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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

SENADO FEDERAL FAZ SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOS 50 ANOS DA TV GLOBO.


Presidente do Senado disse que emissora é 'motivo de orgulho' para o país.
Políticos, empresários e artistas participaram da solenidade no plenário.

Do G1, em Brasília
Sessão solene do Senado em homenagem aos 50 anos da TV Globo (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)Sessão solene do Senado em homenagem aos 50 anos da TV Globo (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
O Senado realizou nesta quarta-feira (5) sessão solene para homenagear os 50 anos de fundação da TV Globo.
Comandada pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), a cerimônia contou com a presença dos ministros Henrique Eduardo Alves (Turismo), Edinho Silva (Secretaria de Comunicação da Presidência) e Afif Domingos (Micro e Pequenas Empresas), além de  empresários, artistas – como Malu MaderFrancisco Cuoco e Laura Cardoso – e dos executivos do Grupo Globo João Roberto Marinho (vice-presidente Institucional e Editorial) e Paulo Tonet Camargo (vice-presidente de Relações Institucionais).
Inaugurada em 26 de abril de 1965, no Rio de Janeiro, a TV Globo conta atualmente com cerca de 12 mil funcionários, dos quais mais de 4 mil envolvidos diretamente na criação de programas. A emissora é a maior da América Latina em produção de programas próprios como novelas, minisséries, shows, humorísticos, musicais, eventos e jornalismo, entre outros.

Durante a sessão, Renan Calheiros afirmou que a TV Globo é "motivo de orgulho para todo o país". O peemedebista destacou os avanços tecnológicos realizados pela TV Globo ao longo das cinco décadas de funcionamento.
"A TV Globo, progressivamente, se tornou um dos mais prestigiados e influentes meios de comunicação do país em vários setores, tanto no aprimoramento tecnológico quanto na melhoria de qualidade de seus produtos, seja no jornalismo, seja na prestação de serviço ou ainda no setor de entretenimento", afirmou Renan.
"Basta lembrar que a Rede Globo foi a primeira emissora do país a ter rede nacional, a primeira a ter programação totalmente em cores, a primeira com sinal digital nas 27 capitais brasileiras, além do Distrito Federal, a primeira emissora brasileira a ter domínio de internet personalizado, a primeira a ter um telejornal transmitido em rede nacional, e a primeira em muitos outros quesitos", complementou o presidente do Senado.
Além de homenagear a Globo, Renan Calheiros defendeu a liberdade de expressão e afirmou que o Congresso dará uma resposta "altiva" para "quaisquer insinuações, gestos ou atos no sentido de restringir ou inibir a liberdade de expressão, a qualquer título ou a qualquer pretexto."
Falando em nome do Grupo Globo, o vice-presidente Institucional e Editorial, João Roberto Marinho, se disse "honrado" pela homenagem feita pelos senadores. Ele afirmou que todos os funcionários da empresa trabalham "diariamente pelo povo brasileiro".
Durante seu discurso, João Roberto Marinho destacou que o papel da TV Globo é trabalhar pela democracia, mostrando diferentes opiniões e formas de comportamento, sem nunca tomar partido.
"O que a TV Globo faz é colocar tudo isso à mostra, sempre sem engajamentos. A TV Globo não defende partidos, não defende religiões, não defende formas de comportamentos, formas de agir. [...] O jornal "O Globo" e a TV Globo não se afastarão desses princípios, desse modo de ser e agir", afirmou Marinho.
Senadores discursam
Um dos signatários do pedido de realização da sessão, o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), destacou o papel "resistente e inovador" do fundador da TV Globo, Roberto Marinho. Ele afirmou que tais qualidades devem ser "invocadas" pelo povo brasileiro para "vencer a grave e complexa crise" pela qual o país passa.
"É com grande alegria que recebo a oportunidade de poder saudar hoje, nesta sessão especial do Senado, os 50 anos da TV Globo, em um momento difícil, turbulento, da vida nacional, particularmente, no que diz respeito às incertezas que têm marcado a economia e a política do país. Ocasiões como estas podem e serão inspiradoras de coragem, a partir do exemplo que observamos na história da Globo", disse Caiado.
Da tribuna, o senador José Serra (PSDB-SP) afirmou que a história da Globo se confunde com a história do Brasil nos últimos 50 anos. Ele lembrou do tempo em que ficou exilado durante a ditadura militar. "Ao voltar ao Brasil, eu vi um fenômeno construído, que antes não havia, que era a Rede Globo", disse Serra.
"Foi a TV Globo que realmente criou a informação nacional. Para todo o país, desenvolveu essa modalidade de informação, inclusive estimulando ou se interagindo com seus próprios concorrentes. Passou a haver a notícia nacional. Pode parecer uma banalidade dizer isso hoje, mas nós nos lembramos de como era quando essa informação não havia no país, no cotidiano da nossa vida", lembrou o tucano.
Para o senador Jorge Viana (PT-AC), a Globo "cresceu contando histórias" e ocupou um espaço de destaque no país "fazendo uso de tecnologia, de gente competente". "Só tem sucesso quem conta boas histórias ou quem interpreta boas histórias", destacou Viana.
Outro senador a destacar o papel da Rede Globo no país foi Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Para ele, a emissora é uma "empresa de superlativos".
"Poucas empresas no mundo atingem 100% do território nacional. Nenhum outro canto do mundo tem uma emissora de televisão que é produtora de novelas mas também incentivadora de talentos. Na Rede Globo há sempre o espaço para o novo", disse. "Às vezes nos bate muito o complexo de vira-latas. Quando nós temos um patrimônio superlativo, isso é motivo de orgulho para o Brasil", complementou.
Prêmio Jornalista Roberto Marinho
Durante a sessão solene, Renan Calheiros anunciou a realização, pelo Senado, da primeira edição do Prêmio Jornalista Roberto Marinho de Mérito Jornalístico.
"É um reconhecimento do Senado Federal aos profissionais deste setor que tenham contribuído para o jornalismo brasileiro", explicou o senador.
De acordo com Renan, os vencedores serão escolhidos por um conselho formado pelos senadores José Agripino (DEM-RN), Lasier Martins (PDT-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF), Jader Barbalho (PMDB-PA), Ana Amélia (PP-RS), José Medeiros (PPS-MT), Blairo Maggi (PR-MT), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Roberto Rocha (PSB-MA), Eduardo Amorim (PSC-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Jorge Viana (PT-AC) e Fernando Collor (PTB-AL).

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