PRIMEIRA NOTÍCIA.

JORNALISMO

Após 22 anos como repórter, Monalisa Perrone muda sua rotina para assumir o comando do 'Hora Um', telejornal que estreia amanhã às 5h na Globo

Monalisa perrone diz que apesar de estar ansiosa, isso não a paralisa. "Me joga pra frente! Estou bem empolgada. Não paro de falar!", conta

Há dois meses, Monalisa Perrone fazia uma reportagem para o "Jornal Nacional" sobre a chuva em São Paulo quando recebeu ligação de Mariano Boni, diretor-executivo da Central Globo de Jornalismo. "Ele me falou que tinha um projeto de lançar um telejornal bem cedinho, e que queria uma apresentadora que acordasse animada e despertasse bem as pessoas", conta a jornalista, que assume amanhã, às 5h, o comando do "Hora um": "Eu tenho bom humor matinal de verdade".

A nova atração, que substitui o "Globo Rural" na grade da emissora, vem "para suprir uma demanda do público", diz. "As pessoas acordam cada vez mais cedo, porque perdem muito tempo com deslocamento; é fundamental oferecer notícias a elas", avalia Monalisa.

O telejornal vai ser em ritmo de "girões". E ela explica: "Quem vai ver as notícias às 5h15 não é necessariamente quem ligou a TV às 5h. Por isso, vamos fazer um resumo dos acontecimentos a cada 15 minutos", explica.

Outra novidade é uma participação mais longa de correspondentes, como Rodrigo Alvarez, de Jerusalém; Márcio Gomes, do Japão, e Roberto Kovalick, de Londres.

"Será uma conversa improvisada com eles, não haverá perguntas específicas, nem aquele engessamento do tempo curto", observa.

Preparação

Há três semanas, conta Monalisa, a equipe vem apresentando o jornal de segunda a sexta apenas para a chefia. Antes de assumir o posto, a jornalista, que começou a carreira no rádio em 1991, passou oito anos como repórter do "Jornal Nacional", cinco na reportagem do "Jornal da Globo", e outros cinco como repórter do "Bom dia São Paulo".

Desde que concentrou os esforços para o "Hora Um", passou a acordar à 1h, tomar café à 1h30, almoçar às 11h, jantar às 16h30 e dormir às 18, "igual a neném".

"Emagreci um quilo e meio. Fui a um nutricionista e ele me passou uma dieta bem 'sustante' para aguentar o rojão", conta a paulista de 44 anos, que está com 49 kg, distribuídos em 1,68m.

Por outro lado, sua rotina hoje é muito mais leve. "Eu passei a trabalhar em torno de 6 horas diárias". Além disso, tem mais tempo para ficar com o filho, Paulo, de 9 anos.

Natália Boere
Agência O Globo

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