Após perder deputados que elegeu em 2010, tucanos ganharam 542 filiações desde outubro. Tasso criticou CPMF e disse que partido pode disputar sucessão de RC
Ao lado dos netos, Tasso comemorou antecipadamente 66 anos
Na busca por “reerguer” o PSDB após diversas debandadas, o senador Tasso Jereissati (PSDB) liderou ontem evento que trouxe cerca de cem novos filiados à legenda em Fortaleza. Em entrevista ao O POVO, o tucano destacou votação expressiva sua e de Aécio Neves (PSDB) na Capital e disse que partido tem perspectiva de lançar candidato própria à sucessão de Roberto Cláudio (Pros) em 2016.
“Claro, claro que existe (tese de candidatura própria). Cada vez mais. A gente notou isso claramente, não só em número de pessoas, mas como no entusiasmo da população de Fortaleza pela campanha do Aécio, do PSDB. Isso dá muita perspectiva para todos nós, de vir a disputar a Prefeitura”, disse, em entrevista após o evento.
Desde que rompeu com Cid Gomes (Pros) em 2010, o PSDB passou por diversas perdas em seus quadros. Após deixar ninho governista, o partido perdeu todos os oito deputados estaduais que elegeu em 2010 para novos partidos - como PSD e SD. “Não foi perda. Não me interessa ter oito deputados, se eles não estão lá pelo partido, mas sim por oportunismo”, disse o presidente do PSDB no Ceará, ex-senador Luiz Pontes.
Ele destaca, no entanto, que somente de outubro para cá, o partido ganhou 542 novas adesões. “É gente séria, que acredita na política e não em barganha de cargos”, diz Pontes. Filiado ontem ao partido, o estudante Juan Cavalcante, 25, destacou PSDB como “a oposição mais séria e qualificada” ao governo do PT.
Tasso e os netos
O senador eleito chegou ao evento acompanhado de seus três netos mais novos. Em 2010, ano em que perdeu reeleição ao Senado, Tasso disse que deixaria a política “para cuidar de seus netos”. Questionada pelo O POVO sobre o que mais gosta no avô, a pequena Clara, 3, disse que “ele é muito lindo”. Já Gabriel, 4, foi direto: “ele dá chocolate e moeda de ouro”.
Em discurso, Tasso fez duras críticas à articulação encampada pelo governador eleito do Ceará, Camilo Santana (PT), pela volta da Contribuição Provisória sobre Contribuição Financeira (CPMF). “É uma coisa absurda, é coisa de quem não está entendendo o que acontece no País hoje. Não vê a situação econômica e o risco de desemprego”, diz.
Ele também criticou revisão da meta fiscal aprovada na semana passada após articulação de Dilma Rousseff (PT) no Congresso. “Em qualquer outro tempo, isso seria considerado imoral (...) prometendo emendas em troca da aprovação, ela claramente comprou deputados, com o maior cinismo”, diz o senador eleito.
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