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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

MORADOR DA ZONA LESTE DE SÃO PAULO É ELETROCUTADO AO TENTAR SALVAR GELADEIRA EM ENCHENTE.


Subprefeitura de São Miguel Paulista foi colocada em estado de alerta.
Bairros como Vila Itaim e Jardim Romano voltaram a encher de água.

Do G1 São Paulo

Um morador da Vila Itaim, na Zona Leste de São Paulo, levou um choque e precisou ser hospitalizado depois de tentar salvar uma geladeira durante a inundação do bairro, que começou com a forte chuva da noite de segunda-feira (16).
O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), órgão da prefeitura, colocou a Subprefeitura de São Miguel Paulista em estado de alerta para enchentes às 23h de segunda. Entre os bairros que amanheceram cheios de água está o Jardim Romano, que também inundou com as cheias de 2010.
Segundo a bordadeira Marli de Almeira, seu filho tentou salvar o eletrodoméstico pela manhã. "Foi desespero, a gente vendo a água subir", disse. Ela conta que quando o filho abaixou para pegar blocos debaixo da geladeira, mas não viu que tinha algum fio ligado e levou um choque. "Caiu desmaiado dentro da água", disse Marli.

A bordadeira conta que, apesar da vida precária na região, o valor do seu IPTU é de mais de R$ 1.500.
A família não foi a única afetada. Reportagem do SPTV mostrou que várias casas foram invadidas pela água. A aposentada Maria Bela de Oliveira perdeu guarda-roupa e fogão. “Comecei e rir para não chorar. Fiquei nervosa. Sobe diabetes, sobe tudo”, disse Maria.
O quintal do auxiliar de serviços Roslando Bradece ficou cheio de água. “Todo o ano é essa agonia”, afirmou.
A Prefeitura de São Paulo  diz que em 2011 construiu um dique no Jardim Romano. Segundo a Secretaria de Obras, a administração aguarda a assinatura do convênio para execução das obras do pôlderes da Vila Itaim. É uma espécie de piscinão que evita a passagem da água.
O convênio foi elaborado por um grupo onde participaram representantes da prefeitura e do governo do estado. Segundo a prefeitura, ficou a cargo do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) aprovar o convênio na Procuradoria Geral do Estado e com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
“A Prefeitura vem sistematicamente cobrando a assinatura do convênio, pois está ciente da gravidade da situação dos moradores da região”, disse a Siurb. Segundo a pasta, é responsabilidade do DAEE realizar as desapropriações necessárias na área. Já as remoções e reassentamentos só poderiam ser feitas pela prefeitura após a assinatura do convênio.
O DAEE rebateu as afirmações de Prefeitura e disse que a obra não foi possível porque a
Secretaria do Verde e do Meio Ambiente não cumpriu sua obrigação de remover as cerca de 280 famílias das áreas invadidas irregularmente.
"Sem o reassentamento dessas famílias, obrigação do município, é fisicamente impossível iniciar as obras", informou o órgão.

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