A Microsoft anunciou a compra da Nokia, na madrugada desta terça-feira (27), por cerca de US$ 7,2 bilhões (R$ 17 bilhões). A notícia pegou os usuários de surpresa não só pela transação, que já era especulada há algum tempo, mas também pelas dúvidas a respeito do futuro da companhia finlandesa. Desde 2011, a Nokia fabrica a linha Lumia, com Windows Phone, além dos celulares Asha.
O anúncio foi feito no blog oficial da Microsoft e também no Conversations, da Nokia, através de uma carta de Steve Ballmer e Stephen Elop, diretores executivos das empresas. Segundo o anúncio, a movimentação significa o "próximo capítulo" na história da fabricante de celulares.
No últimos anos, a Nokia apresentava grandes prejuízos após insistir no lançamento de aparelhos com o defasado sistema Symbian, abandonado após o lançamento do 808 PureView. A companhia, que era líder no mercado de celulares, perdeu espaço para dispositivos iOS e Android. Para tentar recuperar espaço, a Nokia adota, desde 2011, o sistema Windows Phone, da Microsoft, em seus smartphones. A parceria apresentava resultados positivos nos últimos meses, mas ainda abaixo das necessidades da finlandesa.
Para a Nokia, a compra significa uma tentativa de voltar ao topo, hoje dominado pela Samsung e Apple. No entanto, a nova "dona" da fabricante deve promover mudanças nos próximos meses, o que deixa os fãs da Nokia bastante intrigados. Acompanhe abaixo o que pode mudar a partir de agora.
- A Nokia vai acabar?
Com a notícia desta madrugada, grande parte dos usuários em redes sociais manifestaram dúvidas a respeito da continuidade da marca "Nokia". No entanto, é muito difícil que a Microsoft acabe com a fabricante nos próximos meses, já que a tradição da companhia finlandesa e o valor de sua marca ainda são muito grandes no mercado. A Nokia liderou o mercado de celulares durante 14 anos.
Outra questão que conta a favor da manutenção da marca é o fato de a Microsoft, dona do Windows Phone e dos Windows 8 e RT, ainda não ter uma boa experiência no segmento de smartphones e tablets. A primeira tentativa da empresa, o tablet Surface, teve vendas muito abaixo do esperado. Sendo assim, a compra da Nokia tem como objetivo fortalecer a companhia de Bill Gates e Steve Ballmer no mercado de dispositivos móveis.
- Os Lumias vão perder o suporte?
Embora ainda seja preciso aguardar um pronunciamento oficial das companhias nesse sentido, é pouco provável que a Nokia deixará de oferecer suporte, como assistência técnica e atualização de sistema, aos atuais Lumias. A Microsoft comprou a divisão de dispositivos e serviços da companhia finlandesa, o que significa que não só a marca foi transferida como também toda a atual estrutura física e humana da Nokia, ou seja, fábricas, lojas, funcionários, entre outros.
A companhia de Steve Ballmer, aliás, é a maior interessada em manter a fórmula de sucesso da linha Lumia, principal responsável pela popularização do Windows Phone no mundo. Dessa forma, espera-se até que o ritmo de lançamentos seja intensificado a partir de agora. Para este mês, inclusive, são aguardados um foblet Lumia 1520, com tela de seis polegadas Full HD e processador quad-core, e um tablet com Windows RT.
- E o futuro dos Ashas?
Além dos Lumias, a Microsoft também ficará responsável pelos celulares Asha. No entanto, o futuro dessa linha é mais incerto. Como esses aparelhos compõem boa parte das vendas da Nokia, é provável que ela seja continuada nesse primeiro momento, com os possíveis lançamentos já programados.
A longo prazo, porém, é dificil enxergar os Ashas como um modelo de negócio da Microsoft. Afinal, o grande interesse da companhia norte-americana é emplacar o Windows Phone no mercado. Sendo assim, é provável que a Nokia faça uma transição gradual dos Ashas para aparelhos com Windows Phone mais baratos, como o Lumia 520, 620 e 625.
Ainda há espaço para o Android na Nokia?
Não! Se a parceria com a Microsoft já tornava difícil a adoção do Android pela Nokia, a venda para a companhia de Steve Ballmer acaba, de vez, com qualquer esperança. O motivo é claro: o sistema do Google é o grande rival do Windows Phone. Sendo assim, não faria sentido a Microsoft permitir que uma empresa sua adote o software concorrente.
Google e Microsoft, aliás, tem um histórico de brigas e acusações no mercado de smartphones. A última delas foi gerada pelo segundo bloqueio consecutivo do aplicativo do YouTube para o Windows Phone. A Google, dona do sites de vídeos, acusou a rival de infringir os termos de uso do serviço e desrespeitar acordos firmados. Além disso, a dona do Android não desenvolve nenhum app de seus produtos para o Windows Phone, ao contrário do que pratica para o iOS, da Apple.
- Que espaço a Nokia terá na Microsoft?
Curiosidade ou não, Stephen Elop, diretor executivo da Nokia até ontem, já foi funcionário da Microsoft, onde chefiou a equipe responsável pelo pacote Office. Em 2010, o canadense deixou o cargo para comandar a fabricante de celulares, onde foi um dos principais entusiastas do abandono dos sistemas Symbian e Meego para a adoção do Windows Phone. Por essa razão, Elop é apontado como um "Cavalo de Troia" pelos fãs da Nokia, que o acusam de ser um dos principais interessados na venda da empresa, consolidada nesta terça-feira (3).
Para reforçar essa desconfiança, Stephen Elop é o principal nome cotado para substituir o atual diretor executivo da Microsoft, Steve Ballmer, que se aposentará dentro dos próximos 12 meses. Caso isso venha a se concretizar, a Nokia e o Windows Phone podem se tornar o grande foco da companhia norte-americana nos próximos anos. Para os usuários, a mudança pode representar uma agilidade maior nas atualizações do sistema, além de uma participação mais ativa da Microsoft na busca de aplicativos de peso, como o Instagram.
- E os smartphones de outras fabricantes com Windows Phone?
Embora a Nokia domine as vendas do sistema da Microsoft, outras fabricantes, como Samsung, HTC e Huawei, também produzem smartphones com Windows Phone. No entanto, mesmo com a compra da fabricante finlandesa, nada deve mudar. Segundo o site especializado WP Central, a Microsoft continuará licenciando o seu sistema para outras empresas.
No Brasil, além da linha Lumia, apenas a Samsung vende aparelhos com o Windows Phone 8. A posição da Microsoft, caso confirmada, significará que o usuário poderá comprar tranquilamente um Ativ S, por exemplo, já que o aparelho continuará recebendo o suporte para o sistema operacional.
Fonte: Techtudo/ Colaborador Taysa Coelho
O anúncio foi feito no blog oficial da Microsoft e também no Conversations, da Nokia, através de uma carta de Steve Ballmer e Stephen Elop, diretores executivos das empresas. Segundo o anúncio, a movimentação significa o "próximo capítulo" na história da fabricante de celulares.
No últimos anos, a Nokia apresentava grandes prejuízos após insistir no lançamento de aparelhos com o defasado sistema Symbian, abandonado após o lançamento do 808 PureView. A companhia, que era líder no mercado de celulares, perdeu espaço para dispositivos iOS e Android. Para tentar recuperar espaço, a Nokia adota, desde 2011, o sistema Windows Phone, da Microsoft, em seus smartphones. A parceria apresentava resultados positivos nos últimos meses, mas ainda abaixo das necessidades da finlandesa.
Para a Nokia, a compra significa uma tentativa de voltar ao topo, hoje dominado pela Samsung e Apple. No entanto, a nova "dona" da fabricante deve promover mudanças nos próximos meses, o que deixa os fãs da Nokia bastante intrigados. Acompanhe abaixo o que pode mudar a partir de agora.
- A Nokia vai acabar?
Com a notícia desta madrugada, grande parte dos usuários em redes sociais manifestaram dúvidas a respeito da continuidade da marca "Nokia". No entanto, é muito difícil que a Microsoft acabe com a fabricante nos próximos meses, já que a tradição da companhia finlandesa e o valor de sua marca ainda são muito grandes no mercado. A Nokia liderou o mercado de celulares durante 14 anos.
Outra questão que conta a favor da manutenção da marca é o fato de a Microsoft, dona do Windows Phone e dos Windows 8 e RT, ainda não ter uma boa experiência no segmento de smartphones e tablets. A primeira tentativa da empresa, o tablet Surface, teve vendas muito abaixo do esperado. Sendo assim, a compra da Nokia tem como objetivo fortalecer a companhia de Bill Gates e Steve Ballmer no mercado de dispositivos móveis.
- Os Lumias vão perder o suporte?
Embora ainda seja preciso aguardar um pronunciamento oficial das companhias nesse sentido, é pouco provável que a Nokia deixará de oferecer suporte, como assistência técnica e atualização de sistema, aos atuais Lumias. A Microsoft comprou a divisão de dispositivos e serviços da companhia finlandesa, o que significa que não só a marca foi transferida como também toda a atual estrutura física e humana da Nokia, ou seja, fábricas, lojas, funcionários, entre outros.
A companhia de Steve Ballmer, aliás, é a maior interessada em manter a fórmula de sucesso da linha Lumia, principal responsável pela popularização do Windows Phone no mundo. Dessa forma, espera-se até que o ritmo de lançamentos seja intensificado a partir de agora. Para este mês, inclusive, são aguardados um foblet Lumia 1520, com tela de seis polegadas Full HD e processador quad-core, e um tablet com Windows RT.
- E o futuro dos Ashas?
Além dos Lumias, a Microsoft também ficará responsável pelos celulares Asha. No entanto, o futuro dessa linha é mais incerto. Como esses aparelhos compõem boa parte das vendas da Nokia, é provável que ela seja continuada nesse primeiro momento, com os possíveis lançamentos já programados.
A longo prazo, porém, é dificil enxergar os Ashas como um modelo de negócio da Microsoft. Afinal, o grande interesse da companhia norte-americana é emplacar o Windows Phone no mercado. Sendo assim, é provável que a Nokia faça uma transição gradual dos Ashas para aparelhos com Windows Phone mais baratos, como o Lumia 520, 620 e 625.
Ainda há espaço para o Android na Nokia?
Não! Se a parceria com a Microsoft já tornava difícil a adoção do Android pela Nokia, a venda para a companhia de Steve Ballmer acaba, de vez, com qualquer esperança. O motivo é claro: o sistema do Google é o grande rival do Windows Phone. Sendo assim, não faria sentido a Microsoft permitir que uma empresa sua adote o software concorrente.
Google e Microsoft, aliás, tem um histórico de brigas e acusações no mercado de smartphones. A última delas foi gerada pelo segundo bloqueio consecutivo do aplicativo do YouTube para o Windows Phone. A Google, dona do sites de vídeos, acusou a rival de infringir os termos de uso do serviço e desrespeitar acordos firmados. Além disso, a dona do Android não desenvolve nenhum app de seus produtos para o Windows Phone, ao contrário do que pratica para o iOS, da Apple.
- Que espaço a Nokia terá na Microsoft?
Curiosidade ou não, Stephen Elop, diretor executivo da Nokia até ontem, já foi funcionário da Microsoft, onde chefiou a equipe responsável pelo pacote Office. Em 2010, o canadense deixou o cargo para comandar a fabricante de celulares, onde foi um dos principais entusiastas do abandono dos sistemas Symbian e Meego para a adoção do Windows Phone. Por essa razão, Elop é apontado como um "Cavalo de Troia" pelos fãs da Nokia, que o acusam de ser um dos principais interessados na venda da empresa, consolidada nesta terça-feira (3).
Para reforçar essa desconfiança, Stephen Elop é o principal nome cotado para substituir o atual diretor executivo da Microsoft, Steve Ballmer, que se aposentará dentro dos próximos 12 meses. Caso isso venha a se concretizar, a Nokia e o Windows Phone podem se tornar o grande foco da companhia norte-americana nos próximos anos. Para os usuários, a mudança pode representar uma agilidade maior nas atualizações do sistema, além de uma participação mais ativa da Microsoft na busca de aplicativos de peso, como o Instagram.
- E os smartphones de outras fabricantes com Windows Phone?
Embora a Nokia domine as vendas do sistema da Microsoft, outras fabricantes, como Samsung, HTC e Huawei, também produzem smartphones com Windows Phone. No entanto, mesmo com a compra da fabricante finlandesa, nada deve mudar. Segundo o site especializado WP Central, a Microsoft continuará licenciando o seu sistema para outras empresas.
No Brasil, além da linha Lumia, apenas a Samsung vende aparelhos com o Windows Phone 8. A posição da Microsoft, caso confirmada, significará que o usuário poderá comprar tranquilamente um Ativ S, por exemplo, já que o aparelho continuará recebendo o suporte para o sistema operacional.
Fonte: Techtudo/ Colaborador Taysa Coelho
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