A cidade de Parnaíba possui a principal bacia leiteira do Piauí, contando com mais de 60 vacarias espalhadas no perímetro urbano, que juntas superam a produção de 30 mil litro de leite diariamente. Se por um lado as vacarias são um dos alicerces da economia local, gerando cerca de R$ 54 mil por dia aos produtores, por outro são uma das maiores preocupações das autoridades, visto que por estarem em perímetro urbano, representam risco de doenças à população.
As vacarias do perímetro urbano de Parnaíba foram notificadas pela Vigilância Sanitária por serem cercadas de residências. Por conta das fezes e urinas dos animais, as vacarias eram focos de futuras doenças – daí a urgência em encontrar uma solução que protegesse a população e beneficiasse diretamente os proprietários de gado leiteiro.
Com o intuito de solucionar o problema, a Vigilância Sanitária, o Ministério Público, a prefeitura de Parnaíba e os produtores bovinos elaboraram um projeto para retirar as vacarias do perímetro urbano – a Vila do Leite, que funcionara como uma extensão do distrito irrigado dos tabuleiros litorâneos (Ditalpi).
“Resolvemos utilizar uma área de 137 hectares que estava ociosa dentro do distrito para assentar metade dessas vacarias que hoje estão na zona urbana. No Ditalpi, os produtores terão toda a estrutura necessária para continuarem desenvolvendo a atividade, inclusive para amplia-la”, pontua João Câncio Rodrigues Neto, secretario do Setor Primário e Abastecimento de Parnaíba. Ele acrescenta que as demais vacarias serão contempladas na segunda etapa do projeto.
No final do mês de junho o projeto-piloto que assenta 32 vacarias no DITALPI oi entregue, em mãos, ao Diretor de Infraestrutura Hídrica do DNOCS, Glauco Rogério de Araújo Mendes, que deverá adequar o documento aos moldes do Ministério da Integração Nacional, para garantir a liberação dos recursos.
O presidente dos Tabuleiros Litorâneos, José Clarindo de Brito Neto, garante que a estrutura de agua, energia e estradas de acesso já estão contempladas. “Além disso, o projeto prevê o incremento de novas tecnologias. A irrigação será por aspersão, o sistema de pasto será rotativo, haverá casa de ordenho, currais e ponto de recolhimento do leite”, explica o gestor.
De acordo com o projeto, depois de retirado da vaca, o leite seguirá direto para câmaras de resfriamento, onde será armazenado e, em seguida, recolhido pelos representantes de laticínios da cidade, Delta e Longá. “Os produtores não precisarão distribuir o leite em carroças”, acrescenta o presidente.
(Com informações da "Revista Cidade Verde").
PS.:A Vila do Leite foi mais uma das promessas de campanha do prefeito Florentino Neto. Por enquanto, continua apenas no "projeto".
https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3926392783764741131#editor/target=post;postID=6730408411103963308
Nenhum comentário:
Postar um comentário