Além da Cajuína, o Conselho Consultivo do IPHAN também aprovou o tombamento da Fábrica de Laticínios e Escola Rural de Floriano como patrimônio cultural Brasileiro
A Cajuína já tem o registro de Patrimônio Cultural Brasileiro da Produção Tradicional e Práticas Socioculturais Associadas à Cajuína no Piauí. A decisão foi divulgada no final da manhã desta quinta, 15, após votação por unanimidade do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que está reunido durante todo o dia na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em Brasília.
A proposta de registro como Patrimônio Cultural Brasileiro da Produção Tradicional e Práticas Socioculturais Associadas à Cajuína no Piauí foi apresentada pela Cooperativa de Produtores de Cajuína do Piauí (Cajuespi) e IPHAN.
Segundo Lenilton Lima, presidente da Cajuespi, foi uma votação prestigiada e agora a bebida, confeccionada artesanalmente no Piauí, terá reconhecimento como bem cultural brasileiro. Segundo Claudiana dos Anjos, superintendente do IPHAN no Piauí, o produto terá maior visibilidade para os bens, assim como terá sua inclusão nas políticas de patrimônio.
O modo de fazer e as práticas socioculturais associadas à cajuína são bens culturais que surgem junto com os rituais de hospitalidade das famílias proprietárias de terras no Piauí. As garrafas de cajuína, atualmente também são vendidas, mas na maior parte das vezes eram dadas de presente ou servidas às visitas, e ainda oferecidas em aniversários, casamentos e outras comemorações.
O modo tradicional de produção da cajuína foi desenvolvido ao longo do tempo e ainda que seja semelhante em todos os núcleos produtores, cada um desenvolveu pequenas melhorias e aperfeiçoou técnicas específicas que podem produzir certas diferenças no seu produto final, distinguindo o sabor da sua bebida dos demais produtores. O controle de cada uma das etapas de produção reflete na qualidade de cada garrafa da bebida.
Nesta quinta-feira, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprovou o tombamento da Fábrica de Laticínios, no município de Campinas do Piauí, e do Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara, em Floriano, dois imóveis integrantes das Fazendas Nacionais do estado. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
O Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara e a Fábrica de Laticínios decorrem das antigas Fazendas Nacionais do Piauí que, originalmente eram grandes extensões de terras doadas aos primeiros desbravadores, no Brasil colônia. Mais tarde pertenceram à Companhia de Jesus e, quando foram expulsos, em 1759, as terras passaram à Coroa Portuguesa e, em seguida, ao Império. Com a República, as Fazendas Nacionais ficaram em poder da União, que arrendou ou vendeu parte das terras que originaram vários municípios no atual Estado do Piauí.
A Fábrica de Laticínios, em Campinas do Piauí, e o Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara, em Floriano, são importantes testemunhos da ocupação do interior do Brasil durante os séculos XVIII e XIX.
A Fábrica de Laticínios, de Campinas do Piauí, é o resultado da industrialização e do desenvolvimento do sertão piauiense com a produção de manteiga e queijo utilizando o leite vindo das Fazendas Nacionais. Construída em 1897, foi a primeira edificação erguida na região, seguida pela vila operária em seu entorno para abrigar os trabalhadores da fábrica. O prédio é um raro exemplar da arquitetura industrial piauiense do século XIX. Possui quatro volumes: o corpo principal em forma retangular, outro volume retangular na parte frontal e dois outros na parte posterior. A chaminé se sobressai acima do corpo principal da edificação. Assim, os dois empreendimentos se constituem em documentos da ocupação do território brasileiro.fonte:Meio Norte/JOCC.https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3926392783764741131#editor/target=post;postID=868700187989208192
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