A Espanha começou a ganhar seu grande destaque justamente após uma partida contra a Itália pelas quartas de final da Eurocopa de 2008, quando eliminou o adversário nos pênaltis e avançou à semifinal da competição. Ali acabava o estigma do 'quase'. Nesta quinta-feira, no Castelão, em Fortaleza (CE), pela semifinal da Copa das Confederações, a história foi a mesma. Após 0 a 0 no tempo normal, a Fúria venceu por 7 a 6 nos pênaltis e garantiu vaga na final contra a Seleção Brasileira, no próximo domingo, no Maracanã.
ESQUEMA COMPACTO E BOAS CHANCES
Sob o forte calor de Fortaleza, Espanha e Itália entraram campo dispostos a marcar logo nos primeiros minutos. Pedro, em uma jogada pelo lado direito do campo, bateu cruzado e levou perigo ao goleiro Buffon. Em seguida, De Rossi recuperou uma bola pelo meio, tocou para Gilardino. Ele deu belo passe para Giaccherini chutar e colocar a Azzurra no jogo.
Com um esquema que contava com uma linha de cinco homens da defesa e quatro no meio de campo, a Itália deixou claro que sua proposta era evitar a Fúria por perto de sua área. E evitou durante boa parte do jogo. Quem não contava com vários lances de perigo da Azzurra era o torcedor espanhol. Principalmente em bolas aéreas, os italianos tiveram, ao menos, duas grandes chances. Fora outras oportunidades que poderiam ter uma melhor finalização.
Na melhor oportunidade italiana no primeiro tempo, Maggio, livre na área, colocou a cabeça na bola e obrigou Casillas a realizar uma grande defesa. Antes, Marchisio também havia perdido uma chance clara. O camisa 1 espanhol se destacou.
A Espanha, por sua vez, teve ótima chance com Fernando Torres. Após matar a bola na entrada da área, o atacante girou em cima da zaga e bateu cruzado com a perna esquerda. A bola passou perto da trave. E foi só.
Candreva disputa bola com Alba (Foto: Vincenzo Pinto/AFP)
MUDANÇAS E DESGASTE POR CONTA DO CALOR
O segundo tempo veio com mudanças. Além de novos nomes em campo, times com posturas táticas diferentes. Cesare Prandelli sacou Bazargli e colocou Montolivo em campo. De Rossi, com isso, fez um papel de líbero. Já Del Bosque tirou David Silva e mandou Jesús Navas a campo. O objetivo era claro: atuar com dois homes abertos, Navas e Pedro, para tentar furar o bloqueio da Azzurra.
Em boa troca de passes pela direita, Navas recebeu bola de Fernando Torres e bateu cruzado. Buffon, bem colocado, defendeu e não deu rebote. Como a Itália continuava bem postada em campo, principalmente no sistema defensivo, Iniesta arriscou jogada individual e chutou sem direção. A Fúria tinha problemas para furar o bloqueio azul.
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A Itália, jogando em casa por conta do apoio da torcida, seguiu buscando o gol principalmente em bolas aéras. O problema é que tanto para a Azzurra quanto para os espanhóis, o calor pesou. Ambas as equipes não aguentaram o ritmo forte do jogo e alguns jogadores pediram água em vários momentos. Mata e Marchisio substituíram Pedro e Aquilani, respectivamente.
Sergio Ramos e De Rossi disputam a
posse de bola (Foto: Vincenzo Pinto/AFP)
PRORROGAÇÃO: DRAMA E CORAÇÃO EM CAMPO
No primeiro tempo da prorrogação, os dois treinadores queimaram suas últimas substituições. Prandelli tirou Gilardino, que não fez boa partida, e deu chance a Giovinco. E Del Bosque colocou Javi Martínez no lugar de Fernando Torres, repetindo o esquema da Euro-2012, com dois volantes e sem homem de área. Martínez fez o falso camisa 9.
Giaccherini, em uma das melhores chances do jogo, acertou a trave após um belo chute. Casillas estava vendido na jogada. Na sequência, Piqué matou no peito dentro da grande área e chutou. A zaga afastou o perigo. E ainda teve uma boa chegada de Jordi Alba. Faltou pontaria ao lateral-esquerdo.
Chiellini jogado no gramado com câimbras: cena da entrega, do desgaste. Esgotados, os espanhóis correram para pedir água enquanto o italiano era atendido. Mas tiveram grande chance de matar o jogo em um chute de Xavi: Buffon falhou e a bola ainda bateu na trave. Dramático! O goleirão italiano ainda pegou chute cruzado de Navas. Mas a partida foi mesmo para os pênaltis.
PÊNALTIS
Equilíbrio no tempo real, na prorrogação e até nos pênaltis. Após a fase de cinco cobranças e cinco gols para cada lado, vieram as cobranças alternadas. Resultado: Espanha contou com o chute para fora de Bonucci, venceu por 7 a 6 e garantiu vaga na final da Copa das Confederações.
Torcedores de Espanha e Itália no Castelão (Foto: Lluis Gene/AFP)
FICHA TÉCNICA
ESPANHA (6)0X0(5) ITÁLIA
Local: Castelão, em Fortaleza (CE)
Data-Hora: 27/06/2013, às 16h (de Brasília)
Árbitro: Howard Webb (ING)
Auxiliares: Darren Cann (ING) e Mike Mullarkey (ING)
Gols: não houve
Cartões amarelos: De Rossi (ITA), Piqué (ESP)
Cartões vermelhos: não houve
ESPANHA: Casillas, Arbeloa, Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Busquets, Xavi e Iniesta; Pedro (Mata, 33'/2ºT), David Silva (Jesús Navas, 5'/2ºT) e Fernando Torres (Javi Martínez, 3'/1ºP). Técnico: Vicente Del Bosque.
ITÁLIA: Buffon, Maggio, Chiellini, Barzagli (Montolivo, intervalo) e Bonucci; De Rossi, Marchisio (Aquilani, 33'/2ºT), Pirlo e Candreva; Giaccherini e Gilardino (Giovinco, intervalo para a prorrogação). Técnico: Cesare Prandelli.
fonte:O Extra/jardim das oliveiras camocim ceara
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