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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

FENÔMENO METEOROLÓGICO PROVOCA CHUVA NO NORDSTE DO BRASIL.

fonte:Tribuna do Norte/jardim das oliveiras camocim ceara
São Paulo – Uma área de instabilidade proveniente da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é a causa das chuvas que estão caindo desde sábado passado no Ceará. A explicação foi dada ontem pela Climatempo, especializada em previsões e acompanhamento das condições climáticas para diversas empresas e veículos de comunicação social do Brasil. “Voltou a chover em várias áreas do Ceará, até com forte intensidade. Pela manhã, o radar meteorológico operado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos detectava chuva no interior e no litoral”, informa boletim divulgado ontem à tarde.
sidney costa / arquivo tnUsado para reforçar abastecimento de 16 mil domicílios em Caicó, Itans está praticamente secoUsado para reforçar abastecimento de 16 mil domicílios em Caicó, Itans está praticamente seco

Segundo a Climatempo, a Zona de Convergência “um sistema meteorológico típico do verão no Brasil, é responsável por grande parte da chuva que ocorre no Ceará e em outros Estados do Nordeste” durante a estação chuvosa no semiárido da região. Mas a deficiência de água no Ceará é muito grande e essa chuva não vai acabar com a seca.”

A Funceme registrava, no final da tarde de ontem, chuvas em 84 municípios, a maior parte delas, um simples sereno, mas houve precipitações acima de 40 milímetros em sete localidades: Itapipoca (74.2 mm), Reriutaba (57), Acopiara (56), Maranguape (50), Pacuja (46), Iguatu (43) e Arneiroz (40.8). Em Tauá, choveu forte, acumulando 25 milímetros entre 7h e 8h local, pela medição do Instituto Nacional de Meteorologia. O acumulado entre 6h e 9h foi de 33 mm. 

“No decorrer desta semana, as áreas de instabilidade da ZCIT vão continuar atuando sobre o Nordeste espalhando a chuva principalmente entre Maranhão e Paraíba”, informa a Climatempo. As chuvas, esclarecem os meteorologistas, não configuram a chegada do inverno no sertão nordestino. No início de novembro e em meados de dezembro do ano passado também houve um período de chuvas semelhante ao de agora, provocado por outro fenômeno meteorológico passageiro: o vórtice ciclônico.

No Rio Grande do Norte, a Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn) registrou a ocorrência de chuvas em 12 postos, a maior delas em Baía Formosa (25.1 mm). Em Senador Georgino Avelino foram 19,6 milímetros e em Santana do Matos 14,5. Chuvas passageiras ocorreram em Carnaúba dos Dantas, Japi, Monte Alegre, Passa e Fica, Maxaranguape, Nisia Floresta, Montanhas e Natal.

A situação dos reservatórios é a que mais preocupa. De acordo com a última medição feita pela Secretaria de Recursos Hídricos, as barragens, açudes e lagoas usadas pelo sistema de abastecimento de água estão com apenas 1,77 bilhão de um total de 4,98 bilhões de metros cúbicos. Muitos já secaram. Em Caicó, o Itans está com 10 milhões de metros cúbicos, 8% da capacidade, que é de 81 milhões.

Imagens de satélite das 18 horas mostravam forte nebulosidade no norte do Piauí, em todo o território cearense, no oeste da Paraíba e nas mesorregiões oeste e central do Rio Grande do Norte. 

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