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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 23 DE AGOSTO DE 2015.

 Santa Rosa de Lima, primeira santa da América do Sul
Para todos nós, hoje é dia de grande alegria, pois podemos celebrar a memória da primeira santa da América do Sul, Padroeira do Peru, das Ilhas Filipinas e de toda a América Latina. Santa Rosa nasceu em Lima (Peru) em 1586; filha de pais espanhóis, chamava-se Isabel Flores, até ser apelidada de Rosa por uma empregada índia que a admirava, dizendo-lhe: “Você é bonita como uma rosa!”.
Rosa bem sabia dos elogios que a envaideciam, por isso buscava ser cada vez mais penitente e obedecer em tudo aos pais, desta forma, crescia na humildade e na intimidade com o amado Jesus. Quando o pai perdeu toda a fortuna, Rosa não se perturbou ao ter que trabalhar de doméstica, pois tinha esta certeza: “Se os homens soubessem o que é viver em graça, não se assustariam com nenhum sofrimento e padeceriam de bom grado qualquer pena, porque a graça é fruto da paciência”.
A mudança oficial do nome de Isabel para Rosa ocorreu quando ela tomou o hábito da Ordem Terceira Dominicana, da mesma família de sua santa e modelo de devoção: Santa Catarina de Sena e, a partir desta consagração, passou a chamar-se Rosa de Santa Maria. Devido à ausência de convento no local em que vivia, Santa Rosa de Lima renunciou às inúmeras propostas de casamento e de vida fácil: “O prazer e a felicidade de que o mundo pode me oferecer são simplesmente uma sombra em comparação ao que sinto”.
Começou a viver a vida religiosa no fundo do quintal dos pais e, assim, na oração, penitência, caridade para com todos, principalmente índios e negros, Santa Rosa de Lima cresceu na união com Cristo, tanto quanto no sofrimento, por isso, tempos antes de morrer, aos 31 anos (1617), exclamou: “Senhor, fazei-me sofrer, contanto que aumenteis meu amor para convosco”.
Foi canonizada a 12 de abril de 1671 pelo Papa Clemente X.
Santa Rosa de Lima, rogai por nós!


23.08.2015
21º Domingo do Tempo Comum — ANO B
VERDE, GLÓRIA, CREIO – I SEMANA DO SALTÉRIO )
__ "Senhor, a quem iremos nós? Somente tu tens PALAVRAS DE VIDA ETERNA" __
VOCAÇÃO PARA OS MINISTÉRIOS E SERVIÇOS NAS COMUNIDADES
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Depois que Jesus se revela como o pão da vida, somos convidados a fazer uma opção decisiva em nossa vida, que consiste numa adesão incondicional à proposta de Cristo, a qual exige conversão e perseverança. Pedro e os outros apóstolos optam por seguir o Mestre e enfrentar todas as consequências que esta opção traz. Celebrando a Eucaristia, façamos também a nossa proposta de vida de nos tornarmos também corpo dado e sangue derramado por aqueles que mais precisam. Celebremos, hoje, em sintonia com todos os nossos leigos, de forma especial com todos os nossos catequistas, agradecendo ao Pai a dedicação deles no serviço da evangelização.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Neste domingo rezamos pelas vocações para os ministérios leigos e serviços nas comunidades. Trata-se de um chamado de Deus para a missão de anunciar o Evangelho, que é testemunhado no serviço do amor.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTEREstamos reunidos para no alimentar da palavra e do pão que o próprio Jesus nos oferece. Em momento algum, Jesus adaptou sua pregação ao gosto de seus ouvintes, nem traiu o Reino para agradá-los. Desempenhou sua missão na mais absoluta fidelidade ao Pai e a seu Reino, embora correndo o risco de escandalizar as pessoas e afastá-las de si. Por isso, sua linguagem se tornou, para muitos, dura e incompreensível. O discurso sobre o pão da vida chocou a sensibilidade de todos, levando os ouvintes de Jesus até mesmo a duvidar de sua sanidade mental. Na realidade, Jesus não aceitava ser seguido por quem não quisesse acolher sua mensagem, sem restrições. Por isso, a resposta de Pedro sintetizará a atitude do verdadeiro discípulo do Reino. Só Jesus merece ser seguido, por ter palavras de vida eterna, embora duras de serem assimiladas. As leituras de hoje encerram a reflexão sobre o tema da Eucaristia, interrompido domingo passado com a festa da Assunção. Depois que Jesus insistiu que se deve comer seu Corpo e beber seu Sangue, muitos discípulos se afastaram dele porque não acreditavam e diziam: "Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?" E Jesus se volta para os doze e pergunta: "Vocês também querem ir embora?" Temos então uma escolha para fazer: ou ficamos com o Senhor, assumindo as conseqüências dessa escolha, que são vida de Deus, força de Cristo e também sacrifício, perdão, misericórdia; ou vamos atrás dos outros deuses, como nos diz a primeira leitura, e que são prazeres, orgulho, egoísmo. Devemos responder como São Pedro: "A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna". É a Eucaristia o ponto de união ou divisão. Ou ficamos com o Senhor, comendo sua carne e bebendo o seu sangue, ou vamos por outros caminhos. Não há meio termo. Hoje, no mês vocacional, celebramos o dia do leigo. É aquele que consagra sua vida a serviço do evangelho, pregando em todos os lugares, com o exemplo e a palavra, a mensagem de Jesus. Como político, dentista, operário, professor, ele é a voz e a mão de Deus. De modo todo particular, rezemos pelos nossos catequistas que trabalham diretamente na evangelização...
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo e meditemos profundamente a liturgia de hoje!

Antífona de entrada:
Inclinai, Senhor, o vosso ouvido e escutai-me; salvai, meu Deus, o servo que confia em vós. Tende compaixão de mim, clamo por vós o dia inteiro (Sl 85,1ss).
Oração do dia
Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: A Palavra de Deus nos traz, muitas vezes, exigências e desafios. Porém, somente nela é que encontramos a luz verdadeira para a nossa vida. Ouçamos a Palavra de Deus e nos deixemos guiar por ela.
Primeira Leitura (Josué 24,1-2.15-18)
Leitura do livro de Josué.
24 1 Josué convocou a Siquém todas as tribos de Israel, seus anciãos, seus chefes, seus juízes e seus oficiais. Eles apresentaram-se diante de Deus,
2 e Josué disse a todo o povo: “Eis o que diz o Senhor, Deus de Israel: outrora, vossos ancestrais, Taré, pai de Abraão e de Nacor, habitavam além do rio e serviam a deuses estrangeiros.
15 Porém se vos desagrada servir o Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se aos deuses, a quem serviram os vossos pais além do rio, se aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porque, quanto a mim, eu e minha casa serviremos o Senhor”.
16 O povo respondeu: “Longe de nós abandonarmos o Senhor para servir outros deuses.
17 O Senhor é o nosso Deus, ele que nos tirou, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da servidão; e que operou à nossa vista maravilhosos prodígios e guardou-nos ao longo de todo o caminho que percorremos, entre todos os povos pelos quais passamos.
18 O Senhor expulsou diante de nós todas essas nações, assim como os amorreus que habitam na terra. Nós também, nós serviremos o Senhor, porque ele é o nosso Deus”.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 33/34
Provai e vede quão suave é o Senhor!
Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,
seu louvor estará sempre em minha boca.
Minha alma se gloria no Senhor;
que ouçam os humildes e se alegrem!
O Senhor pousa seus olhos sobre os justos,
e seu ouvido está atento ao seu chamado;
mas ele volta a sua face contra os maus,
para da terra pagar sua lembrança.
Clamam os justos e o Senhor bondoso escuta
e de todas as angústias os liberta.
Do coração atribulado ele está perto
e conforta os de espírito abatido.
Muitos males se abatem sobre os justos,
mas o Senhor de todos eles os liberta.
Mesmo os seus ossos ele os guarda e os protege,
e nenhum deles haverá de se quebrar.
A malícia do iníquo leva à morte,
e quem odeia o justo é castigado.
Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos,
e castigado não será quem nele espera.
Segunda Leitura (Efésios 5,21-32)
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
5 21 Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo.
22 As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor,
23 pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador.
24 Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos.
25 Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela,
26 para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra,
27 para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.
29 Certamente, ninguém jamais aborreceu a sua própria carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo faz à sua Igreja -
30 porque somos membros de seu corpo.
31 Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Ó Senhor, vossas palavras são espírito e vida; as palavras que dizeis, bem que são de eterna vida (Jo 6,63.68).

EVANGELHO (João 6,60-69)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 6 60 muitos dos discípulos de Jesus, ouvindo-o, disseram: “Isto é muito duro! Quem o pode admitir?”
61 Sabendo Jesus que os discípulos murmuravam por isso, perguntou-lhes: “Isso vos escandaliza?
62 Que será, quando virdes subir o Filho do Homem para onde ele estava antes?
63 O espírito é que vivifica, a carne de nada serve. As palavras que vos tenho dito são espírito e vida.
64. Mas há alguns entre vós que não crêem”. Pois desde o princípio Jesus sabia quais eram os que não criam e quem o havia de trair.
65. Ele prosseguiu: “Por isso vos disse: Ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lho for concedido”.
66. Desde então, muitos dos seus discípulos se retiraram e já não andavam com ele.
67. Então Jesus perguntou aos Doze: “Quereis vós também retirar-vos?”
68. Respondeu-lhe Simão Pedro: “Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.
69. E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus!”
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Ó Deus, que, pelo sacrifício da cruz, oferecido uma só vez, conquistastes para vós um povo, concedei à vossa Igreja a paz e a unidade. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Com vossos frutos saciais a terra inteira: fazeis a terra produzir o nosso pão e o vinho que alegra o coração (Sl 103,13ss).
Depois da comunhão
Ó Deus, que fazei agir plenamente em nós o sacramento do vosso amor e transformai-nos de tal modo pela vossa graça, que em tudo possamos agradar-vos. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
“Creia que o melhor de Deus na sua vida ainda está por vir!”
No próximo domingo, dia 30, comemora-se o dia nacional do(a) catequista.
REZAR PELAS VOCAÇÕES
Agosto é o mês das vocações no Brasil. Tempo de rezar intensamente pelas vocações de especial consagração na Igreja: sacerdócio e vida consagrada religiosa. Tempo de valorizar essas vocações, tão necessárias para que a Igreja possa cumprir bem a sua missão.
Nossa Igreja não vive sem sacerdotes missionários, que cuidam das paróquias, administrem os Sacramentos e anunciam o Evangelho com o poder e a autoridade que Jesus Cristo deu aos apóstolos e seus sucessores. E precisa também de pessoas consagradas a Deus nos carismas da Vida Religiosa Consagrada. Essas pessoas ajudam a Igreja pelo seu testemunho e sua dedicação a muitas obras, em benefício do próximo.
A vocação é um dom de Deus; Jesus disse aos Apóstolos: “não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi” (Jo 15,16); e o Evangelho ainda mostra que Jesus “escolheu aqueles que ele mesmo quis” para serem apóstolos. É um dom que devemos pedir a Deus com muita fé: Jesus recomendou: “pedi ao Senhor da messe para que envie operários para a sua messe”.
A família é muito importante para o despertar de vocações. As vocações nascem quando existe um clima de fé e de prática sincera da oração e da vida cristã em família. Os pais fervorosos, que mostram apreço pela Igreja e pelo sacerdote, estão preparando o terreno para o nascimento de vocações para a Igreja.
São João Paulo II ensinou que “a vocação é a resposta de Deus providente a uma comunidade orante”. Sem muita oração, não despertam vocações generosas, nem perseveram as que já despertaram. É por isso que, não apenas durante este mês de agosto, mas sempre, devemos pedir ao Senhor da messe que envie boas e santas vocações.
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto:
http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 24 A 30 DE AGOSTO DE 2015:
2ª Br - Ap 21,9b-14; Sl 144; Jo 1,45-51
3ª Br – 1Ts 2,1-8; Sl 138; Mt 23,23-26
4ª Vm - 1Ts 2,9-13; Sl 138; Mt 23,27-32
5ª Vd - 1Ts 3,7-13; Sl 89; Mt 24,42-51
6ª Vd - 1Ts 4,1-8;Sl 96; Mt 25,1-13
Sb Vd - Jr 1,17-19; Sl 70; Mc 6,17-29
Dom. Vd - 22º DTC: Dt 4,1-2.6-8; Sl 14(15); Tg 1,17-18.21b-22.27; Mc 7,1-8.14-15.21-23 (Observância e mandamentos)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. A QUEM IREMOS?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
No colégio onde estudei, nas aulas de Educação Física, vez em quando o Professor nos exercitava com a prática de futebol, inclusive ele próprio atuava em uma das equipes. Não era um "racha" qualquer daqueles que jogávamos nos finais de semana, mas o professor, ao escolher a sua equipe, não considerava muito a habilidade do atleta, mas sim a sua disposição física, o seu esforço pela equipe, ele era rígido na disciplina, exigia o máximo de cada um, nas disputas de bola, na marcação, na estratégia do ataque, no seu time ninguém "empurrava com a barriga" ou fazia corpo mole. Nesses coletivos, a equipe disciplinada do "Sêo Armandão", via de regra superava o time adversário, onde às vezes atuavam os "craques" da escola, pois apregoava sempre, que um time vencedor deve saber aliar habilidade, disciplina e uma boa técnica, capaz de mudar a estratégia quando necessário. Os alunos do colégio o chamavam de "Marechal", ele era por aquele tempo um Felipe Scolari, e em competições escolares abertas, sua equipe conquistou muitos troféus. Interessante que os que se achavam "craques", não gostavam muito dessa "linha dura" do Professor.
Lembrei-me do "Sêo Armandão", quando refleti esse evangelho onde alguns discípulos de Jesus começaram a "afrouxar" diante das suas exigências, querendo fazer "corpo mole" e "empurrar com a barriga" os seus ensinamentos e a Verdade por ele pregada. Também hoje, nós cristãos, muitas vezes queremos viver um cristianismo arraigado na carne, sem encarar o desafio de vivê-lo em Espírito, e foi exatamente para isso que o Verbo Divino se encarnou em nosso meio, para que fosse possível ao homem carnal, viver no Espírito, sem ser um alienado. Praticar um cristianismo a partir apenas da carne, isso é, das realidades meramente humanas, é a grande tentação dos discípulos de hoje, onde muitos vivem uma religião de normas e preceitos, achando que basta cumprir tudo o que a Santa Igreja ensina, e se algo der errado, a culpa é da Igreja, poderíamos chamar a isso de tradicionalismo, pois na verdade era esta a posição dos fariseus e Doutores da Lei, que não aceitavam o advento da Salvação, presente na pessoa de Jesus de Nazaré.
A verdadeira prática do Cristianismo nos traz sempre o desafio da ascese, que significa fazer uma experiência profunda com Jesus na nossa vida, sem tirar os pés do chão da nossa história, e essa experiência querigmática só é possível quando nos abrimos ao Espírito do Senhor, presente em nossa fraqueza, e, portanto, o que está no centro do ensinamento de João às suas comunidades, é que nenhum recurso humano, científico, social, político ou até religioso, pode nos levar a essa ascese, só se aproxima dessa Verdade absoluta chamada Jesus, aqueles que o Pai atrair.
Em João 6, 51 encontramos a afirmação que deu margem a discussão de Jesus com os Judeus "Eu sou o pão vivo descido do céu,. Quem comer desse pão viverá eternamente.E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo".
No evangelho desse domingo, a discussão acontece no próprio grupo de seguidores, se entre os judeus, haviam aqueles que não acreditavam, era até compreensível, entretanto a situação torna-se mais grave quando entre os próprios seguidores, há discípulos que não têm fé, pois acham que ninguém consegue escutar a palavra, que é dura demais.
Dentro da Igreja há muitas maneiras, e todas elas válidas, de se fazer essa experiência com Jesus, entretanto, é preciso muito cautela para não se criar um cristianismo mais light, menos intransigente e radical, onde a gente possa fazer parte da Igreja, mas sem ter que vestir e suar a camisa, o engajamento pastoral ou a adesão a um Movimento ou Associação, pode sim gerar em nós a ilusão de que aquela prática é suficiente, e dependendo do modelo eclesiológico, ficaremos ancorados apenas na carne, nos recusando a "levantar vôo na ascese do Espírito" ou então tiramos os pés do chão, ignorando a carne que sustenta o Espírito, mergulhando na perigosa fé da magia. E quando se trata de coerência naquilo que se crê, Jesus não é de ficar alisando o "ego" dos seus seguidores, mas concede a liberdade da escolha "Vocês também querem ir embora?". Pedro, falando em nome da comunidade, reconhece aquilo que os judeus rejeitam, nenhuma proposta ou ideologia humana, pode conduzir o homem a plena realização de si mesmo, só Jesus nos faz enxergar além dos horizontes humanos, comer a sua carne significa a aceitação radical da comunhão com sua pessoa, seu ensinamento e seu projeto de vida.
O apóstolo Pedro aceita viver nessa ascese do homem espiritual, mesmo ainda estando na realidade da carne, em outras palavras, aceita Jesus como Deus, Senhor e Salvador, de maneira incondicional "A quem iremos Senhor?" Tu tens palavras de Vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus". Enfim, o cristianismo será sempre uma proposta que nos obriga a fazer uma escolha e tomar uma decisão, a favor ou contra Jesus. Na vida de Fé não dá para "empurrar com a barriga" e fazer "corpo mole", pois corre-se o risco de perder o "jogo", que Cristo já venceu, com a encarnação, paixão, morte e ressurreição....(21º. Domingo do Tempo Comum)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. O seguimento de Jesus só podem ser vividos na liberdade
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Pe. Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas - http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho)
Imediatamente depois da conquista da terra prometida, Josué reúne as doze tribos de Israel em Siquém e exige do povo uma decisão fundamental: servir o Deus único e verdadeiro ou servir outros deuses, os deuses dos habitantes de Canaã. O povo responde unânime que quer servir ao Senhor, reconhecendo que foi Deus quem o salvou, fazendo-o sair do país da servidão para conduzi-lo, através do deserto, à terra prometida. No evangelho, terminado o ensinamento na sinagoga de Cafarnaum, Jesus é surpreendido pela reação de certo número de discípulos que não aceitaram o seu discurso sobre o pão da vida. Para eles o ensinamento de Jesus é duro demais e eles têm dificuldade em compreendê-lo. Observemos que a dificuldade em crer em Jesus e compreender seus ensinamentos não é somente dos judeus; como vemos no relato de hoje, ela invade a mente e o coração dos discípulos. Em que consiste propriamente a dureza do ensinamento de Jesus? Há uma dupla resposta à pergunta: em primeiro lugar, porque é difícil compreender o sentido das palavras de Jesus. Para compreendê-la é preciso a conversão da própria mentalidade e se abrir para a verdade de Deus revelada em Jesus Cristo. Em segundo lugar, o ensinamento é considerado duro pelos discípulos porque exige fé, uma adesão incondicional à pessoa de Jesus; exige a abertura a um novo tempo oferecido por Deus à humanidade. O amor incomensurável de Jesus (cf. Jo 13,1) se manifesta no discurso do pão da vida e exige uma resposta que corresponda a esse grande amor. A abertura à ação do Espírito permite compreender e experimentar que as palavras de Jesus fazem sentido e, qual um sopro, fazem viver plenamente. A liberdade é dom de Deus. Por isso, Jesus abre para os discípulos a possibilidade de irem embora, o que muitos fizeram. Jesus dá aos Doze a liberdade de também partirem. Mas será para Pedro ocasião de fazer uma belíssima profissão de fé: “A quem iremos, Senhor? (...) Tu tens palavras de vida eterna” . A fé e, consequentemente, o seguimento de Jesus só podem ser vividos na liberdade.
ORAÇÃO
Pai, dá-me inteligência para compreender as palavras de Jesus e aderir a elas, pois só assim estarei seguro de estar acolhendo a salvação que me ofereces.
3. SENHOR, A QUEM IREMOS?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Muitos discípulos de Jesus tiveram enorme dificuldade de captar o verdadeiro significado de suas palavras. Ao interpretá-las num sentido contrário, ficavam perplexos e consideravam desparatados os ensinamentos do Mestre. E se escandalizavam com isto!
Apesar das reações negativas de seus ouvintes, Jesus não diminuía o tom de sua pregação, que continuava a ser contundente. Sendo assim, requeria largueza de visão para ser compreendida. O discipulado dependia da compreensão correta dos ensinamentos do Mestre e da adesão a eles.
Por outro lado, nenhum discípulo podia agir por coação, independentemente de sua vontade. O discipulado deveria resultar de uma escolha livre. Não interessava a Jesus que seus discípulos permanecessem com ele apenas para agradá-lo. Foi por esta razão que muitos debandaram. Não tinham fibra para pôr em prática o que lhes era ensinado.
Com o Mestre permaneceu somente um punhado de discípulos fiéis que foram questionados a respeito da sinceridade de sua adesão. Foi quando Pedro, em nome do grupo, fez uma confissão de fidelidade ao Mestre. Não valia a pena afastar-se, pois só junto dele podiam encontrar palavras de vida eterna, por saírem da boca do "Santo de Deus". Seria inútil buscar salvação fora dele.
Oração
Pai, dá-me inteligência para compreender as palavras de Jesus e aderir a elas, pois só assim estarei seguro de estar acolhendo a salvação que me ofereces.Fonte:NPD Brasil/TN

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