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sábado, 24 de maio de 2014

CEARÁ EXPORTA NOVA CARGA DE MINÉRIO PARA A CHINA.

83,2 MIL TONELADAS

A previsão é que o navio com o produto siga para a cidade chinesa de Xingang na próxima terça-feira


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Com capacidade de carga de 94 mil toneladas, o navio Harm, de bandeira liberiana, encontra-se ancorado no terminal portuário do Pecém, onde, há uma semana, vem sendo carregado com dois tipos de minérios: Lumps e Fines
FOTO: DIVULGAÇÃO
O Ceará embarca na próxima semana mais um carregamento de 83,2 mil toneladas de minérios de ferro, extraídos e beneficiados pela empresa Globest, em Quiterianópolis, no Interior cearense. Com capacidade de carga de 94 mil toneladas, o navio Harm, de bandeira liberiana, encontra-se ancorado no terminal portuário do Pecém, onde, há uma semana, vem sendo carregado com dois tipos de minérios: Lumps e Fines.
A previsão, caso não chova, é que o navio siga viagem na próxima terça-feira, com destino à cidade de Xingang, na China, hoje um dos maiores importadores de ferro e aço do mundo. O trajeto leva 30 dias. Esta é a segunda exportação de minério de ferro, deste ano, extraído de solo cearense e a décima realizada por meio do terminal portuário de Pecém, desde de 2010.
Com mais esse carregamento, já são171,25 mil toneladas de minério de ferro exportados do Ceará para a China, somente em 2014. Em janeiro último, foram 88,055 mil toneladas. De 2010, até agora, o volume exportado soma 710.318 toneladas. As informações foram confirmadas nesta semana pelo diretor de Infraestrutura e Desempenho Operacional da Cearáportos, Waldir Frota Sampaio.

Logística
Segundo ele, o minério chega ao porto por meio ferroviário e vem sendo armazenado, ao longo de três a quatro meses, em área próxima ao terminal, até que seja completada a carga para exportação. Do depósito da Globest, o minério segue em caminhões caçamba até o pier de carga, onde o minério é despejado em no "ship loader" - uma máquina acoplada a uma correia transportadora que leva a carga direto para o porão do navio.
Para agilizar o processo, explica o engenheiro da Cearáportos, Paulo Barbosa, outra parte da carga é despejada no próprio píer, de onde é alçada por uma concha de guindaste, para os porões da embarcação. Conforme acrescentou Waldir Sampaio, com a expansão das atividades da Globest, a perspectiva da empresa é de embarque de outras 80 mil toneladas de minério de ferro, a cada dois meses, até o fim do ano.
A direção da própria Globest confirma a expectativa de viabilizar a exportação de 1,5 milhão de toneladas de minério de ferro por ano, a partir de 2014. Atualmente a Globest é parceira da Prosperity, um grupo com negócios em vários países do mundo, com ações nas Bolsas de HK, Shanghai, Londres e Toronto, e é o principal fornecedor de minério de ferro para siderúrgicas no mercado asiático.
Fluxo lento
Com problemas no fluxo de desembarque de cargas gerais no Porto do Pecém, provocadas, sobretudo, pelo grande volume de máquinas, equipamentos e peças importadas pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), a Cearáportos disse ontem, que ainda aguarda o plano de retirada das cargas dos pátios e retro áreas por parte da CSP.
"Estamos todos trabalhando nesse sentido, mas ainda aguardamos a apresentação de um plano exequível", respondeu Waldir Sampaio.
Em 22 de abril último, o Diário do Nordeste já alertava, com exclusividade, para a lentidão no desembarque e na destinação de cargas do terminal para os armazéns e depósitos de algumas empresas importadoras. O problema vem gerando filas de navios, alguns ainda fundeados na costa do Pecém, à espera de píeres para atracação. "Estamos passando por um período de congestionamento (de cargas) no porto", confirma o engenheiro Paulo Barbosa.
Alfândega
A Receita Federal também prometeu criar uma "força-tarefa", com a colocação de mais três fiscais alfandegários, trabalhando 24 horas por dia, por um período de três meses, como forma de agilizar o desembaraço das cargas e agilizar o descarregamento. A medida que deveria ter sido iniciada no último dia 12, ainda não está sendo operada em sua plenitude.
Segundo o superintende da 3ª Região Fiscal da Receita, Moacir Mondardo, os fiscais já estariam à disposição no porto, "mas creio que ainda não chegamos a um ritmo desejável", por problemas de logística portuária. "Esse é um esforço emergencial (da Receita) que deve durar uns dois meses", disse. A reportagem procurou a CSP ao longo da semana, mas não obteve retorno.

Carlos Eugênio
Repórter

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