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sexta-feira, 15 de maio de 2015

13 DE 15 MUNICÍPIOS AVALIADOS NO CEARÁ TÊM NOTA 0 EM TRANSPARÊNCIA, DIZ CGU.


Apenas Ceará e São Paulo obtiveram nota máxima no índice, afirma CGU.
Índice da Controladoria-Geral da União dá nota 0 a 63% dos municípios.

Do G1 CE
Apenas Ceará e São Paulo obtiveram nota máxima no índice de transparência (Foto: CGU/Divulgação)Apenas Ceará e São Paulo obtiveram nota máxima
no índice de transparência (Foto: CGU/Divulgação)
Treze de 15 municípios do Ceará avaliados pela Controladoria-Geral da União obtiveram nota 0 em transparência do uso da verba pública, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (15).
Umari, Catunda, Martinópole, Alcântaras, Jaguaretama, Tejuçuoca, Assaré, Ibiapina, Guaiúba, Tamboril, Independência, Marco, Paraipaba e Ubajara tiveram a nota mínima, que vai de 0 a 10. Carnaubal teve pontuação 3,33, e Fortaleza, 8,61.
Na contramão dos municípios, o Estado do Ceará obteve nota máxima no índice de transparência desenvolvido pela CGU. Além do Ceará, São Paulo foi o único estado com nota 10 na transparência do uso da verba pública. A CGU concluiu também que 63% municípios analisados quanto à implementação da Lei de Acesso à Informação tiraram nota zero.

A CGU divulgou o balanço dos três anos da lei, que obriga órgãos públicos a prestarem informações sobre suas atividades a qualquer cidadão interessado. O projeto é de iniciativa do Executivo e vale para todo o serviço público do país.
A assessoria da pasta explicou que foram analisadas 492 cidades com até 50 mil habitantes, além das capitais dos 26 estados e do Distrito Federal. Conforme a CGU, a nota variou de zero a dez e foi calculada com base na “efetiva existência e atuação do Serviço de Informação ao Cidadão” e “regulamentação da Lei de Acesso”.
Conforme o balanço, ao longo dos três anos em vigor, a Lei de Acesso recebeu 270,3 mil pedidos de informação. Nos últimos 12 meses, foram registrados 97,9 mil pedidos.
A CGU informou ainda que, com os resultados, o objetivo é “aprofundar” o monitoramento da transparência de estados e municípios. De acordo com a assessoria do órgão, haverá no segundo semestre deste ano outra divulgação de ranking.
Três anos da lei
De acordo com o levantamento da CGU, a média de pedidos de acesso à informação mensal é de 7,3 mil. O maior número de pedidos registrados em um único mês desde a entrada em vigor da lei foi em março deste ano (9,8 mil).
Segundo a CGU, as categorias com mais assuntos procurados são Finanças (12,99%), Administração Pública (11,36%), Previdência Social (6,84%), Gestão, preservação e acesso (6,19%) e Educação Superior (5,35%).
Os principais motivos que levaram os órgãos da administração federal a negar acesso à informação são dados pessoais; informação sigilosa de acordo com a legislação; pedido genérico; pedido incompreensível; e informação sigilosa conforme a Lei de Acesso.
Quando um órgão se nega a repassar informações sob essas argumentações, o pedido entra no balanço dos respondidos. Porém, nesses casos, o cidadão pode entrar com recurso e procurar a autoridade máxima do órgão para o qual enviou o pedido, a CGU ou a Comissão Mista de Reavaliação (órgão composto por dez ministérios que revê as respostas e os recursos).
O levantamento mostra que São Paulo (25,5%) é o estado com mais pedidos de acesso a informações. Depois, vêm Rio de Janeiro (13,1%) e Minas Gerais (10%).

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