Vítima foi enterrada na noite de terça-feira (5), em Itauçu, Goiás.
Por segurança, crianças são levadas por familiares para o Entorno do DF.
Os gêmeos de oito meses que foram sequestrados e tiveram a mãe assassinada em Itauçu, a 64 quilômetros de Goiânia, vão morar com os avós paternos. Familiares informaram que eles viverão em uma cidade do Entorno do Distrito Federal, mas, por motivos de segurança, preferiram não informar qual.
Muito assustados, os parentes de Raimunda Vieira, de 34 anos, mãe dos gêmeos, temem que o sequestro com morte tenha sido planejado por uma quadrilha. Eles pedem que a polícia investigue qual seria o destino das crianças. "Ela [a suspeita do crime, presa na segunda-feira (4)], não agiu sozinha", disse ao G1 uma prima da vítima, que não quer ter o nome divulgado.
Raimunda foi encontrada morta no fim da tarde de domingo (3), após três dias desaparecida. O corpo estava com marcas de queimaduras, em um canavial na zona rural de Itauçu. De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), o corpo demorou a ser liberado porque os legistas aguardaram a chegada de documentos da vítima, vindos de outro estado.O corpo de Raimunda Vieira foi enterrado na noite de terça-feira (5), no Cemitério Municipal de Itauçu. Devido ao avançado estado de decomposição, não houve velório. Parentes e amigos realizaram uma oração, na funerária. Comovidos com o crime, dezenas de moradores acompanharam o sepultamento.
Os gêmeos, que tinham sumido junto com a mãe, foram localizados no domingo na casa de uma conhecida da suspeita, na cidade de Inhumas. Na segunda-feira, a costureira de 51 anos apontada como autora do crime foi presa em Nova Veneza. Em depoimento à polícia, ela negou ter assassinado Raimunda e sequestrado as crianças.
Desaparecimento
De acordo com a família, Raimunda saiu com a amiga e os cinco filhos na última quinta-feira (28). A costureira levaria a vítima até Inhumas, onde estaria ajudando a vítima a ganhar uma casa popular. No fim da tarde, ela voltou apenas com três crianças maiores.
De acordo com a família, Raimunda saiu com a amiga e os cinco filhos na última quinta-feira (28). A costureira levaria a vítima até Inhumas, onde estaria ajudando a vítima a ganhar uma casa popular. No fim da tarde, ela voltou apenas com três crianças maiores.
O filho mais velho de Raimunda, de sete anos, contou ao pai que ele, os irmãos e a mãe foram levados a uma roça pela conhecida. Marido de Raimunda, Paulo Monteiro disse que o menino estava muito abalado. O garoto disse à família que a suspeita teria jogado um líquido no rosto da vítima. A polícia acredita que tenha sido álcool, pois a vítima foi encontrada com o corpo queimado.
Paulo Monteiro lembra que a costureira ficou amiga da família há pouco tempo. "Ela chegou em casa com um carro preto, tirou fotos de todos os meninos. Ela disse que ia ajudar a ver o negócio da casa. Eu até alertei ela [ Raimunda], falei para não deixar que qualquer pessoa entrasse em casa. Depois disso, essa mulher passou a ir mais lá, a levar banana e frango", afirmou o viúvo.
Autorização para viajar
A Polícia Civil diz não ter dúvidas da autoria do crime. Entre as provas apresentadas pelos investigadores estão duas certidões de nascimento forjadas pela suspeita. A costureira teria procurado a Promotoria de Justiça de Itauçu para conseguir autorização para viajar com as crianças.
A Polícia Civil diz não ter dúvidas da autoria do crime. Entre as provas apresentadas pelos investigadores estão duas certidões de nascimento forjadas pela suspeita. A costureira teria procurado a Promotoria de Justiça de Itauçu para conseguir autorização para viajar com as crianças.
Segundo o delegado de Inhumas, Humberto Teófilo, que investiga o caso, a costureira tinha se apresentado à promotora de Justiça da cidade com certidões falsas, onde o nome da suspeita aparece como mãe dos bebês.
A mulher, de acordo com o delegado, alegou à promotora que um dos gêmeos estava com leucemia e precisava se tratar com médicos de São Paulo, mas o marido não autorizava a saída deles de Itauçu. Humberto Teófilo informou ainda que pesquisou o nome dos profissionais de saúde citados por ela no pedido, entretanto, eles não existem. “Esta atitude é mais um indício de que ela queria roubar as crianças”, ressalta o policial.fonte:G1 GO/jardim das oliveiras blo
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