Secretário do Turismo, Bismarck Maia, diz que ideia do Governo do Estado é construir, em sua parte do terreno, um equipamento público. A outra parte é privada. Definição sobre futuro do local, porém, caberá à próxima gestão
A decisão de demolir o Centro de Convenções ocorreu dois anos após a inauguração do Centro de Eventos. Os equipamentos são vizinhos
Há 40 anos, a população de Fortaleza recebia um de seus principais equipamentos turísticos à época: o Centro de Convenções, localizado na avenida Washington Soares. Agora, a cidade deve dar adeus ao espaço. No último dia 5, o Governo do Ceará publicou no Diário Oficial do Estado (DOE) lei do dia 20 de novembro que indica que o centro está apto a ser demolido.
O documento ratifica protocolo de intenções firmado entre o Governo do Estado, a Fundação Edson Queiroz e a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Ceará (Codece) nas quais as partes se comprometem a “viabilizar a demolição das construções existentes na sua quota parte do terreno, de forma a deixá-lo plano para que, em momento seguinte, possa utilizá-la”.
Um dos motivos do acordo, conforme o titular da Secretaria do Turismo (Setur), Bismarck Maia, é a construção de novo equipamento público. No acordo, a Fundação Edson Queiroz, que, em 1973, doou 27 mil metros quadrados (m²) para a construção do espaço, receberá a restituição de 9.775 m² do terreno.
A decisão de demolir a edificação ocorre dois anos após a inauguração do Centro de Eventos do Ceará (CEC), que passou a receber todos os eventos de pequeno, médio e grande portes que antes eram realizados no Centro de Convenções. Mas, mesmo com a inauguração do CEC, a Setur iniciou, em 2013, um processo para reforma do antigo espaço. Na época, conforme consta no site do órgão, estava previsto o investimento de R$ 5.136.959,94 para recuperação dos seis pavilhões e das áreas externas. No entanto, de acordo com Bismarck, devido a outras prioridades, o projeto foi interrompido.
Na área que pertence ao Estado, a ideia, conforme o secretário, é construir um auditório com dois mil lugares e duas salas com quinhentos lugares. “A cidade precisa de um auditório”, frisa. “Eu, como gestor do Turismo, gostaria que tivesse isso o mais rápido possível. Mas é importante que isso tenha que se alinhar com o próximo governo”, destaca.
Trâmites
Segundo Bismarck Maia, com a inutilização do Centro de Convenções, o Governo teria, por obrigação, que devolver o terreno completo doado pela fundação. “A doação feita em 1973 tinha como condição o Centro de Convenções”. Entretanto, por “bom senso da fundação” e devido aos focos e interesses do Governo serem diferentes dos daquela época, foi feito o acordo de divisão do terreno “sem nenhum litígio”.
O acordo prevê ainda que o primeiro lado que decidir executar a demolição deve ficar responsável por fazer as pesquisas e os laudos necessários para constatar se há ou não risco de desmoronamento da estrutura na parte que cabe a cada um. Enquanto a Fundação Edson Queiroz receberá 9.775 m², o Governo terá propriedade definitiva de 17.225 m². Por ora, não se sabe quando ocorrerão as demolições. Mas cada instituição só poderá iniciar o processo mediante comunicação entre as partes.
Entre a última segunda-feira, 8, e ontem, O POVO entrou em contato com a Fundação Edson Queiroz para posicionamento sobre o assunto, mas não recebeu retorno até o fechamento desta matéria.
Saiba mais
Uma das justificativas apresentadas pelo Governo para a demolição do Centro de Convenções é o não funcionamento do espaço há cerca de um ano.
Em 2013, a reforma do centro era avaliada em R$ 5.136.959,94, segundo informações disponibilizadas no site da Secretaria do Turismo do Ceará (Setur).
O Centro de Convenções foi inaugurado em 1974 pelo então governador do Ceará, César Cals.
27 mil metros quadrados foi o espaço doado pela Fundação Edson Queiroz
1974 é o ano em que foi inaugurado o Centro de Convenções
Fonte:O povo Online/Tempo da Noticia
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