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quarta-feira, 10 de junho de 2015

PROTESTO CONTRA REFORMA NA EDUCAÇÃO TERMINA EM CONFRONTO NO CHILE.


Manifestação reuniu cerca de 200 mil pessoas na véspera da Copa América. 
Estudantes consideram insuficiente reforma promovida por Bachelet.

Da AFP

 Um enorme troféu dourado com a frase "Copa da Gratuidade" foi levantada neste quarta-feira (10) por milhares de estudantes e professores chilenos durante uma manifestação para pressionar a presidente Michelle Bachelet, na véspera da abertura da Copa América.
A manifestação, que reuniu cerca de 200 mil pessoas, segundo os organizadores, percorreu pacificamente uma importante avenida de Santiago, com milhares de estudantes dançando ao som de tambores e batucada.
Ao fim da manifestação, alguns encapuzados entraram em conflito com agentes da polícia, que em grande número faziam a guarda do centro da capital chilena.
Na véspera da abertura da Copa América-2015, que reunirá seleções de 10 países da América do Sul, além dos convidados México e Jamaica, estudantes e professores - que há 11 dias iniciaram uma greve indefinida - redobraram a pressão sobre o governo Bachelet.

Manifestantes entram em confronto com a polícia durante manifestação contra reformas na educação nesta quarta-feira (10) em Santiago, no Chile (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino )Manifestantes entram em confronto com a polícia durante manifestação contra reformas na educação nesta quarta-feira (10) em Santiago, no Chile (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino )
"Estamos chamando o governo para que escute, que dialogue e acabe com essa soberba sórdida", declarou a jornalistas Valentina Saavedra, presidente da Federação de Estudantes da Universidad de Chile (FECH) e líder do movimento nas redes sociais #CopaAmericaDeLaEducacacion.
Os estudantes, que há anos exigem uma educação pública gratuita e de qualidade, consideram insuficientes a série de projetos de lei com os quais Bachelet pretende modificar um dos sistemas educacionais mais desiguais do planeta, depois das reformas promovidas pela ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), que reduziu pela metade o investimento na educação, favorecendo o crescimento das instituições privadas.
"Todo o Chile só fala da Copa América, mas este evento não pode ser uma desculpa para esquecer nossas exigências", afirmou Javiera Reyes, vice-presidente da FECH.
Manifestante é preso durante protesto contra reformas na educação nesta quarta-feira (10) em Santiago (Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)Manifestante é preso durante protesto contra reformas na educação nesta quarta-feira (10) em Santiago (Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)
"Vamos aproveitar essa vitrine para dizer ao mundo todo que o Chile precisa com urgência de educação gratuita", completou.
Na Copa América, a bola começará a rolar nesta quinta-feira com o duelo entre o anfitrião Chile e o Equador. Bachelet garantiu presença na festa.
Na sexta-feira, ao meio-dia, os estudantes têm previsto reunirem-se na Plaza Itália de Santiago, lugar habitual de comemorações esportivas do país, para levantar novamente a "Copa da Gratuidade".

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