De acordo com informações dos bombeiros, oito pessoas foram atingidas.
Temporal atingiu o litoral de São Paulo por volta das 14h desta segunda.
As quatro pessoas mortas durante a queda de um raio na tarde desta segunda-feira (29) em Praia Grande, no litoral de São Paulo, já foram identificadas pela polícia. Além das vítimas fatais, outras quatro pessoas foram atingidas durante o incidente, sendo que uma encontra-se em estado grave. Três estão fora de perigo, passaram por avaliação buco-maxilo-facial no Hospital Irmã Dulce, por apresentarem ferimentos no rosto, e foram liberadas no início da noite.
O internauta Marcelo Vianna estava no local e fez imagens da equipe do Corpo de Bombeiros tentando reanimar as vítimas. O flagrante mostra a ação dos homens da corporação, que tentam fazer massagem cardíaca, e várias pessoas em volta. A testemunha enviou o vídeo por meio da plataforma colaborativa VC no G1.
Morreram durante a descarga elétrica Zenildo Tadeu Vieira, coronel aposentado da Polícia Militar, de 69 anos; sua esposa, Andrea Boaretto, de 41 anos; a sobrinha do casal, Kátia Boaretto, gestante de cinco meses; e seu marido, Luciano D’alessandro. O bebê de Kátia também não resistiu. Todos eram moradores da capital paulista.
Um familiar do casal Kátia e Luciano afirmou que eles passavam férias em Praia Grande. Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo.
A vítima em estado grave é uma comerciante ambulante de Praia Grande. Já as três pessoas que tiveram alta médica são uma mulher e suas duas filhas, moradoras do município de Franca, no interior paulista.
O raio caiu durante uma forte chuva nas proximidades do Quiosque 15, situado na altura das ruas Rui Barbosa e Mauricio José Cardoso, no bairro Canto do Forte. A tempestade também atingiu outras cidades da Baixada Santista no início da tarde e provocou vários estragos, como quedas de árvores e inundações.
Testemunhas
A dona do quiosque próximo de onde o raio caiu relatou os momentos de pânico vividos por quem estava no local. Helena Motta afirma que ouviu um barulho parecido com o de uma explosão, instantes antes das pessoas caírem no chão. "Na hora não consegui pensar em nada. Teve um barulho parecido com uma explosão e vi o raio descendo, antes de um clarão. No momento em que isso aconteceu, eram mais de 20 pessoas no local, entre as que voltavam do mar e as que estavam onde o raio caiu", afirma.
A dona do quiosque próximo de onde o raio caiu relatou os momentos de pânico vividos por quem estava no local. Helena Motta afirma que ouviu um barulho parecido com o de uma explosão, instantes antes das pessoas caírem no chão. "Na hora não consegui pensar em nada. Teve um barulho parecido com uma explosão e vi o raio descendo, antes de um clarão. No momento em que isso aconteceu, eram mais de 20 pessoas no local, entre as que voltavam do mar e as que estavam onde o raio caiu", afirma.
A comerciante disse que ficou paralisada após a descarga e começou a reunir as pessoas que conseguiram correr para dentro de seu estabelecimento. "Eu não quis ir ver, porque tinha até uma pessoa com uma parte do rosto toda escura, parecia queimado ou sangue. Não dava para saber com certeza", afirma.
Helena diz que nunca presenciou algo parecido antes. "Algumas pessoas chegaram chorando depois do raio. Na hora, o pessoal ficou em pânico, foi quando os bombeiros chegaram com macas, trouxeram viaturas. Infelizmente é triste", conclui.
O metalúrgico André de Almeida também presenciou o incidente. "Meu irmão entrou na água, como ele tem um problema, fui com ele. O raio caiu na beirada da praia e todo mundo foi para o chão. Quem mais sofreu foi o idoso, porque ele caiu e na hora ficou com os olhos arregalados. A menina que estava com ele já começou a sangrar pelo nariz. Um parente meu chegou a desmaiar após o impacto do raio. Já estava trovejando bastante antes do raio cair. O tempo fechou", relata.
Outros estragos da chuva
A mudança súbita no tempo acabou causando problemas em Santos, na subida do Morro da Nova Cintra, na Avenida Afonso Schimidt, na Zona Noroeste da cidade, na esquina da Avenida Jovino de Melo com a Rua Engenheiro Elias Machado e no Caminho São José, onde um barraco foi destelhado. Ninguém ficou ferido. Equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros atenderam às ocorrências.
A mudança súbita no tempo acabou causando problemas em Santos, na subida do Morro da Nova Cintra, na Avenida Afonso Schimidt, na Zona Noroeste da cidade, na esquina da Avenida Jovino de Melo com a Rua Engenheiro Elias Machado e no Caminho São José, onde um barraco foi destelhado. Ninguém ficou ferido. Equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros atenderam às ocorrências.
Ainda em Santos, nas avenidas Nossa Senhora de Fátima e Martins Fontes, foram registrados pontos de alagamento por causa das chuvas. Bairros na Zona Noroeste também enfrentavam falta de energia elétrica por volta das 16h. Um shopping da cidade teve o telhado parcialmente destruído devido aos ventos fortes e à chuva, diversos veículos foram atingidos.
Algumas árvores caíram e chegaram a atingir carros estacionados ou que passavam pelos locais, mas nenhum motorista se feriu.
Os fortes ventos também danificaram um mercado atacadista de Santos, parte do teto do estabelecimento foi levantado com as rajadas, assustando os clientes. Algumas luminárias ficaram penduradas, mas não houve feridos. Estabelecimentos comerciais também sofreram com a tempestade e tiveram mercadorias derrubadas no chão.
Em São Vicente, ruas no entorno do bairro Biquinha, a Avenida Presidente Wilson, próximo ao Largo São Thomé de Souza, e a Rua Campos Sales tiveram pontos de alagamento. Na Rua Onze de Junho, um ar-condicionado chegou a ficar pendurado, mas foi recolhido pelos moradores. Além disso, os motoristas passaram a enfrentar um tráfego mais lento na cidade. Alguns bairros também sofreram com a falta de energia.
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