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sábado, 12 de julho de 2014

FELIPÃO DIZ QUE CABE AO PRESIDENTE DA CBF DECISÃO SOBRE PERMANÊNCIA NA SELEÇÃO BRASILEIRA

ENTREVISTA COLETIVA
Estadão Conteúdo | Tempo da Notícia

Técnico usa título de 2013 e quarto lugar para mascarar vexame na Copa do Mundo

Felipão
Neste sábado (12), o Brasil perdeu de 3 a 0 para a Holanda e ficou com o quarto lugar
AGÊNCIA REUTERS
Desde 1974 o Brasil não perdia duas partidas em um Mundial. Em todos os 100 anos de história, a seleção nunca havia levado uma goleada como a de 7 a 1 diante da Alemanha. A zaga é a pior das Copas. Mas o torcedor brasileiro pode ficar tranquilo, afinal este grupo foi campeão da Copa das Confederações. O discurso, polêmico, foi utilizado pelo técnico Luiz Felipe Scolari na despedida do Brasil da Copa, após derrota por 3 a 0 para a Holanda, na decisão do terceiro lugar.
Perguntado na entrevista coletiva pós-jogo se precisava se reciclar, Felipão fez pouco caso. "Eu? Há um ano eu ganhei a Copa das Confederações. Quando tu ganha, eles (europeus) teriam que vir ao Brasil se reciclar? Em determinado momento uma equipe acaba sendo superior. Em um ano e meio ganhamos a Copa das Confederações e ficamos entre as quatro melhores do mundo", defendeu-se o treinador.
Decisão sobre permanência de Felipão na seleção fica com Marin
 
 
 
Apesar do desempenho vexatório na Copa, Felipão não abre mão de treinar a seleção. Mesmo quando perguntado se sentia-se um treinador preparado para comandar a reformulação na equipe para o Mundial de 2018, Scolari reafirmou que essa decisão é do presidente da CBF, José Maria Marin. "Como já tínhamos combinado, no encerramento da competição entregaríamos o cargo à direção. Era o combinado, ganhando ou perdendo, entregar o cargo ao nosso presidente. Ele tem a grande capacidade de fazer a análise do que deve fazer."
Felipão voltaria a usar a Copa das Confederações como argumento para defender o time que levou o Brasil à sua pior atuação em uma Copa do Mundo, exatamente em casa. "Essa geração tem nada que ficar marcada (pelo vexame). Vai ficar marcada porque venceu a Copa das Confederações, mas perdeu o Mundial. Vai ficar marcada como a geração que começou uma etapa para 2018 com uma classificação entre os quatro", reforçou.
O treinador sequer reconheceu que o Brasil fez uma Copa do Mundo decepcionante. "Os objetivos foram atingidos à medida que fomos passando de fase. Não tivemos grande atuação. Tivemos momentos muito bons durante as partidas e conseguimos os objetivos. Os seis minutos aconteceram", disse, citando mais uma vez aquilo que o treinador entende ter sido uma "pane" de seis minutos, nos quais a Alemanha fez quatro gols.
Na análise de Felipão, o que deve ser levado da Copa do Mundo é a posição final: o quarto lugar. "Tenho que ver o lado positivo. Em 2006 não chegamos entre os quatro, em 2010 não chegamos entre os quatro, em 2014 chegamos entre os quatro."

Mais elogios a equipe
O torcedor que se irritou com a atuação da seleção brasileira na derrota diante da Holanda, por 3 a 0, neste sábado, em Brasília, pensa diferente do técnico da equipe, Luiz Felipe Scolari. Após a partida, em entrevista coletiva, o treinador fez questão de elogiar a equipe e, ironicamente, culpar a arbitragem pelo resultado. 
"Era para ser um jogo muito equilibrado, tomamos o gol muito cedo. Não jogamos mal na minha opinião. Os jogadores merecem ser valorizados pelo que fizeram", disse Felipão, que elogiou principalmente a disposição do time em buscar o resultado. "Não vejo no jogo de hoje (sábado) como criticar a equipe que perdeu, mas teve uma desenvoltura, jogou bem, foi atrás do resultado. Não fizeram um jogo ruim para perder por 3 a 0. Não tenho que criticá-los hoje (sábado) também", destacou. 
O treinador foi irônico sempre que comentou os erros do árbitro, que deu pênalti de Thiago Silva quando a falta foi fora da área e não viu um impedimento no lance que originou o segundo gol holandês.
"Dizem que foi impedimento, não sei. Porque parece que quando é para o Brasil a gente não vê direito", comentou o treinador, que depois reclamou que as críticas da imprensa sobre o pênalti mal marcado sobre Fred, na abertura da Copa, fizeram os árbitros ficarem contra a seleção. 
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