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sábado, 23 de maio de 2015

ACIDENTES COM MOTO CUSTARAM R$ 6 MILHÕES AO COFRES PÚBLICOS NO PIAUÍ.


Estado segue na liderança do ranking de mortes envolvendo motociclistas. 
Aumento dos óbitos em solo piauiense foi de 401% entre 2002 e 2012.

Do G1 PI
Entregador de gás colidiu com carro e botijão ficou pendurado em veículo (Foto: Catarina Costa/G1)Número de mortes por esse tipo de acidente aumentou 401% em 10 anos (Foto: Catarina Costa/G1)
As internações hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS) causadas por acidentes com motocicletas no Piauí custaram, somente no ano passado, R$ 6 milhões aos cofres públicos. Os números estão em levantamento recente divulgado pelo Ministério da Saúde. De acordo com os dados, em 2014 foram 4.970 internações nos hospitais do Piauí, estado que lidera o ranking de mortes por acidentes de moto no país.
As estatísticas apontam que as motocicletas representam 28% das mortes no transporte terrestre. Em 2013, o Brasil registrou 12.040 vítimas fatais oriundas dos acidentes com motos, 615 delas somente em solo piauiense. O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) é o que mais recebe vítimas no estado. Só de janeiro a abril deste ano já foram 3.561 pacientes.O Ministério da Saúde mostrou que o número de mortes causadas por esse tipo de acidente aumentou 401% entre os anos de 2002 e 2012 no Piauí. A taxa de mortalidade de acidentados com motos no estado é de 21,1 para cada 100 mil habitantes, número quase quatro vezes superior a média nacional, que é de 6,3 mortes para o universo de 100 mil habitantes.
Segundo o Ministério da Saúde, a escalada das estatísticas é atribuída principalmente ao aumento vertiginoso da frota de motos no país. Enquanto a população brasileira cresceu apenas 11% em dez anos, a frota de motos registrou um salto de 247,1% no mesmo período. No Piauí a realidade não é diferente. Segundo o Detran, 57,80% da frota total de veículos no interior do estado é formada por motos.

O ministro da saúde, Arthur Chioro, demonstrou preocupação com as estatísticas durante a 68ª Assembleia Mundial da Saúde, realizada em Genebra esta semana. “A moto está substituindo a bicicleta e o cavalo e também vem sendo utilizada como um instrumento de trabalho", observou o ministro.
Segundo ele, medidas mais efetivas precisam ser tomadas com urgência para frear os números alarmantes envolvendo as vítimas de acidentes com motos. "Não dá mais para não agir na dimensão preventiva dos acidentes com motos. É preciso propor novas medidas e elevar essa discussão a um problema de saúde pública”, disse.
Perfil das Vítimas
De acordo com o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes, que traça o perfil das vítimas de violências e acidentes atendidas em serviços de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde em capitais brasileiras, 78,76% das vítimas de acidente envolvendo motociclista são homens, na faixa etária de 20 a 39 anos.
"Os acidentes pegam uma faixa etária delicada da população. Para um país que está envelhecendo, essas pessoas impactam muito, já que estão em sua idade produtiva. Esses acidentes interferem no sistema de saúde, na previdência, no trabalho e, principalmente, na vida pessoal do indivíduo", lembrou o ministro da saúde.

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