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sábado, 30 de novembro de 2013

MILHARES PROTESTAM NA UCRÂNIA CONTRA REJEIÇÃO DE ACORDO COM A UE.


Protesto na Ucrânia (AP)
Polícia reprimiu manifestação em Kiev; manifestantes criticavam decisão do governo sobre a UE
Milhares de pessoas saíram às ruas de Kiev, capital da Ucrânia, para protestar contra a decisão do governo de se distanciar da integração com a União Europeia (UE).
Durante a madrugada deste sábado, a polícia reprimiu com vilolência uma demonstração, deixando dezenas de feridos e detidos. No entanto, horas depois, os manifestantes se reorganizaram e marcharam levando bandeiras e gritando contra viaturas policiais.
Partidos de oposição vêm pedindo que as eleições sejam adiantadas, diante dos protestos crescentes no país. Os opositores afirmaram estar organizando uma greve geral para os próximos dias.
Outro grande protesto está programado para o domingo. A ex-premiê Yulia Tymoshenko, que está presa, pediu à população que derrube o atual governo."Não importa se for de avião, carro ou a pé. Mas sigam para Kiev e se reúnam em 1 de dezembro", disse.
A Ucrânia se recusou a assinar um acordom com a União Europeia, aparentemente por pressão do governo russo.
Após uma reunião na Lituânia, líderes europeus fizeram um alerta, dizendo que não será tolerada uma interferência russa nas relações do bloco com as ex-repúblicas soviéticas. No encontro, Geórgia e Moldávia fecharam acordos provisõrios com a UE.

Irritação

O correspondente da BBC na cidade, David Stern, disse que o clima dos protestos segue relativamente pacífico, mas que há uma irritação crescente com o fato de o presidente Viktor Yanukovych ter rechaçado o acordo com a Uniao Europeia nesta semana.
Protestos em Kiev (AFP)
Dezenas de manifestantes ficaram feridos durante o protesto; muitos também foram detidos
No entanto, segundo Stern, Yanukovych tem o apoio do setor industrial do leste do país, de onde ele é proveniente.
"Após a reação violenta da polícia nesta madrugada, os líderes do movimento pró-União Europeia agora precisam decidir se continuam com os protestos, agora que precisam lidar com o que certamente se tornará uma resistência mais dura do governo", disse Stern.
"Mas não são apenas os líderes políticos que têm uma decisão a tomar. Líderes do bloco europeu também precisam decidr agora qual o nível de envolvimento que eles querem com a Ucrânia, após o presidente ter repreendido violentamente um protestos pacífico."

'Sonho roubado'

A oposição acusa o presidente de roubar o sonho da Ucrânia de se aproximar da Europa.
Na semana passada, Yanykovych anunciou que estava suspendendo os preparativos para assinar o acordo com a UE, que iria abrir as fronteiras para produtos e reduzir as restrições de viagens.
Ele disse que a pressão da Rússia o levou a tomar essa decisão e alegou que a Ucrânia não poderia colocar em risco suas negociações e negócios com os russos. Moscou é contra a entrada da Ucrânia no bloco.
O presidento do Conselho da UE, Herman Van Rompuy, disse que eles estavam "muito perto" de assinar o acordo com o governo ucraniano, e acrescentou: "Precisamos superar as pressões externas."fonte:BBC Brasil/jardim das oliveiras camocim ceara

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