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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A SANTA MISSA DOS FINADOS DESTE DOMINGO DIA 02 DE NOVEMBRO DE 2014.

 Comemoração dos Fiéis Defuntos
Neste dia ressoa em toda a Igreja o conselho de São Paulo para as primeiras comunidades cristãs: “Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos mortos, para que não vos entristeçais como os outros que não tem esperança” ( 1 Tes 4, 13).
Sendo assim, hoje não é dia de tristezas e lamúrias, e sim de transformar nossas saudades, e até as lágrimas, em forças de intercessão pelos fiéis que, se estiverem no Purgatório, contam com nossas orações.
O convite à oração feito por nossa Mãe Igreja fundamenta-se na realidade da “comunhão dos santos”, onde pela solidariedade espiritual dos que estão inseridos no Corpo Místico, pelo Sacramento do Batismo, são oferecidas preces, sacrificios e Missas pelas almas do Purgatório. No Oriente, a Igreja Bizantina fixou um sábado especial para orações pelos defuntos, enquanto no Ocidente as orações pelos defuntos eram quase geral nos mosteiros do século VII; sendo que a partir do Abade de Cluny, Santo Odilon, aos poucos o costume se espalhou para o Cristianismo, até ser tornado oficial e universal para a Igreja, através do Papa Bento XV em 1915, pois visava os mortos da guerra, doentes e pobres.
A Palavra do Senhor confirma esta Tradição pois “santo e piedoso o seu pensamento; e foi essa a razão por que mandou que se celebrasse pelos mortos um sacrifício expiatório, para que fossem absolvidos de seu pecado” (2 Mc 2, 45). Assim é salutar lembrarmos neste dia, que “a Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados” (Catecismo da Igreja Católica).
Portanto, a alma que morreu na graça e na amizade de Deus, porém necessitando de purificação, assemelha-se a um aventureiro caminhando num deserto sob um sol escaldante, onde o calor é sufocante, com pouca água; porém enxerga para além do deserto, a montanha onde se encontra o tesouro, a montanha onde sopram brisas frescas e onde poderá descansar eternamente; ou seja, “o Céu não tem portas” (Santa Catarina de Gênova), mas sim uma providencial ‘ante-sala’.
“Ó meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno. Levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem! Amém!”


02.11.2014
COMEMORAÇÃO DOS FIÉIS DEFUNTOS - 31º DTC — ANO A
ROXO OU PRETO, PREFÁCIO DOS MORTOS – OFÍCIO PRÓPRIO )
__ “Na casa de meu Pai há muitas moradas” __
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos, hoje, a salvação divina com a fé e a esperança misturada à saudade de parentes e amigos que nos precederam na morte. Diante do mistério da morte, por mais dolorida que seja a separação, como cristão não desesperamos, mas nos tornamos serenos, silenciosos e respeitosamente confiamos que a serenidade e o silêncio sejam preces agradáveis aos olhos de Deus. Sabemos, como cristãos, que a morte não é o fim de tudo, mas apenas o começo de um novo modo de existir fundamentado no amor e na paz que se encontra eternamente em Deus.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Hoje comemoramos todos os fiéis defuntos, nossos irmãos e irmãs batizados que já partiram desta vida e morreram na esperança da ressurreição. Entre eles estão nossos parentes, amigos e benfeitores. Rezemos também por todos os falecidos, cuja fé só Deus conhece e cuja esperança é cheia de imortalidade.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: A certeza na ressurreição e de que um dia estaremnos todos reunidos na casa do Pai, onde há muitas moradas, é que nos faz aceitar a realidade da passagem desta vida para a eternidade, onde regozijaremos na Glória do Pai.
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo, entoemos cânticos jubilosos ao Senhor!

CERTEZA DA RESSURREIÇÃO
Antífona da entrada: Como Jesus morreu e ressuscitou, Deus ressuscitará os que nele morreram. E, como todos morrem em Adão, todos em Cristo terão a vida (1Ts 4,14; 1Cor 15,22).
Oração do dia
Ó Deus, escutai com bondade as nossas preces e aumentai a nossa fé em Cristo ressuscitado, para que sejam mais via a nossa esperança na ressurreição dos vossos filhos e filhas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: Nossa vida poderá ser comparada a uma grande viagem que termina na hora da morte. O modo do cristão prosseguir nessa viagem ilumina-se na fé e na esperança, que alimenta a certeza, de um dia viver plenamente no santuário eterno, como nos prometeu Jesus. Ouçamos a Palavra de Deus, que ilumina a vida presente e dá certeza da ressurreição e da vida eterna.
Primeira Leitura (Jó 19,1.23-27)
Leitura do livro de Jó.
19 1 Jó respondeu então nestes termos:
23 “Oh!, se minhas palavras pudessem ser escritas, consignadas num livro,
24 gravadas por estilete de ferro em chumbo, esculpidas para sempre numa rocha!
25 Eu o sei: meu vingador está vivo, e aparecerá, finalmente, sobre a terra.
26 Por detrás de minha pele, que envolverá isso, na minha própria carne, verei Deus.
27 Eu mesmo o contemplarei, meus olhos o verão, e não os olhos de outro; meus rins se consomem dentro de mim”.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 26/27
O Senhor é minha luz e salvação.
O Senhor é minha luz e salvação;
De quem eu terei medo?
O Senhor é a proteção da minha vida;
Perante quem eu tremerei?
Ao Senhor eu peço apenas uma coisa,
E é só isto que eu desejo:
Habitar no santuário do Senhor
Por toda a minha vida;
Saborear a suavidade do Senhor
E contempla-lo no seu templo.
Ó Senhor, ouvi a voz do meu apelo,
Atendei por compaixão!
É vossa face que eu procuro.
Não afasteis em vosso ira o vosso servo,
Sóis vós o meu auxílio!
Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver
Na terra dos viventes.
Espera no Senhor e tem coragem,
Espera no Senhor!
Segunda Leitura (Romanos 5,5-11)
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.
5 5 Irmãos, a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.
6 Com efeito, quando éramos ainda fracos, Cristo a seu tempo morreu pelos ímpios.
7 Em rigor, a gente aceitaria morrer por um justo, por um homem de bem, quiçá se consentiria em morrer.
8 Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.
9 Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.
10 Se, quando éramos ainda inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, com muito mais razão, estando já reconciliados, seremos salvos por sua vida.
11 Ainda mais: nós nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por quem desde agora temos recebido a reconciliação!
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
É esta a vontade de quem me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele meu deu, mas que eu os ressuscite no último dia (Jo 6,39).

EVANGELHO (João 6,37-40)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
6 37 Disse Jesus: “Todo aquele que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim não o lançarei fora.
38 Pois desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
39 Ora, esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia.
40 Esta é a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele crê, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, as nossas oferendas por nossos irmãos e irmãs que partiram, para que sejam introduzidos na glória com Cristo, que une os mortos e os vivos no seu mistério de amor. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor. Aquele que crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre (Jo 11,25s).
Depois da comunhão
Fazei, ó Pai, que os vossos filhos e filhas, pelos quais celebramos este sacramento pascal, cheguem à luz e à paz da vossa casa. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (FINADOS)
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FORMAÇÃO LITÚRGICA
ANOTAÇÕES PARA O DIA DE FINADOS
1. Neste dia, não se ornamenta o altar com flores; e o toque do órgão e de outros instrumentos só é permitido para sustentar o canto.
2. Aos que visitarem o cemitério entre os dias 1º e 8 de novembro e rezarem, mesmo que só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos. Quem está em pecado deve se confessar, comungar e rezar na intenção do Santo Padre.
3. Ainda neste dia, em todas as igrejas, igualmente lucra-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: visitação à igreja, durante a qual se deve rezar o Pai nosso e Creio, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração na intenção do Sumo Pontífice.
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto:
http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 03 A 09 DE NOVEMBRO DE 2014:
2ª Br - Fl 2,1-4; Sl 130 (131); Lc 14,12-14
3ª Br - Fl 2,5-11; Sl 21 (22); Lc 14,15-24
4ª Vd - Fl 2,12-18; Sl 26 (27); Lc 14,25-33
5ª Br - Fl 3,3-8a; Sl 104 (105); Lc 15,1-10
6ª Br - Fl 3,17-4,1; Sl 121 (122); Lc 16, 1-8
Sb Vd - Fl 4,10-19; Sl 111 (112); Lc 16,9-15
Dm Br - DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DO LATRÃO - Ez 47,1-2.8-9.12; Sl 45 (46); 1Cor 3,9c-11.16-17; Jo 2,13-22
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. OS QUE MORRERAM EM CRISTO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
(Uma palavrinha sobre Finados)
Pouco se falava em ressurreição dos mortos no Antigo Testamento, a não ser em uma linguagem figurativa, na verdade algo incomodava a crença dos judeus, O Deus todo Poderoso da Aliança, não tinha nenhum domínio sobre o Xeol, Mansão dos Mortos.
Jó em meio ao sofrimento irá reafirmar a sua fé e esperança ao dizer “Eu sei que o meu Redentor está vivo”, os irmãos macabeus, diante da opressão helenista, ameaçados de perder a vida, encorajados pela própria mãe, afirmarão a crença em um Deus que irá restaurar seus corpos mortais, mas é o profeta Ezequiel que chegará mais perto, nesse sonho de uma vida no pós-morte, com o seu clássico texto da visão dos ossos secos, e mesmo assim, a exegese deixa claro que se tratava de um encorajamento ao povo exilado, lembrando-os que o Deus da Aliança não é indiferente ao sofrimento, e que irá trazê-los de volta, seria uma ressurreição de idéias, vida nova e animo novo, cobrindo a secura dos sonhos de liberdade, mortos pelo poder Babilônico. De qualquer forma, o profeta vislumbra uma nova pátria, um retorno á Deus e a vida.
Esse Deus dos vivos e dos mortos, vencedor da escuridão, que oferece a libertação dos grilhões da morte, ganha um nome e um rosto, deixa de ser um sonho, e no mistério da encarnação e desvenda o Xeol, estendendo sobre ele o seu domínio, não mais só nos horizontes da Religião de Moisés, mas em sentido universal, a partir de Jesus, nunca mais a morte terá a última palavra.
Porém, no caminhar do homem por esta vida, em busca dessa terra prometida, não mais restrita aos limites geográficos, o momento da morte aparenta ser uma grande tragédia, o homem tem medo do desconhecido, aquilo que seus sentidos não experimentaram, que nenhum olho humano viu, nem o ouvido escutou, ainda permanece como um grande mistério impenetrável pela compreensão humana.
A Fé na ressurreição não é a crença em algo ilógico, irreal, obscuro, o cristão não crê numa possibilidade de vida após a morte, ele tem a certeza, porque Cristo percorreu esse mesmo caminho, o caminho do esmagamento, de um corpo destruído, arrebentado, e que em um momento real e histórico, experimentou na cruz a inércia da morte, sua musculatura enrijeceu, seus olhos se fecharam seus órgãos, como todo o resto do seu corpo, em processo hemorrágico violento, por causa das chagas, perdeu totalmente a sua força, seus pulmões não tinham mais o ar vital, e seu coração humano, dilacerado pela lança que o traspassou, interrompeu sua função de bombear sangue para aquele corpo na juventude dos 33 anos, e aquele corpo do jovem Galileu foi sepultado, por um gesto piedoso de José de Arimatéia.
Jesus de Nazaré percorreu esses mesmos caminhos, que desembocam na fatalidade da morte biológica, que ninguém quer, e da qual todos têm medo. Mas há na vida do cristão algo fascinante, quando tudo parece tenebroso e a derrota parece eminente, quando a escuridão parece que vai nos tragar, eis que sucede um encontro único, imemorável, indescritível: Deus e Homem se encontram, para sacramentar a eterna aliança, selada pelo Cordeiro. Eis que o novo Adão é acolhido com festa na casa paterna, com a dignidade de Filho, herdeiro dos tesouros do céu, guardados por Deus desde os primórdios da Criação.
Finados é dia de lembrar com intensa alegria, os entes queridos, que morreram em Cristo, configurados a ele pelo Batismo, e confirmados Nele pela Crisma. Finados é dia de juntar nossas vozes com as vozes eternas das Igrejas Triunfante e Padecente, para em um único louvor, bendizer o Dom da vida, derramado pelo Espírito em nossos corações. A morte é passagem, transformação, abertura de um Novo Horizonte, jamais vislumbrado pelo homem. Morte é demolir a velha casa, a tenda judiada pelas chuvas, ventos e temporais dessa vida, mudando-nos para a casa nova, permanente, onde pode se desfrutar da plenitude do amor Divino.
“Fiquei feliz quando me disseram, vamos à casa do Senhor!”. Que nosso choro se transforme em risos, nossos prantos em belas canções. Aquilo que chorando semeamos, iremos colher sorrindo. Na luz da fé, as covas transformam-se em berços, onde nasce a verdadeira Vida, aquela que Cristo nos antecipa, à luz da Fé, emergindo das águas do Batismo.
"Que as almas de todos os fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus descansem em paz. Amém".
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. O sopro de Deus faz viver para além da morte
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
O fundamento da fé da Igreja é a ressurreição de Jesus Cristo. A celebração da memória de todos os fiéis defuntos é ocasião de suplicar a Deus a graça da fé na ressurreição de Cristo, condição para crermos na Páscoa eterna daqueles que já partiram deste mundo. É por essa razão que, neste dia de finados, a Igreja nos oferece esse trecho do capítulo 11 de João, que é uma catequese sobre a ressurreição.
Nosso relato (Jo 11,1-45) é o sétimo e último sinal que Jesus realiza. Isso significa que ele é a plenitude dos sinais. A finalidade dos sinais, como de todo o evangelho, é conduzir os discípulos, o leitor do evangelho, nós todos, à fé em Jesus Cristo (cf. Jo 20,30-31). Com esse relato, o autor do evangelho prepara o leitor para entrar com esperança nos relatos da paixão, morte e ressurreição de Jesus.
O sopro de Deus faz viver para além da morte. No centro do texto do evangelho, trecho que não lemos neste dia, está a afirmação de Jesus a Marta: “Eu sou a ressurreição e a vida” (v. 25). É pela fé que se participa dessa vida nova, transfigurada.
A pergunta que provoca e desafia a fé de Marta e a nossa fé é a seguinte: “Crês nisto?” (v. 26). Marta responde afirmativamente, pois ela é no relato símbolo do discípulo perfeito que põe a sua confiança no Senhor.
Ante a morte há, segundo nosso texto, duas atitudes possíveis, representadas por Maria e sua irmã Marta: ficar prisioneiro do círculo da morte e do luto (Maria) ou romper com esse círculo pela adesão ao Senhor da vida (Marta). Quando Marta ouviu dizer que Jesus estava próximo, saiu correndo ao seu encontro; Maria, no entanto, permaneceu em casa, sentada, mergulhada no luto e na tristeza.
A presença do Senhor suscita a esperança. Permanecer em casa é fechar-se à possibilidade da fé. Marta que crê na ressurreição de Cristo, na vida que ele dá, será para sua irmã Maria mensageira de um chamado do Senhor que a faz sair do mundo da morte para estar diante daquele que é o Senhor da vida.
A pergunta que se nos impõe a partir do relato para a nossa reflexão é a seguinte: com qual das duas irmãs você se identifica? Você é portador de que mensagem?
ORAÇÃO
Pai, dá-me a graça de compreender a ressurreição de Jesus como vitória da vida e como sinal de que a morte não tem a última palavra sobre o destino daqueles que creem.
3. DIA DOS FINADOS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Cristãos batizados são convidados a santificar-se e os que decidem viver plenamente o mistério pascal de Cristo não têm medo da morte. Porque ele disse: "Eu sou a ressurreição e a vida".
Para todos os povos da humanidade, seja qual for a origem, cultura e credo, a morte continua a ser o maior e mais profundo dos mistérios. Mas para os cristãos tem o gosto da esperança.
Dando sua vida em sacrifício e experimentando a morte, e morte na cruz, ele ressuscitou e salvou toda a humanidade. Esse é o mistério pascal de Cristo: morte e ressurreição. Ele nos garantiu que, para quem crê, for batizado e seguir seus ensinamentos, a morte é apenas a porta de entrada para desfrutar com ele a vida eterna no Reino do Pai. Enquanto para todos os seres humanos a morte é a única certeza absoluta, para os cristãos ela é a primeira de duas certezas. A segunda é a ressurreição, que nos leva a aceitar o fim da vida terrena com compreensão e consolo.
Para nós, a morte é um passo definitivo em direção à colheita dos frutos que plantamos aqui na terra. Assim sendo, até quando Nosso Senhor Jesus Cristo estiver na glória de seu Pai, estará destruída a morte e a ele serão submetidas todas as coisas. Alguns são seus discípulos peregrinos na terra, outros que passaram por esta vida estão se purificando e outros, enfim, gozam da glória contemplando Deus.
Os glorificados integram a Igreja triunfal e são Todos os Santos, os quais, nós, os intees da Igreja militante, cristãos peregrinos na terra, comemoramos no dia 1o de novembro. Os Finados integram a Igreja da purificação e são todos os que morreram sem arrepender-se do pecado. O culto de hoje é especialmente dedicado a esses.
Embora todos os dias, em todas as missas rezadas no mundo inteiro, haja um momento em que se pede pelas almas dos que nos deixaram e aguardam o tempo profetizado e prometido da ressurreição. A Igreja ensina-nos que as almas em purificação podem ser socorridas pelas orações dos fiéis. Assim, este dia é dedicado à memória dos nossos antepassados e entes que já partiram. No sentido de fazer-nos solidários para com os necessitados de luz e também para reflexão sobre nossa própria salvação.
Encontramos a celebração da missa pelos mortos desde o século V. Santo Isidoro de Sevilha, que presidiu dois concílios importantes, confirmou o culto no século VII. Tempos depois, em 998, por determinação do abade santo Odilo, todos os conventos beneditinos passaram, oficialmente, a celebrar "o dia de todas as almas", que já ocorria na comunidade no dia seguinte à festa de Todos os Santos. A partir de então, a data ganhou expressão em todo o mundo cristão.
Em 1311, Roma incluiu, definitivamente, o dia 2 de novembro no calendário litúrgico da Igreja para celebrar "Todos os Finados". Somente no inicio do século XX, em 1915, quando a morte, a sombra terrível, pairou sobre toda a humanidade, devido à I Guerra Mundial, o papa Bento XIV oficiou o decreto para que os sacerdotes do mundo todo rezassem três missas no dia 2 de novembro, para Todos os Finados.Fonte:NPD Brasil/Tempo da Noticia
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