Doze homens foram mortos em um período de cinco horas, em Campinas.
No bairro Vida Nova, onde cinco foram assassinados, clima é de tensão.
Uma semana após a sequência de 12 mortesem cinco bairros de Campinas (SP), moradores do bairro Vida Nova, onde ocorreu uma das chacinas com cinco assassinados, relataram medo, pediram justiça e mencionaram uma espécie de "toque de recolher" depois do fim da tarde. As pessoas voltam para as casas delas pouco antes de escurecer, não à força, mas por apreensão. As vítimas foram executadas durante a noite e madrugada, parte delas em frente as próprias residências.
"O bairro, depois do que aconteceu as chacinas, mudou tudo. A partir das 8h [da noite] você não vê ninguém. É tipo toque de recolher.", disse um morador que vestia uma camiseta com a foto do amigo Diego Dias Coelho, uma das vítimas dos homicídios. A Polícia Civil investiga a hipótese da participação de policiais militares nas execuções. A ação seria em vingança ao assassinato de um integrante da corporação durante um assalto horas antes do início da sequência de crimes. Outra possibilidade apurada é uma disputa de gangues rivais.
'Lembra do pai e chora'
"Uns tinham passagem, uns estavam regenerando, iam trabalhar até de servente", relatou ele sobre os cinco assassinados no bairro. Coelho tinha 24 anos, era entregador, e foi morto em frente a casa onde morava. Ele deixou um enteado de 9 anos e uma filha de 7 anos. "Eu olhei para a menina e ela lembra do pai, ela chora.", afirmou o amigo. A polícia não disse quais das vítimas possuíam ficha e por quais crimes, mas a informação é que cinco sequer tinham passagem.
'Lembra do pai e chora'
"Uns tinham passagem, uns estavam regenerando, iam trabalhar até de servente", relatou ele sobre os cinco assassinados no bairro. Coelho tinha 24 anos, era entregador, e foi morto em frente a casa onde morava. Ele deixou um enteado de 9 anos e uma filha de 7 anos. "Eu olhei para a menina e ela lembra do pai, ela chora.", afirmou o amigo. A polícia não disse quais das vítimas possuíam ficha e por quais crimes, mas a informação é que cinco sequer tinham passagem.
Nas entrevistas, moradores também mencionam preocupação porque os suspeitos pelo assassinato ainda não foram identificados. "[Tem toque de recolher] entre nós mesmo. Porque a gente fica com medo.", afirmou uma dona de casa que preferiu não ser identificada. Segundo ela, o clima no Vida Nova é "tenso". "Esperamos justiça, que peguem os culpados.", disse.
Investigação
A investigação do caso é conduzida por delegados de Campinas e do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo. Segundo o promotor que acompanha as investigações, Ricardo Silvares, até esta sexta-feira (17) 36 depuseram. Entre essas pessoas estão sete policiais militares, além de guardas municipais e moradores dos bairros onde ocorreram os crimes.
A investigação do caso é conduzida por delegados de Campinas e do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo. Segundo o promotor que acompanha as investigações, Ricardo Silvares, até esta sexta-feira (17) 36 depuseram. Entre essas pessoas estão sete policiais militares, além de guardas municipais e moradores dos bairros onde ocorreram os crimes.
A Polícia Civil também trabalha com a possibilidade de haver uma 13ª vítima da sequência de homicídios. Joab Gama das Neves, que faria 18 anos neste sábado, foi baleado na cabeça na noite de domingo (12) e faleceu na quinta-feira (16) no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp. O delegados investigam se o caso dele tem conexão com as outras execuções.
Sequência de mortes
As mortes ocorreram em um périodo de cinco horas, entre a noite de domingo (12) e a madrugada de segunda-feira. A primeira foi às 20h30, no Residencial Cosmos. A oito quilômetros de distância, às 23h20, quatro pessoas foram mortas na primeira chacina, no bairro Recanto do Sol, uma delas menor de idade. Dez minutos depois, mais uma morte, agora no Parque Universitário. Às 23h40, o grupo fez cinco vítimas em um único bairro, na segunda chacina da série, no Vida Nova. A última morte aconteceu, a 3,5 km dali, a 1h48 da madrugada no Jardim Vista Alegre.
As mortes ocorreram em um périodo de cinco horas, entre a noite de domingo (12) e a madrugada de segunda-feira. A primeira foi às 20h30, no Residencial Cosmos. A oito quilômetros de distância, às 23h20, quatro pessoas foram mortas na primeira chacina, no bairro Recanto do Sol, uma delas menor de idade. Dez minutos depois, mais uma morte, agora no Parque Universitário. Às 23h40, o grupo fez cinco vítimas em um único bairro, na segunda chacina da série, no Vida Nova. A última morte aconteceu, a 3,5 km dali, a 1h48 da madrugada no Jardim Vista Alegre.
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