novembro de 2013 – valor estimado pelo Tribuna do Ceará com base no repasse de dízimo mensal para Arquidiocese de Fortaleza.
Celebrações
Com 11 missas realizadas em apenas um dia, das 5h às 20h, é necessário um trabalho em conjunto por parte de vários padres. Dessa forma, oito padres se revezam, já que na semana eles só podem presidir duas celebrações. Entretanto, a primeira missa é celebrada pelo arcebispo de Fortaleza, dom José Antonio. Além disso, mais 12 padres ficam de prontidão para confissão na igreja.
Serviços
Em parceria com algumas farmácias e com o Hemoce, durante as celebrações do dia 13, os devotos podem verificar a pressão e a glicose, além de doar sangue. Também há exposição de imagens de Nossa Senhora de Fátima para os interessados.
“Temos também um trabalho da coleta seletiva do lixo. Quando terminam as missas do dia 13, tem muito lixo. Em 2008, eram 12 toneladas, mas com a ajuda do trabalho de coleta seletiva reduzimos para 2 toneladas, em 2012”, assegura.
Trânsito e ambulantes
Para quem transita pela avenida 13 de Maio, essas datas podem acarretar engarrafamentos pela região. São carros estacionados por várias ruas que cruzam com a principal via, além de fiéis transitando a pé pelos arredores. Para controlar toda essa situação, a Autarquia Municipal de Trânsito começa o trabalho bem cedo, antes da primeira missa, orientando os motoristas.
Além dessas questões, somam-se os ambulantes que vendem artigos religiosos, comidas e bebidas para quem passa por lá. Segundo o padre Ivan, há o cadastramento dos comerciantes por parte da Prefeitura de Fortaleza, responsável por distribui-los pela praça e não nas calçadas, de maneira mais organizada.
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Igreja de Fátima
Fiéis participam das celebrações na paróquia (FOTO: Igreja de Fátima/ Divulgação)
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