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domingo, 13 de janeiro de 2013

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 13/01/2013.


— Santo Hilário de Poitiers
Um dos santos padres da Igreja de Cristo, ele nasceu no ano de 315, em Poitiers, na França. Buscava a felicidade; mas sua família, pagã, vivia segundo a filosofia hedonista, ligada ao povo grego-romano; ou seja, felicidade como sinônimo de prazeres, com puro bem-estar. Então, aquele jovem dado aos estudos, se perguntava quanto ao fim último do ser humano; não podia acabar tudo ali com a morte; foi perseguindo a verdade.

O Espírito Santo foi agindo até ele conhecer as Sagradas Escrituras. O Antigo Testamento o levou proclamar o Deus uno, que merece toda a adoração. Passando para o Novo Testamento, Santo Hilário foi evangelizado e, numa busca constante, ele se viu necessitado do santo batismo, entrar para Igreja de Cristo e se fazer membro deste Corpo Místico. Em 345, foi batizado. Não demorou muito já era sacerdote e, depois, ordenado bispo para o povo de Poitiers.

Ele sofria com as heresias do arianismo. Santo Hilário, pela sua pregação e seus escritos, foi chamado "O Atanásio do Ocidente", porque ele combateu o Arianismo do Oriente. No tempo em que o imperador Constâncio começou a apoiar esta heresia, Santo Hilário não teve medo das autoridades. Se era para o bem do povo, ele anunciava com ousadia até ser exilado, mas não deixou de evangelizar nem mesmo na cadeia. Por conselho, o próprio imperador o assumiu de volta em 360, porque os conselheiros sabiam da grande influência desse santo bispo que não ficava apenas em Poitiers, mas percorria toda a França.

Ele voltou, convocou um Concílio em Paris, participou de tantos outros conselhos no ocidente, mas sempre defendendo essa verdade que é Jesus Cristo, verdadeiro Deus, verdadeiro homem.

Santo Hilário de Poitiers foi se consumindo por essa verdade. Pelos seus escritos que chegam até o tempo de hoje, percebe-se este amor por Jesus Cristo. Não só numa busca pessoal, mas de promover a salvação dos outros. No século IV, ele partiu para a glória.

Santo Hilário de Poitiers, rogai por nós!

13.01.2013
Solenidade do Batismo de Jesus — ANO C
(BRANCO, GLÓRIA, PREFÁCIO PRÓPRIO – OFÍCIO DA FESTA)
__ "Um novo relacionamento entre o céu e a terra: Este é meu Filho Amado!" __

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
Maria visita IsabelINTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Com a festa de hoje, encerramos o Tempo do Natal e abrimos o chamado Tempo Comum, interrompido pela Quaresma e Páscoa, e reiniciado depois da festa de Pentecostes. O Batismo de Jesus marca o início de sua vida pública, de sua missão redentora no mundo. Também o nosso batismo marca nossa entrada na comunidade cristã e o início de nossa colaboração com Cristo. O batismo é o primeiro dos sacramentos, isto é, condição para e receber os outros. Por isso, é chamado de fundamento de toda vida cristã, ou, em outra figura, a porta de entrada da comunidade cristã. Celebrar hoje o batismo de Jesus e vê-lo partir cheio do Espírito Santo a pregar o Reino dos Céus, é celebrar também o nosso batismo e refazer nosso compromisso de companheiro de Jesus e refazer nosso compromisso de companheiro de Jesus e corresponsável pela salvação de toda a humanidade.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Celebramos hoje o Batismo de Jesus e encerramos o tempo litúrgico do Natal. É uma boa ocasião para fazermos nosso ato de fé proposto pela Igreja no Ano da Fé. Veja abaixo as sugestões de substituição do Ato Penitencial e a Profissão de Fé, no Ano da Fé.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Jesus ao ser batizado por João Batista mostra a sua humildade e total entrega à sua ação missionária. Ungido pelo Espírito Santo, no momento do Batismo, sua origem é revelada por Deus Pai que surge e declara "Este é o meu Filho Amado!". Às margens do Rio Jordão, João Batista prega a conversão dos pecadores como meio para se receber o reino de Deus que está próximo. Jesus entra na água, como todo o povo, para ser batizado. Para os judeus, o batismo era um rito penitencial; por isso, aproximavam-se dele confessando seus pecados. Entretanto, o que Jesus recebe não é só um batismo de penitência; a manifestação do Pai e do Espírito Santo dão-lhe um significado preciso: Jesus é proclamado "filho bem-amado" e sobre ele desce o Espírito que o investe da missão de profeta - anúncio da mensagem da salvação, sacerdote - o único sacrifício agradável ao Pai; rei - messias esperado como Salvador.
Sintamos o júbilo real de Deus em nossos corações e cheios dessa alegria divina entoemos alegres cânticos ao Senhor!
BATISMO DO SENHOR
Antífona da entrada: Batizado o Senhor, os céus se abriram e o Espírito Santo pairou sobre ele sob a forma de pomba. E a voz do Pai se fez ouvir: Este é o meu Filho muito amado, nele está todo o meu amor! (Mt 3,16s).
(Sugestão de substituição do Ato Penitencial. MR p. 1001).
RITO PARA BÊNÇÃO E ASPERSÃO DA ÁGUA
Presid.: Invoquemos o Senhor nosso Deus, para que se digne abençoar esta água que vai ser aspergida sobre nós, recordando o nosso batismo. Que ele se digne ajudar-nos, para permanecermos fiéis ao Espírito que recebemos.
(E, após um momento de silêncio, continua:)
Presid.: Deus eterno e todo-poderoso, quisestes que pela água, fonte de vida e princípio de purificação, as nossas almas fossem purificadas e recebessem o prêmio da vida eterna. Abençoai + esta água, para que nos proteja neste dia que vos é consagrado e renovai em nós a fonte viva de vossa graça, a fim de que nos livre de todos os males e possamos nos aproximar de vós com o coração puro e receber a vossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
(Enquanto o povo é aspergido, canta-se:)
CANTO PARA ASPERSÃO
Ref.: Quem não renascer da água, o Reino de Deus não verá.
Quem não renascer do alto, no Reino não entrará.
1. A verdade vos digo e quem escutará?
O que nasce da carne, só carne ficará;
mas o que nasce do Espírito, Espírito será.
2. O Senhor saiu da água e o céu logo se abriu.
O Espírito em forma de pomba, então, se viu,
e uma voz: "Tu és meu filho bem amado" se ouviu.
Presid.: Que Deus todo-poderoso nos purifique dos nossos pecados e, pela celebração desta Eucaristia, nos torne dignos da mesa de seu reino.
Todos: Amém.
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, que, sendo Cristo batizado no Jordão e pairando sobre ele o Espírito Santo, o declarastes solenemente vosso Filho, concedei aos vossos filhos adotivos, renascidos da água e do Espírito Santo, perseverar constantemente em vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: Pelo Batismo, como Jesus, somos consagrados por Deus para uma missão. Imprimindo um sinal indelével, ou seja, uma "marca" de pertença à comunidade redimida, o batismo nos faz participar do sacerdócio e da missão de Jesus Cristo. Por isso, cada batizado(a) recebe, em sementes, dons e graças que deve, com seu esforço e trabalho, desenvolver ao longo da vida, em benefício de toda comunidade.
Primeira Leitura (Isaías 42,1-4.6-7)
Leitura do livro do profeta Isaías.
42 1 "Eis meu Servo que eu amparo, meu eleito ao qual dou toda a minha afeição, faço repousar sobre ele meu espírito, para que leve às nações a verdadeira religião.
2 Ele não grita, nunca eleva a voz, não clama nas ruas.
3 Não quebrará o caniço rachado, não extinguirá a mecha que ainda fumega. Anunciará com toda a franqueza a verdadeira religião; não desanimará, nem desfalecerá,
4 até que tenha estabelecido a verdadeira religião sobre a terra, e até que as ilhas desejem seus ensinamentos.
6 Eu, o Senhor, chamei-te realmente, eu te segurei pela mão, eu te formei e designei para ser a aliança com os povos, a luz das nações;
7 para abrir os olhos aos cegos, para tirar do cárcere os prisioneiros e da prisão aqueles que vivem nas trevas".
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 28/29
Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!
Filhos de Deus, tributai ao Senhor,
tributai-lhe a glória e o poder!
Dai-lhe a glória devida ao seu nome;
adorai-o com santo ornamento!
Eis a voz do Senhor sobre as águas,
sua voz sobre as águas intensas!
Eis a voz do Senhor com poder!
Eis a voz do Senhor majestosa.
Sua voz no trovão reboando!
No seu templo os fiéis bradam: "Glória!"
É o Senhor que domina os dilúvios,
o Senhor reinará para sempre!
Segunda Leitura (Atos 10,34-38)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
10 34 Então Pedro tomou a palavra e disse: "Em verdade, reconheço que Deus não faz distinção de pessoas,
35 mas em toda nação lhe é agradável aquele que o temer e fizer o que é justo.
36 Deus enviou a sua palavra aos filhos de Israel, anunciando-lhes a boa nova da paz, por meio de Jesus Cristo. Este é o Senhor de todos.
37 Vós sabeis como tudo isso aconteceu na Judéia, depois de ter começado na Galiléia, após o batismo que João pregou.
38 Vós sabeis como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com o poder, como ele andou fazendo o bem e curando todos os oprimidos do demônio, porque Deus estava com ele".
- Palavra do Senhor.
- Graças a deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Abriram-se os céus e fez-se ouvir a voz do Pai: Eis meu filho muito amado; escutai-o, todos vós! (Mc 9,7)


EVANGELHO (Lucas 3,15-16.21-22)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 3 15 como o povo estivesse na expectativa, e como todos perguntassem em seus corações se talvez João fosse o Cristo,
16 ele tomou a palavra, dizendo a todos: "Eu vos batizo na água, mas eis que vem outro mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de lhe desatar a correia das sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo".
21 Quando todo o povo ia sendo batizado, também Jesus o foi. E estando ele a orar, o céu se abriu
22 e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e veio do céu uma voz: "Tu és o meu Filho bem-amado; em ti ponho minha afeição".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
PROFISSÃO DE FÉ NO ANO DA FÉ.
Presid.: Irmãos e irmãs, o Ano da Fé nos remete ao Creio, que é a profis­são pública da fé da nossa Igreja. “Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus, que é Amor (1Jo 4,8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; O Filho, Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da sua vida, morte e res­surreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos, enquanto ela aguarda o regresso glorioso do Senhor” (cf Porta Fi­dei, 1). Com os apóstolos e todos os irmãos na mesma fé, também com aqueles que já nos precede­ram nesta fé, nós proclamamos:
Todos: Creio, Senhor, mas aumentai minha fé! (Pode ser cantado).
Presid.: Desde as suas origens, a Igreja entregava o Creio aos adultos, que se preparavam para o Batismo; depois de aprendê-lo de cor, em outra celebração, eles o professa­vam publicamente. A esses cate­cúmenos, Santo Agostinho exorta­va, dizendo: “O Símbolo do santo mistério, reúne as palavras sobre as quais está edificada com solidez a fé da Igreja, nossa Mãe, apoia­da no alicerce seguro, que é Cristo Senhor. Deveis trazê-lo sempre na mente e no coração; deveis repeti-lo nos vossos leitos, pensar nele nas praças e não o esquecer duran­te as refeições; e, mesmo quando o corpo dorme, o vosso coração continue acordado, por ele”. Com os apóstolos, os mártires, os santos e todos os cristãos e cristãs, nós também proclamamos:
Todos: Creio, Senhor, mas aumentai minha fé!
Presid.: Neste Ano da Fé, o Papa Bento XVI nos convida a refletir sobre nossa fé e a compreender melhor seu conteúdo. Vamos usar o texto do Creio Nicenoconstantinopoli­tano. Ele é a Declaração de nossa fé católica. Ao longo deste Ano da Fé, vamos repeti-lo cada dia, espe­cialmente na oração da manhã ou da tarde e, com a força do Espírito Santo, testemunhá-lo com nossos irmãos e irmãs com nossa própria vida. Em comunhão com toda a Igreja, professemos agora a nossa fé católica:
Presid.: Creio em um só Deus, Pai to­do-poderoso, / Criador do céu e da terra; de todas as coisas visí­veis e invisíveis. / Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, / Filho Unigênito de Deus, / nascido do Pai antes de todos os séculos: / Deus de Deus, / luz da luz, / Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, / gerado, não criado, / consubs­tancial ao Pai. / Por Ele todas as coisas foram feitas. / E por nós, homens, e para nossa salvação, / desceu dos céus: e se encarnou pelo Espírito Santo, / no seio da virgem Maria, / e se fez homem. Também por nós foi crucificado / sob Pôncio Pilatos; / padeceu e foi sepultado. / Ressuscitou ao terceiro dia, / conforme as Escri­turas, / e subiu aos céus, / onde está sentado à direita do Pai. / E de novo há de vir, em sua glória, / para julgar os vivos e os mor­tos; / e o seu reino não terá fim. / Creio no Espírito Santo, / Senhor que dá a vida, / e procede do Pai e do Filho; / e com o Pai e o Fi­lho é adorado e glorificado: / ele que falou pelos profetas. / Creio na Igreja, /una, santa, católica e apostólica. / Professo um só batis­mo / para remissão dos pecados. / E espero a ressurreição dos mor­tos / e a vida do mundo que há de vir. Amém.
Presid.: Esta é a fé, que da Igreja rece­bemos e alegremente professamos, motivo de nossa esperança e alegria em Cristo Jesus, nosso Senhor!
Todos: Amém!
Presid.: Ó Deus, nosso Pai, concedei-nos a graça da fé firme num coração renovado, para vos reconhecermos como Deus vivo e verdadeiro, e Aquele que enviastes, Jesus Cris­to. Guiados pelo Espírito Santo ao longo deste Ano da Fé, possamos progredir no caminho da fé com o coração repleto de alegria e ser para os outros, testemunhas do vosso amor, atraindo-os para vós. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém!
Sobre as oferendas
Recebei, ó Pai, as oferendas que vos apresentamos no dia em que revelastes vosso Filho, para que se tornem o sacrifício do Cordeiro que lavou, em sua misericórdia, os pecados do mundo. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Eis aquele de quem João dizia: Eu via dei testemunho de que este é o Filho de Deus (Jo 1,32.34).
Depois da comunhão
Nutridos pelo vosso sacramento, dai-nos, ó Pai, a graça de ouvir fielmente o vosso Filho amado, para que, chamados filhos de Deus, nós o sejamos de fato. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
CONCÍLIO VATICANO II CINQUENTA ANOS DEPOIS...
O Concílio Vaticano II foi um acontecimento fundamental para a configuração da Igreja contemporânea, "um extraordinário evento eclesial, nascido do coração de Deus", afirmou o papa Bento XVI. Idealizado por João XXIII, sensível aos sinais dos tempos, e redinamizado por Paulo VI, o Concílio suscitou elementos fundamentais para a Renovação da Igreja, como um novo modo de agir, mais voltado para o mundo e suas necessidades; o diálogo com a sociedade, a cultura e com outras Igrejas e crenças; a consciência de que não é fugindo do mundo que se resolvem os problemas que tem origem nele; a valorização da Sagrada Escritura e da Liturgia na vida de fé; e a concepção de que a Igreja são todos os batizados, clero e leigos, pois são todos membros do mesmo corpo de Cristo: todos formamos o Povo de Deus e somos Templo do Espírito. Meio século nos separa do acontecimento, mas não há dúvida de que o Concílio Vaticano II precisa ainda ser descoberto. É o que tentaremos fazer nas próximas edições do nosso pulsandinho.
TEXTOS BÍBLICOS PARA A SEMANA:
2ª) Vd - Hb 1,1-6; Sl 96(97); Mc 1,14-20
3ª) Vd - Hb 2,5-12; Sl 8; Mc 1,21b-28
4ª) Vd - Hb 2,14-18; Sl 104(105); Mc 1,29-39
5ª) Br - Hb 3,7-14; Sl 94(95); Mc 1,40-45 ou Mt 19,16-26
6ª) Vd - Hb 4,1-5.11; Sl 77(78); Mc 2,1-12
Sáb.) Vd - Hb 4,12-16; Sl 18(19); Mc 2,13-17
Dom.) 2º DTC : Is 62,1-5; Sl 95 (96),1-2a. 2b-3. 7-8a. 9-10a e c (R/. 8a.9a); 1Cor 12,4-11; Jo 2,1-11 (Bodas de Caná)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês de Janeiro/2013:
http://www.diocesedeapucarana.com.br/userfiles/cantos_janeiro_2013.pdf

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. No Amado do Pai, somos todos Filhos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Uma das maiores aventuras da minha adolescência foi ir a pé até a “Light”, como chamávamos a Usina Itupararanga, com um grupo de amigos, fazer uma pescaria de três dias. Planejamos tudo, a barraca, recipientes com água, as varas de pesca, facões e canivetes, roupas e calçados leves, bonés e óculos escuros para proteger o rosto do sol, e até uma caixinha de primeiros socorros, nossa turma andava encantada com o escotismo e queríamos imitar os escoteiros nessa aventura.
Pensamos em cada detalhe e bem de madrugada, antes de iniciarmos a caminhada, o mais velho da turma, a quem delegamos o papel de “Comandante”, após conferir todo o material, e revistar nossas roupas e calçados, disse solenemente: “Vocês estão prontos, podemos partir!”. Não o escolhemos como nosso chefe por acaso, ele conhecia bem o percurso e estava “calejado” para enfrentar a árdua jornada, ajudando-nos a enfrentar os desafios que viriam...
Estar pronto – significa estar preparado para tudo, mas principalmente ter muita coragem para o confronto, não se vai a uma batalha ou a uma aventura arriscada, sem um preparo, sem um treino ou exercício, se não houver da parte do enviado, a determinação, a força ferrenha de vontade, o objetivo poderá não ser alcançado e a desistência dominará aquele que está em missão. No caso do cristão, estar preparado para o confronto é estar ungido e apossar-se da força de Deus, presente na vida daquele que crê, esta unção nós a recebemos no Santo Batismo.
O Homem, feito a imagem e semelhança de Deus, é chamado a viver a vocação plena do amor, para atingir o auge da sua existência, superando seus limites. Deus o fez para grandes conquistas e o revestiu com a sua força. Jesus Cristo é o primogênito das criaturas, ao encarnar-se em nosso meio, ele aceitou o desafio de ir à frente da humanidade para mostrar o caminho, nesse itinerário cheio de desafios como a trilha de Indiana Jones, que requer do aventureiro muita habilidade, prontidão e persistência.
No evangelho desse Domingo do Batismo do Senhor, Lucas apresenta-nos o Filho Amado do Pai, Aquele com quem o Pai se alegra, aquele que está pronto para o confronto definitivo com as forças do mal. O Antigo Testamento é todo esse longo tempo de preparação, de exercício e treinamento, o homem é estimulado e encorajado por Deus para o combate e a vitória, Deus lhes empresta sua coragem e sua força, presente no seu espírito, que se apodera daqueles que ele chama, profetas e reis, juízes, nenhum deles agiu sozinho mas deixaram-se conduzir pelo Espírito de Deus.
Mas é em Jesus de Nazaré que todas as promessas serão cumpridas, é ele o verdadeiro ungido do Senhor, o Servo escolhido, o predileto e amado, aquele que não sucumbirá diante do mal, mas será persistente e fiel até que todo mal seja aniquilado e o Reino impere por todo sempre. É este homem forte, perfeito e santo, preparado para a missão, sem tremer ou vacilar, é o Jesus que emerge das águas após receber a força do Espírito Santo e ouvir a voz do Pai que o confirma – “Tu és o meu filho amado, em ti ponho o meu bem querer”.
Ele é mais forte do que João e todos os profetas que o anunciaram, ele é mais Poderoso que todos os reis que governaram o Povo de Israel, simplesmente não porque fala em nome de Deus, mas porque é o próprio Deus, que em Jesus vem dar a cada homem o seu espírito de força, coragem, determinação, empenho, ou seja, ele restituiu a cada homem aquilo que Adão havia perdido, resgatando a humanidade do fracasso, direcionando para a vitória, mudando o rumo da trajetória humana, e tudo começa no dia do nosso Batismo...
O Batismo penitencial de João era apenas um sinal exterior, que mostrava a vontade e o desejo que o homem tinha, de mudar de vida, o Batismo de Jesus, é o momento em que Deus se abre para esse homem que demonstra ter consciência do seu erro e fracasso, Deus se inclina para ouvir este homem que agora quer vencer, e ao chamar a Jesus de Filho amado, Deus esta dizendo a todo homem, que ele aprova essa decisão tomada, e que mais do que isso, ele colocará nas entranhas do homem o poder do seu Espírito, a força poderosa que conduzirá o homem á vitória.
Mas o Batismo de Jesus, além de tudo isso, tem um significado ainda mais profundo, ele caminha à frente de todos os batizados, e como aquele companheiro mais velho do meu grupo de adolescentes, Ele afirma com muita propriedade, que agora o homem está realmente preparado para o confronto, pois ao ser ungido, ele também nos ungiu e nos capacitou, dando-nos todos os dons necessários para atingirmos nosso objetivo que é alcançar a vida plena, pois, embora por adoção, nós também somos em Cristo, os Filhos e Filhas amados, com quem Deus se alegra, e o Batismo é o dia em que Deus, oficialmente reconhece cada homem como seu Filho.... ( BATISMO DO SENHOR – Lucas 3,15-16.21-22 )
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. O batismo de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
A solenidade do batismo é a primeira solenidade do Senhor no Tempo Comum. Os sinóticos coincidem em afirmar que o batismo é a ocasião da investidura messiânica de Jesus.
Quanto à extensão, os relatos diferem entre si: o de Marcos é o mais breve, o de Mateus o mais longo. Há, ainda, entre eles, diferenças de detalhes importantes. Dada a exiguidade do espaço, fica para o leitor o apaixonante exercício do estudo comparativo entre os três evangelhos.
Normalmente, dizemos que o gênero literário é a "visão interpretativa". Fixemo-nos, agora, em Lucas. Um dado interessante é que, no terceiro evangelho, a cena do batismo de Jesus é apresentada depois da prisão de João. Talvez Lucas queira distinguir o tempo de João do tempo de Jesus. Distinção que ele faz em 16,16: "A Lei e os Profetas vão até João. Daí em diante é anunciada a Boa-Nova do Reino de Deus.".
A cena do batismo é precedida da pregação de João Batista que, em coerência com a teologia lucana dos evangelhos da infância, afirma que ele não é o Messias. Ele batiza com água, mas o Messias, que vem depois dele, "batizará com o Espírito Santo e com fogo" (v. 26). O que purifica é a presença do Espírito do qual Jesus é portador. O céu se abre! O céu pode se abrir?
Na linguagem simbólica, o céu se abre para que desça o que é celeste. É na oração de Jesus que o céu se abre, isto é, na oração de Jesus é que se dá uma verdadeira comunicação entre o céu e a terra. E o Espírito Santo, do qual Jesus é revestido para a sua missão, faz com que a terra não seja estranha ao céu, e o céu ilumine o que é da terra.
Há, ainda, um outro detalhe a ser considerado, próprio a Lucas: "o Espírito Santo desceu sobre ele, em forma corpórea." (v. 22). Para Lucas, a expressão "em forma corpórea" significa que o Espírito Santo não é considerado uma realidade invisível ou intangível. Ele pode ser tocado e visto na pessoa de Jesus.
O sentido do que foi narrado é dado pela voz celeste, que evoca o Sl 2,7: "Tu és o meu filho amado, em ti eu me agrado". Esse Salmo evoca o triunfo do Ressuscitado e afirma a filiação divina de Jesus.
Oração
Espírito de purificação, faze-me experimentar o batismo purificador de Jesus, que me liberta do pecado e do egoísmo, predispondo-me para o serviço generoso a meu próximo.
3. O FILHO AMADO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A cena do batismo revela o traço fundamental da identidade de Jesus: sua condição de Filho amado de Deus. Outro elemento importante desta identidade é oferecido pelo quadro trinitário no qual a revelação é feita. Do céu, o Pai se dirige ao Filho, e o Espírito Santo desce sobre ele, em forma de pomba. A origem divina de Jesus fica, assim, perfeitamente evidenciada. Ele provém do seio da Trindade, em cujo nome exercerá sua missão.
Daqui decorrem dois eixos da ação histórica de Jesus. Ela se desenrolará na mais absoluta fidelidade a Deus, refletindo-se nela o agir divino em favor da humanidade. Da fidelidade decorrerá a liberdade. Jesus não suportará que criatura alguma, nem mesmo as tradições religiosas se imponham em sua vida, de forma absoluta. Ele jamais suportou a tirania da Lei e dos costumes do povo quando, contrastavam com o projeto do Reino de Deus.
A pessoa e a ação de Jesus, sendo baseadas na fidelidade e na liberdade, suscitarão constantes conflitos. Apesar disto, como Filho amado, ele não abrirá mão do projeto traçado pelo Pai.
Oração
Senhor Jesus, que minha vida, a teu exemplo, seja fundada na fidelidade e na liberdade, que me fazem levar adiante a missão recebida do Pai.fonte:NPD Brasil/jardim das oliveiras blog

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