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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

DEPUTADOS AINDA EM CLIMA DE INDEFINIÇÃO.


Parlamentares da situação e da oposição especulam sobre as candidaturas ao Governo do Estado
Deputados estaduais cearenses estão preocupados com a possibilidade de formação de até quatro frentes principais de disputa ao Governo do Estado em outubro próximo, visto que até o momento, PROS, PMDB, PSOL e o bloco formado por PSB, PRB, PSDB e PR estão se articulando para lançar seus candidatos. De acordo com os parlamentares, a pouca representatividade nas eleições é prejudicial para os eleitores e a democracia, mas ainda assim, poucos são os que se arriscarão na disputa.

O deputado Fernando Hugo opina que quanto maior o número de candidatos nas eleições, mais democrático é o debate durante a campanha Foto: José Leomar

Para o petista Dedé Teixeira, é muito cedo para dar qualquer veredicto sobre o pleito, visto que todos os partidos ainda estão em conversação. No entanto, ele acredita que não serão quatro frentes de disputa, mas somente três. "O problema é que as chapas nacionais vão dar o norte das disputas, porque as estruturas políticas que temos vão continuar nos estados, e isso mexe muito com o jogo político nos estados", ressaltou.

Segundo disse, atualmente, os partidos se movem sem a tão prometida Reforma Política, o que prejudica as legendas, que passam a necessitar cada vez mais dos blocos políticos para se manterem. "O Congresso não tem vontade política de fazer essa Reforma. Se não for corrigido, a gente corre o risco de os partidos se aglutinarem cada vez mais em frentes para salvar seus interesses partidários", lamentou. Para Teixeira, sem Reforma, a situação vai continuar a mesma, com a formatação de alianças em prol de interesses de cada um.

Para Fernando Hugo (SDD), que deixou claro que irá apoiar o indicado do governador Cid Gomes, quanto maior o número de candidaturas na busca pelo poder, melhor será para os interesses da população no pleito democrático com disputa participativa da maioria das pessoas.

Segundo turno
Segundo disse, duas ou três candidaturas divide a população, o que não seria bom para o processo democrático vigente. "Nós, no entanto, estamos aguardando a indicação do governador porque ficou acordado que daríamos apoio à missão dele", frisou o parlamentar.

O pedetista Heitor Férrer ressaltou que quatro candidaturas já garantem a existência de um segundo turno no Ceará, o que para ele está de bom tamanho no processo eleitoral que ocorrerá este ano. Segundo ele, é importante que se tenha um segundo pleito para discutir ainda mais a problemática do Estado.

"Eu defendo que quanto mais candidatos tivermos, mais a sociedade se sentirá representada. É uma questão de caso e consequência. Mas quatro frentes força um segundo turno e isso é bom para o Estado", diz.

O PDT tem compromisso partidário com o Estado porque tem cargos e secretários no atual Governo, e, embora Férrer tenha suas convicções, e faça oposição à administração cidista, o PDT tem compromisso com a indicação a ser feita por Cid Gomes. "O caminho do PDT é apoiar o candidato apoiado pelo governador", ressaltou ele, lembrando, porém, que não estará no mesmo palanque que seus colegas de legenda.

Interessante
Para o líder do PSD na Assembleia, Nenen Coelho, se houver um rompimento na base do governador Cid Gomes, a disputa poderá ficar mais interessante. No entanto, ele defende que a existência de muitos candidatos ao pleito não implica em uma disputa de alto nível. "Às vezes podemos ter dez candidatos, mas a maioria é inexpressiva. Se for fazer um histórico, você verá que sempre foi assim, polarizado em dois candidatos", ressaltou. Segundo ele, apesar da defesa de mais quadros para a disputa, o PSD acertou que irá marchar junto com Cid Gomes e não apresentará nenhum candidato para a disputa.

"Eu acho que esses quatro candidatos já dão um leque de opção grande para a população", disse o deputado Mário Hélio (PMN). Segundo ele, com esse quadro haverá uma possibilidade de maior avaliação da administração de Cid Gomes, visto que os quadros que estão se formando são de uma oposição disposta a fazer maiores ataques à atual gestão e uma possível candidatura de um aliado.

O deputado Júlio César Filho (PTN), por outro lado, disse que acredita e torce para manutenção da aliança entre Cid Gomes e todos os partidos que fazem parte do bloco que elegeu o governador, incluindo aí PT e PMDB. Segundo disse, o senador Eunício Oliveira tem o direito a aceitar o convite de todas as legendas e lançar uma candidatura própria, mas para Júlio César, a ideia é que todos os partidos marchem juntos.

"Eu acho que serão apenas três frentes. Porém, acredito que para uma democracia saudável e madura, e para colocar um nome razoável de candidatos, seria interessante termos mais nomes para a escolha da população", salientou. No entanto, quando questionado se o seu partido não estaria disposto a lançar um nome, o parlamentar disse que seguirá "marchando" com o governador Cid Gomes. Como os demais aliados, Júlio César aguarda a manifestação do governador que, como ele próprio afirma, só acontecerá entre os meses de maio e junho. 

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