Mulher de 25 anos chegou a ser operada na Santa Casa de Franca, diz pai.
Secretaria de Saúde informou que vai abrir sindicância para apurar o caso.
Familiares de uma jovem de 25 anos, morta na madrugada desta quinta-feira (9), acusam a Prefeitura e a Santa Casa de Franca (SP) de negligência. Segundo o pai da vítima, a auxiliar administrativo Luara Prieto Ribeiro morreu depois de submeter-se a uma cirurgia no hospital. Antes do procedimento, no entanto, a jovem teria passado pelo Pronto-Socorro "Dr. Álvaro Azzuz" oito vezes. Sem um diagnóstico específico, a família da vítima registrou um boletim de ocorrência por morte suspeita.
A Secretaria de Saúde informou que abriu uma sindicância para apurar o caso. A Santa Casa também investiga se houve falha no atendimento à paciente.
"Todas as vezes que ela foi [ao pronto-socorro], os médicos falavam para ela tomar um remédio qualquer. Um dava antibiótico e o outro tirava. No dia 23 de dezembro, ela foi internada. Saiu do hospital no dia 26. Teve alta com dores ainda. Eu fiquei na Santa Casa com ela. Num primeiro momento teve junta médica, muita conversa e pouca ação. Ninguém sabia dizer o que minha filha tinha", conta.Segundo o pai de Luara, o empresário Silson Ribeiro da Silva, a jovem começou a se queixar de dores abdominais no dia 15 de dezembro. No pronto-socorro municipal, Luara foi medicada e posteriormente liberada. As dores, no entanto, permaneceram. De acordo com Silva, a filha voltou ao pronto-socorro outras sete vezes, até ser encaminhada para internação na Santa Casa.
No dia 31 de dezembro, Luara voltou a passar mal e foi novamente encaminhada para a Santa Casa. Segundo Silva, a jovem fez uma endoscopia no dia 3 de janeiro, e passou por uma cirurgia na segunda-feira (6). Do centro cirúrgico, Luara foi direto para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) da Santa Casa. "A cirurgia era para levar três horas. Demorou oito. Chegando lá ela teve uma parada cardíaca de dois minutos. Ela foi ressuscitada e continuou no CTI", diz.
O empresário conta que depois da cirurgia continuou sem respostas sobre o diagnóstico da filha. "Eu ia conversando, perguntando e ninguém me dava resposta. Só falavam que era um caso sério", afirma. Na noite desta quarta-feira (8), Luara não resistiu e morreu.
Indignado, Silva registrou um boletim de ocorrência. Para o empresário, houve negligência no atendimento. "Tenho certeza que se ela tivesse sido atendida desde a primeira vez, ela ainda estaria comigo. Minha filha morreu porque o pronto-socorro não deu nenhuma assistência. Não fez um exame de sangue. Mataram minha filha. Era minha estrela, minha vida", diz.
Abertura de sindicância
A Secretaria de Saúde de Franca abriu sindicância interna na pasta e na Santa Casa para apurar o caso. "Vamos apurar a realidade do caso para que possamos dar uma resposta à família da jovem, bem como a abertura de uma sindicância junto ao comitê de ética médica", afirma a secretária Rosane Moscardini.
A Secretaria de Saúde de Franca abriu sindicância interna na pasta e na Santa Casa para apurar o caso. "Vamos apurar a realidade do caso para que possamos dar uma resposta à família da jovem, bem como a abertura de uma sindicância junto ao comitê de ética médica", afirma a secretária Rosane Moscardini.
De acordo com Rosane, o diagnóstico do primeiro atendimento da paciente aponta que Luara tinha uma infecção de urina.
A Santa Casa de Franca informou que também investiga se houve falha no atendimento à paciente.
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