Também detido, ele iria registrar o menino como filho biológico, diz delegado.
Jovem disse à polícia que tentou desistir da venda, mas foi ameaçada.
Uma jovem de 24 anos foi presa suspeita de vender o próprio bebê recém-nascido a um empresário, de 43 anos, que iria registrar o menino como seu filho biológico. Os dois foram detidos no domingo (24), emAparecida de Goiânia, na Região Metropolitana, no momento em que a garota deixava o hospital onde teve o bebê.
De acordo com a Polícia Civil, o homem pagou, pelo menos, R$ 5 mil pela criança, valor comprovado até a tarde desta segunda-feira (25) por meio de depósitos bancários.
O caso foi registrado no 1º Distrito Policial. Segundo o titular da unidade, Tiago Martimiano, a mãe confessou o crime. Autuada em flagrante por vender o menino mediante pagamento, a jovem foi libertada após pagar fiança de R$ 2.127. Ela não revelou quem é o pai da criança, que foi encaminhada ao Conselho Tutelar de Nerópolis, onde a mãe mora.
Já o homem, conforme o delegado, confirmou à polícia que ia ficar com o recém-nascido, mas negou que fosse comprá-lo. “Minha esposa não engravida. A tia dessa moça, dizendo que ela estava grávida e já tinha uma criancinha de colo, disse que ela ia abortar. Eu disse aborta não que eu cuido", alegou o empresário Airton Angotti.
O empresário foi autuado em flagrante por tentar registrar a criança como sendo dele. Segundo o delegado, esse crime é inafiançável e ele está à disposição do Poder Judiciário. Ele também responderá por ameaça.
Negociação
A criança nasceu no último dia 22, em Aparecida de Goiânia. O caso só foi descoberto por causa de uma denúncia anônima na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que acionou o Conselho Tutelar de Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia. O órgão acompanhou a gestação e, em parceria com o Ministério Público Estadual e a Polícia Militar, montou o flagrante no domingo.
A criança nasceu no último dia 22, em Aparecida de Goiânia. O caso só foi descoberto por causa de uma denúncia anônima na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que acionou o Conselho Tutelar de Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia. O órgão acompanhou a gestação e, em parceria com o Ministério Público Estadual e a Polícia Militar, montou o flagrante no domingo.
Segundo a polícia, o empresário vive com a esposa em Alvorada do Tocantins (TO), mas possui uma empresa em Aparecida de Goiânia, onde ocorreu o parto. O delegado explicou que um vizinho da garota aliciou a criança: “Ele disse ao empresário que a jovem tinha uma gestação indesejada. Como o empresário e a esposa não conseguiam ter filhos, ele, através do aliciador e da mãe da jovem, negociou o bebê”.
Em depoimento à polícia, a mãe contou que tentou desistir da venda, mas o empresário a ameaçou. O delegado possui comprovantes bancários de depósitos feitos pelo homem periodicamente na conta da jovem.
Conforme a investigação, o suspeito se apresentou como pai da criança no hospital onde ocorreu o parto. “Ele estava se passando por pai do menino para depois registrar o bebê no nome dele. Posteriormente, possivelmente, ele ia pedir a guarda do filho na Justiça e ficar com a criança”, disse o delegado.
Até o início da tarde desta segunda-feira (25), o empresário continuava detido no 1º DP, mas ele será transferido para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
O caso será transferido para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Tiago informou que a mãe da jovem e o aliciador também devem ser investigados.https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3926392783764741131#editor/target=post;postID=3523434624530607525
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