Alexsandro de Sousa Ribeiro, de 41 anos, era supervisor de manutenção.
Segundo DML, corpo estava em estado de decomposição.
O corpo da sexta vítima da explosão no navio-plataforma foi identificado pelas impressões digitais na tarde desta quarta-feira (18), no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória. A BW Offshore, operadora da FPSO Cidade de São Mateus, disse que a vítima é Alexsandro de Sousa Ribeiro, de 40 anos, supervisor de manutenção do navio. Segundo informações do DML, o corpo estava em estado de decomposição e não pode ser reconhecido pelos familiares. O acidente completa uma semana nesta quarta-feira.
O navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus é operado pela BW Offshore e afretado pela Petrobras. Segundo a ANP, 74 pessoas estavam no navio-plataforma no momento do acidente, na última quarta-feira (11). Seis pessoas foram encontradas mortas, 26 ficaram feridas e foram levadas para hospitais da região. Um vídeo mostra o interior do navio após a explosão.Uma semana após a explosão, três pessoas permanecem desaparecidas.
O corpo do supervidor de manuteção deixou o Departamento Médico Legal, na capital do Espírito Santo, e seguiu para o velório. A família é do município da Serra, na Grande Vitóriax, esteve no local para liberar o corpo, mas preferiu não falar com a equipe de reportagem.
O enterro está marcado para às 8h30 desta quinta-feira (19), no Cemitério Jardim da Paz, na Serra. A localização do corpo confortou a família. “Foi uma semana de muita angústia e agora acabou. Pelo menos, poderemos dar um enterro digno para uma pessoa tão querida da nossa família”, disse o cunhado Ayres de Oliveira Junior.
Empresa
Segundo informações da BW Offshore, o CEO da empresa, Carl Arnet, esteve no estado para se reunir com os familiares dos falecidos e desaparecidos no acidente, e com os demais membros da tripulação.
Segundo informações da BW Offshore, o CEO da empresa, Carl Arnet, esteve no estado para se reunir com os familiares dos falecidos e desaparecidos no acidente, e com os demais membros da tripulação.
De acordo com boletim médico divulgado nesta quarta-feira, cinco pessoas permanecem internadas. Os dois pacientes que estão na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Vitória Apart Hospital, na Serra, estão estáveis. Um será submetido a cirurgia ortopédica. Os dois pacientes em apartamentos também seguem estáveis, sendo que um também será submetido a cirurgia ortopédica. O paciente internado no Hospital Metropolitano, no mesmo município, também se encontra estável. Outros 28 integrantes da tripulação já foram liberados para suas casas, após acompanhamento médico em um hotel de Vitória.
Busca pelos desaparecidos
A empresa disse que o objetivo principal da BW Offshore neste momento é encontrar os desaparecidos. A empresa frisou que todo trabalho que envolve a busca dos desaparecidos na plataforma é meticuloso, e realizado dentro de estritas normas de segurança.
A empresa disse que o objetivo principal da BW Offshore neste momento é encontrar os desaparecidos. A empresa frisou que todo trabalho que envolve a busca dos desaparecidos na plataforma é meticuloso, e realizado dentro de estritas normas de segurança.
Segundo a BW Offshore, o FPSO Cidade de São Mateus está estável e sem entrada de água do mar. O casco do navio permanece íntegro. Para garantir a estabilidade do navio, a empresa iniciou um processo de mergulho para instalação de tampas nas caixas de mar.
Em nota, o Corpo de Bombeiros do Espírito Santo informou nesta terça-feira que continua com seus trabalhos suspensos, mas possui uma equipe de prontidão para retomar o resgate no navio-plataforma. O acionamento ainda não foi feito por parte da empresa.
Sindicato
O Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-ES) confirmou a localização do corpo do sexto trabalhador e disse que ainda não foi identificado. A categoria informou que o corpo estava na sala de máquinas intacto e com máscara balaclava, equipamento de proteção individual para proteger do calor, o que pode indicar que era integrante da brigada.
O Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-ES) confirmou a localização do corpo do sexto trabalhador e disse que ainda não foi identificado. A categoria informou que o corpo estava na sala de máquinas intacto e com máscara balaclava, equipamento de proteção individual para proteger do calor, o que pode indicar que era integrante da brigada.
O Sindipetro- ES disse que cobra do comando da empresa mais agilidade no resgate dos desaparecidos.
Irregularidade
A BW Offshore, é suspeita de atuar no Espírito Santo de maneira irregular. Ela vai dar explicações sobre a situação da empresa ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado (Crea-ES) às 10h de quinta-feira (19), na sede do órgão, em Vitória.
A BW Offshore, é suspeita de atuar no Espírito Santo de maneira irregular. Ela vai dar explicações sobre a situação da empresa ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado (Crea-ES) às 10h de quinta-feira (19), na sede do órgão, em Vitória.
A empresa não tem o devido registro junto ao conselho, segundo o Crea. Essa documentação é necessária para que companhias de outros estados ou países trabalhem legalmente no Espírito Santo. Além disso, desde que o Crea passou a receber a relação de empresas contratadas pela Petrobras, há quatro anos, a BW não aparece na lista. A firma norueguesa, com sede brasileira no Rio de Janeiro, opera no Espírito Santo desde 2009.
Em nota, a Petrobras disse que encaminhou em 2012 a listagem em que consta a BW Offshore. "A Petrobras encaminhou em 2012 ao CREA-ES, conforme exigido por este órgão, a relação das unidades de produção offshore que operam no Estado do Espírito Santo, incluindo o FPSO Cidade de São Mateus, operado pela BW, para que aquele conselho de classe pudesse tomar as medidas que julgasse adequadas para aferição e eventual regularização da documentação exigida", disse.
O diretor de fiscalização do Crea-ES, José Adilson de Oliveira, confirmou a reunião de quinta-feira e contou que ela foi solicitada pela BW. A companhia também confirmou a agenda, mas não explicou o porquê da ausência de registros.
Multa
Segundo Oliveira, o regramento do conselho prevê multa máxima de R$ 5.366,16 para as empresas que atuam sem registro. No entanto, conselheiros entendem que, pelas proporções do acidente, o cálculo da punição deve ser refeito. “Será feita uma reunião mais ampla do conselho para apurarmos os fatos e valores. Ainda não sabemos muita coisa, como a quantidade precisa de funcionários que estavam trabalhando”, frisou o presidente do Crea, Helder Carnielli.
Segundo Oliveira, o regramento do conselho prevê multa máxima de R$ 5.366,16 para as empresas que atuam sem registro. No entanto, conselheiros entendem que, pelas proporções do acidente, o cálculo da punição deve ser refeito. “Será feita uma reunião mais ampla do conselho para apurarmos os fatos e valores. Ainda não sabemos muita coisa, como a quantidade precisa de funcionários que estavam trabalhando”, frisou o presidente do Crea, Helder Carnielli.
Polícia Federal
Um inquérito foi instaurado pela Polícia Federal para apurar os fatos que envolvem a explosão. Conforme divulgado pela PF na sexta-feira (13), o prazo inicial para a conclusão do inquérito é de 30 dias. Serão investigados os crimes de homicídio ou incêndio qualificado. Três dias após o acidente, quatro pessoas continuam desaparecidas. A assessoria da Polícia Federal também informou que uma equipe fará uma inspeção no navio-plataforma assim que as buscas terminarem e a embarcação for liberada.
Um inquérito foi instaurado pela Polícia Federal para apurar os fatos que envolvem a explosão. Conforme divulgado pela PF na sexta-feira (13), o prazo inicial para a conclusão do inquérito é de 30 dias. Serão investigados os crimes de homicídio ou incêndio qualificado. Três dias após o acidente, quatro pessoas continuam desaparecidas. A assessoria da Polícia Federal também informou que uma equipe fará uma inspeção no navio-plataforma assim que as buscas terminarem e a embarcação for liberada.
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