DILMA ROUSSEFF ENFRENTA LULA E INSISTE EM CID GOMES PARA ASSUMIR O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.

Presidente quer que governador cearense assuma pasta que receberá investimentos de R$ 12,6 bilhões em 2015.

A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) insiste em alçar o governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), ao comando do Ministério da Educação. 

Alheia ao desejo do cearense de trabalhar no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) tão logo termine seu mandato como chefe do executivo estadual, Dilma também está disposta a peitar o ex-presidente Lula, que pretende ocupar o posto com um perfil que se alinhe com seu projeto político de candidatura em 2018. 

Recentemente, a presidente concedeu ao petista "carta branca" para escolher os titulares da Educação, Fazenda e Cidades, ministérios entendidos como mais importantes e estratégicos para o partido. 

Na próxima semana, Dilma e Lula devem bater o martelo sobre quem responderá pelo Ministério da Educação, que terá, em 2015, a segunda maior verba para investimento da Esplanada: R$ 12,6 bilhões, valor inferior apenas ao que será destinado para os Transportes (R$ 13,5 bilhões). 

Cid Gomes contraria os anseios de Lula, mas contempla o desejo de Dilma de reduzir o espaço do PT na Esplanada, substituindo, pelo menos, 60% de sua atual equipe ministerial. Apesar de não ser petista, o governador cearense, do PROS, é nome de inteira confiança da presidente.

Os outros pré-requisitos que assessores presidenciais apontam como imprescindíveis na escolha do novo time também são atendidos. Cid tem representatividade política enotabilidade na área que pode vir a comandar. 

Seu principal feito na Educação fica por conta do bem-sucedido Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic), criado pelo Governo do Estado do Ceará, que inspirou o Governo Federal na criação de um programa nacional de ensino. 

Sua força política foi demonstrada na última eleição, quando aglutinou 18 partidos na coligação que elegeu o petista Camilo Santana como o novo governador do Ceará. Também vale lembrar que, ao se desincompatibilizar do PSB, em setembro de 2013, o governador levou consigo mais 500 pessebistas, dentre os quais o secretário da Saúde, Ciro Gomes, o prefeito Roberto Cláudio, dez deputados estaduais, quatro federais, além de prefeitos, vereadores e outros filiados cearenses. 

* Com informações da Folha de S. Paulo. 
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