CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO
fonte:dr/tn
Estudos indicam que esse vegetal é mais nutritivo do que outros utilizados pela nossa culinária, como a couve
Canindé. Você já imaginou chegar num restaurante ou lanchonete de sua cidade e encontrar cardápios variados feitos à base de palma? Não? Pois isso já é possível no Estado do Ceará. Nesta Cidade, Iraci Loiola de Sousa Amorim, que é instrutora da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), prepara pratos deliciosos feitos com a leguminosa, que tem tudo para revolucionar a culinária cearense.
No seu cardápio, a palma é utilizada para fazer arroz, bolo, sanduíche, salgado de macaxeira, torta, suco com hortelã junto com abacaxi, além da palma com energético e carne. “Meu grande sonho é montar um restaurante à base desses produtos. Enquanto isso não acontece, vou ensinando aos jovens e adolescentes do Ceará as vantagens que tem a palma na alimentação humana”, ressalta a instrutora, que tem uma lanchonete em Tauá, sua terra natal.
O secretário da SDA, Nelson Martins, tomou o suco de palma e elogiou. “É muito bom. Espero que essa cultura possa se expandir para todo o Estado, porque, além de estarmos contribuindo para salvar os animais que sofrem sempre com grandes estiagens, iremos também colocar no mercado nossas opções comestíveis para o povo cearense”.
As invenções de dona Iraci já chegaram a cidades como Canindé, General Sampaio, Tauá, Tejuçuoca, Apuiarés, Caridade, Aratuba, Choró e Madalena. Agricultores e donas de casa já utilizam a palma forrageira como alimento humano.
Antônio Marreiro Cruz, 50 anos, residente na localidade de Ipueira Cumprida, a 12 quilômetros da sede de Canindé, prepara suco de palma com limão, com laranja, abacaxi, além de bolos deliciosos e arroz com ingredientes do cactáceo.
Maria de Jesus Amorim, 54, do Assentamento 24 de Maio, em Madalena, é outra que prepara pratos especiais com a presença da palma forrageira. “Já tenho até clientes que encomendam bolos, salgados e até sucos. São pessoas que sofrem de diabetes e se alimentam dos produtos porque faz bem à saúde”, diz orgulhosa a dona de casa.
No Município de Caridade, a doméstica Fátima de Sousa Abreu, 49 anos, vende sucos de palma em dias de movimento na comunidade onde mora, no Angelim. “Até o governador do Ceará, Cid Gomes, quando veio visitar a adutora de General Sampaio que levará água para Canindé e Caridade, tomou suco de palma com laranja e elogiou”, garante Fátima.
Em General Sampaio, o Secretário de Desenvolvimento Agrário e Meio Ambiente, José do Egito, tem um projeto para que a palma seja aproveitada na merenda escolar.
No seu cardápio, a palma é utilizada para fazer arroz, bolo, sanduíche, salgado de macaxeira, torta, suco com hortelã junto com abacaxi, além da palma com energético e carne. “Meu grande sonho é montar um restaurante à base desses produtos. Enquanto isso não acontece, vou ensinando aos jovens e adolescentes do Ceará as vantagens que tem a palma na alimentação humana”, ressalta a instrutora, que tem uma lanchonete em Tauá, sua terra natal.
O secretário da SDA, Nelson Martins, tomou o suco de palma e elogiou. “É muito bom. Espero que essa cultura possa se expandir para todo o Estado, porque, além de estarmos contribuindo para salvar os animais que sofrem sempre com grandes estiagens, iremos também colocar no mercado nossas opções comestíveis para o povo cearense”.
As invenções de dona Iraci já chegaram a cidades como Canindé, General Sampaio, Tauá, Tejuçuoca, Apuiarés, Caridade, Aratuba, Choró e Madalena. Agricultores e donas de casa já utilizam a palma forrageira como alimento humano.
Antônio Marreiro Cruz, 50 anos, residente na localidade de Ipueira Cumprida, a 12 quilômetros da sede de Canindé, prepara suco de palma com limão, com laranja, abacaxi, além de bolos deliciosos e arroz com ingredientes do cactáceo.
Maria de Jesus Amorim, 54, do Assentamento 24 de Maio, em Madalena, é outra que prepara pratos especiais com a presença da palma forrageira. “Já tenho até clientes que encomendam bolos, salgados e até sucos. São pessoas que sofrem de diabetes e se alimentam dos produtos porque faz bem à saúde”, diz orgulhosa a dona de casa.
No Município de Caridade, a doméstica Fátima de Sousa Abreu, 49 anos, vende sucos de palma em dias de movimento na comunidade onde mora, no Angelim. “Até o governador do Ceará, Cid Gomes, quando veio visitar a adutora de General Sampaio que levará água para Canindé e Caridade, tomou suco de palma com laranja e elogiou”, garante Fátima.
Em General Sampaio, o Secretário de Desenvolvimento Agrário e Meio Ambiente, José do Egito, tem um projeto para que a palma seja aproveitada na merenda escolar.
“É mais saudável, fácil de preparar e ainda tem uma grande vantagem nutricional de ajudar a combater uma série de doenças e o fantasma da fome nesses períodos de seca”, explica Egito. Para isso, ele tem incentivado a produção na região e feito acompanhamentos rotineiros para que a não seja afetada por doenças que maltratam a planta típica do sertão nordestino. “Há três tipos de palma comestível. Em muitas localidades, o fruto da planta já é comercializado nos supermercados, conhecido como ‘figo da índia”, esclarece.
Os diversos micronutrientes contidos neste vegetal (incluindo uma grande quantidade de vitamina A, do complexo B e C, e minerais, como o ferro, cálcio, potássio e outros), de acordo com a professora da Universidade Federal da Paraíba e engenheira de alimentos, Aline Pedrosa Sales, “ajudam a evitar a cegueira noturna nos recém-nascidos, além de colaborar para o crescimento das crianças. Ao alimentá-las desde cedo com a palma, é observada uma melhora na saúde geral por se tratar de uma excelente fonte de nutrientes essenciais”.
Hoje, esses preparos recebem toques sofisticados da alta gastronomia, em pratos e bebidas saborosos e nutritivos. Principalmente, porque a palma passou a ser vista como uma das possibilidades de combater à fome e à desnutrição, tão presentes no Semiárido nordestino. Inclui o fato de a planta estar aliada nos tratamentos de saúde (é rica em vitaminas minerais, contendo 17 tipos de aminoácidos).
Gastronomia
Estudos sobre os componentes nutricionais da palma forrageira indicam se tratar de um vegetal mais nutritivo do que os comumente encontrados na culinária vegetariana, como a couve, a beterraba e a banana, com a vantagem de ter baixo custo.
O Secretário Adjunto da SDA, Antônio Amorim, lembrou de uma cartilha que foi produzida pela SDA com dicas para o aproveitamento da palma forrageira na alimentação humana. “A grande finalidade agora é encontrar meios importantes para o aproveitamento dessa cultura. Com a implantação do programa da palma forrageira, certamente, as oficinas estarão presentes em outros municípios e, com isso, melhorarão a qualidade de vida de cada cidadão”.
Antonio Carlos Alves
Colaborador
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