Embarcação estava afundando nesta segunda, segundo organização.
Pessoa que estaria dentro do barco disse que há 20 mortos.
Um barco com mais de 300 pessoas a bordo está afundando no Mediterrâneo, anunciou nesta segunda-feira (20) a Organização Internacional para as Migrações (OIM), que afirmou ter recebido um pedido de socorro de uma pessoas que viaja na embarcação.
"A pessoa que ligou afirmou que mais de 300 pessoas estão a bordo do barco e que está afundando. Também afirmou que pelo menos 20 pessoas morreram", afirma a organização com sede em Genebra. A embarcação viaja ao lado de outras duas.
O naufrágio acontece um dia após outraembarcação com 700 pessoas afundar na costa da Líbia. De acordo com balanços preliminares, 24 mortes foram confirmadas e 28 sobreviventes foram resgatados, o que significa que quase centenas de pessoas podem ter morrido na tragédia.
Milhares de imigrantes já morreram este ano no Mediterrâneo quando tentavam deixar países da África e do Oriente Médio para entrar na Europa, fugindo de guerras e da pobreza.
Após o grave caso deste domingo, a União Europeia organizou uma reunião conjunta de ministros do Interior e das Relações Exteriores, convocada em caráter de urgência.
A a chefe da diplomacia do bloco, a italiana Federica Mogherini, disse que a UE não tem mais desculpas diante da imigração. "Com esta nova tragédia já é demais. A UE não tem mais desculpa, os Estados membros não têm mais desculpas. Precisamos de uma verdadeira política migratória, precisamos de medidas imediatas", disse Mogherini antes da reunião de ministros das Relações Exteriores do bloco.
Também nesta segunda, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou que na próxima quinta-feira (23) será realizada em Bruxelas uma cúpula europeia extraordinária sobre o drama dos imigrantes no Mediterrâneo.
Buscas
O premiê italiano, Matteo Renzi, disse que a Itália estava trabalhando em conjunto com Malta para resgatar os centenas de imigrantes que estavam nos dois barcos naufragados.
O premiê italiano, Matteo Renzi, disse que a Itália estava trabalhando em conjunto com Malta para resgatar os centenas de imigrantes que estavam nos dois barcos naufragados.
A OIM, que contactou as Guardas Costeiras do Mediterrâneo, não sabe exatamente onde estão as embarcações.
Segundo a organização, as autoridades "não têm os recursos para resgatá-los agora", em consequência do naufrágio de outro barco no domingo, na costa da Líbia, que deixou centenas de desaparecidos.
A OIM acredita que as Guardas Costeiras provavelmente tentarão desviar navios comerciais para o local em que o barco está afundando. Uma operação complicada, pois segundo a organização alguns não querem colaborar.
Resposta europeia
Chanceleres da União Europeia prometeram tomar mais medidas para impedir as mortes de imigrantes no Mediterrâneo, aumentando as operações de resgate e prendendo traficantes de pessoas, após uma tragédia no fim de semana em que até 700 pessoas morreram ao largo da costa da Líbia.
Chanceleres da União Europeia prometeram tomar mais medidas para impedir as mortes de imigrantes no Mediterrâneo, aumentando as operações de resgate e prendendo traficantes de pessoas, após uma tragédia no fim de semana em que até 700 pessoas morreram ao largo da costa da Líbia.
Muitos governos europeus têm sido relutantes em financiar as operações de resgate no Mediterrâneo, por medo de incentivar mais pessoas a fazer a travessia em busca de uma vida melhor na Europa, mas agora enfrentam indignação com as mortes de refugiados.
"O que está em jogo é a reputação da União Europeia", disse o ministro das Relações Exteriores italiano, Paolo Gentiloni, a jornalistas, ao chegar para uma reunião com os homólogos da UE em Luxemburgo.
"Não podemos ter uma emergência europeia e uma resposta italiana", acrescentou.
Os ministros das Relações Exteriores realizaram um minuto de silêncio no início da reunião e terão a companhia de ministros do Interior para uma discussão de emergência sobre crise de migração.
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