Noventa e duas pessoas foram detidas.
Conflito começou na barreira policial.
Torcedores e moradores se machucaram em meio ao conflito provocado por uma minoria durante o protesto na Avenida Dedé Brasil, nesta quinta-feira (27), dia da partida Espanha x Itália, na Arena Castelão.
Centenas de manifestantes caminhavam pela Avenida Dedé Brasil em direção à Arena Castelão pedindo mais investimentos em educação e saúde, redução do preço do ônibus e o fim dos gastos excessivos com a Copa, entre outras reivindicações, até que, ao chegar à primeira barreira policial perto da igreja evangélica Canaã, uma minoria quis forçar passagem. A partir de então, o Batalhão de Choque avançou sobre os baderneiros que iam promovendo quebra-quebra à medida que recuavam. Um carro da TV Diário foi incendiado e outro da TV Jangadeiro apedrejado.
Pessoas que estavam dentro de um ônibus que levava torcedores foram atingidas por estilhaços de vidros. Uma delas teve a orelha cortada. "Alguns baderneiros quebraram o ônibus com pedras. O motorista e o cobrador não abriram as portas, aí, feriram outros torcedores", relatou um passageiro. Uma Comissão do Ministério Público acompanhou o protesto e percebeu que a confusão foi causada por um grupo que caminhava à frente dos manifestantes que promoviam um protesto tranquilo. Não há balanço oficial de feridos.
"O que nos deixa revoltados é uma minoria que provoca a confusão. Sangrou um companheiro e a minha namorada. Infelizmente temos que passar por uma situação dessas", disse outro torcedor, que se dirigia ao estádio pela Avenida Dedé Brasil.
Dono de uma oficina, o morador Sebastião Santana estava trabalhando dentro do estabelecimento dele quando foi atingido por uma bala de borracha na boca.
O bancário Altenor Targino viu as cenas de violência e por pouco não foi atingido por pedras e paus. "Nós estavamos observando toda a confusão de cima do prédio e ficamos esperando acalmar um pouco o tumulto. Mas houve muita bomba, pedras, paus, muita confusão'', afirmou.
Moradores
Durante a manifestação a Polícia Militar teve que soltar bombas de gás lacrimogêneo. O efeito acabou atingindo casas e famílias foram prejudicadas. "Os vândalos invadiram aqui durante o confronto. Abriram o portão e correram para dentro das casas. E com mais de dez minutos a polícia invadiu jogando bomba de efeito moral e várias crianças passaram mal", disse o músico Fernando Lennon, disse um morador.
Durante a manifestação a Polícia Militar teve que soltar bombas de gás lacrimogêneo. O efeito acabou atingindo casas e famílias foram prejudicadas. "Os vândalos invadiram aqui durante o confronto. Abriram o portão e correram para dentro das casas. E com mais de dez minutos a polícia invadiu jogando bomba de efeito moral e várias crianças passaram mal", disse o músico Fernando Lennon, disse um morador.
Uma comissão do Ministério Público acompanhou a manifestação desde o início. E avaliou a atuação da polícia. "Até o momento as recomendações do Ministério Público foram seguidas a risca pela polícia. Desde 8h30 a comissão acompanhou lá na Uece a formação da passeata. Tudo estava pacífico, mas a frente vinham cerca de 100 rapazes exaltados e esses foram que provocaram a confusão", afirmou o funcionário público, Alberto Bonfim.
Faltando poucos minutos para o início da partida, muitos torcedores ainda tentavam chegar ao estádio. "Os policiais jogaram bombas e ficamos presos inalando muita fumaça. Tinham crianças e um muro que não conseguimos passar. Ficamos com os olhos ardenos e o rosto queimou, dos meus filhos dos meus sobrinhos", disse uma torcedora.
Presos
Noventa e duas pessoas foram detidas nesta quinta-feira durante manifestação no entorno da Arena Castelão, em Fortaleza, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública. A polícia diz que os detidos promoveram vandalismo e praticaram violência contra policiais.
Noventa e duas pessoas foram detidas nesta quinta-feira durante manifestação no entorno da Arena Castelão, em Fortaleza, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública. A polícia diz que os detidos promoveram vandalismo e praticaram violência contra policiais.
As pessoas detidas foram encaminhados para o 16º Distrito Policial (DP), no Bairro Dias Macêdo. De acordo com o coronel Werisleike Matias, comandante da Polícia Militar, desse total, 24 são adolescentes e foram levados para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), no Bairro São Gerardo
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