Procuradores da República no Cocó defendem 'direito de se manifestar'.
Oscar Costa Filho condenou ação da Prefeitura de Fortaleza.
Os procuradores da república Oscar Costa Filho e Alexandre Meireles questionam a existência de um mandado judicial que permita a remoção dos manifestantes do Parque do Cocó, na madrugada desta quinta-feira (8), em Fortaleza. Os dois estão no cruzamento entre as Avenidas Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales desde às 8h, mesmo horário em que a Tropa de Choque da Polícia Militar foi acionada.
Segundo Oscar Costa Filho, o grupo tem o direito de se manifestar. “A atitude da Prefeitura de Fortaleza foi extremamente errada porque a área pertence a União. A prefeitura não esperou a Justiça tomar uma decisão concreta, não esperou a decisão final da justiça, além de usar a força”, disse ele. O procurador afirmou ainda que a Tropa de Choque não poderia agir sem o mandado judicial. A Tropa de Choque se retirou do local.
Soldados da Polícia Militar, no entanto, permanecem no local. “Sou contra a manifestação porque atrapalha o trânsito. Respeito qualquer tipo de movimento, a não ser que perturbe a ordem das pessoas que querem ir e vir”, disse o coronel da PM Carlos Ribeiro, superviso do Comando de Policiamento da Capital (CPC).
Bloqueio
Até às 9h, o grupo bloqueava todas as faixas do cruzamento usando os troncos das árvores cortadas. Os manifestantes foram retirados do Parque do Cocó por volta de 3h desta madrugada por 300 Guardas Municipais de Fortaleza. O grupo tentava evitar a derrubada de 15 árvores para a construção de um viaduto na área, outras 79 já haviam sido derrubadas.
Até às 9h, o grupo bloqueava todas as faixas do cruzamento usando os troncos das árvores cortadas. Os manifestantes foram retirados do Parque do Cocó por volta de 3h desta madrugada por 300 Guardas Municipais de Fortaleza. O grupo tentava evitar a derrubada de 15 árvores para a construção de um viaduto na área, outras 79 já haviam sido derrubadas.
Ao serem retirados do local com auxilio de bombas de gás lacrimogêneo, os manifestantes ocuparam o cruzamento e promoveram um abraço ao local, fechando todas as faixas. O grupo chegou a liberar o cruzamento por volta de 6h30, mas voltou a bloqueá-lo.
Segundo a Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), todas as vias de aproximação do local ficaram engarrafadas e pede aos motoristas que evitem passar pela área nesta quinta-feira e que utilizem vias secundárias para deslocamento. AMC informou ainda não ser possível prever o horário em que a situação será normalizada.
Expulsão
Para a desocupação da área, além das bombas de gás lacrimogêneo, a Guarda Municipal usou spray de pimenta. Três pessoas foram presas acusadas de lesão corporal. Elas foram encaminhadas para o 2º Distrito Policial, no Bairro Meireles, na capital. Ainda durante a madrugada, a Guarda Municipal interditou a área e bloqueou o acesso ao Parque do Cocó.
Para a desocupação da área, além das bombas de gás lacrimogêneo, a Guarda Municipal usou spray de pimenta. Três pessoas foram presas acusadas de lesão corporal. Elas foram encaminhadas para o 2º Distrito Policial, no Bairro Meireles, na capital. Ainda durante a madrugada, a Guarda Municipal interditou a área e bloqueou o acesso ao Parque do Cocó.
Os manifestantes estavam acampados na área desde julho e protestavam contra a derrubada de árvores para a construção de um viaduto nos cruzamento entre as Avenidas Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales
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